sexta-feira, 1 de setembro de 2023

578 - Conclusão do Nono Livro - Ser Feliz no Tempo Presente e nas Lembranças

 CONCLUSÃO


Ser feliz é questão de escolha. É opção! É decisão! Decida-se, hoje mesmo, por ser feliz. Esteja em paz. A casa pode estar caindo, o mundo pode estar em guerra, as coisas todas de pernas para o ar, se você está de bem consigo mesmo, se não tem problemas de consciência, se procura fazer sempre boas ações, estará em paz e viverá bem. 

Procure ser feliz nas pequenas coisas e as grandes vitórias virão, com certeza!

Agradecendo à Fabiana a oportunidade de mais um livro lançado, despeço-me, carinhosamente de você, esperando ter ajudado um pouco com minhas simples reflexões.

Talvez aceite ainda, o desafio de uma amiga minha que, há tempos, pede um livro sobre um determinado assunto – será o décimo e último, se Deus quiser! E como tenho o hábito de sempre pensar positivamente, creio que acontecerá realmente.

Abraços fraternos. Seja feliz!

Celina Carvalho de Queiroz Almeida

Sete Lagoas, janeiro de 2023

(Observação: Quis colocar aqui minhas reflexões porque penso que fomos criados para sermos felizes, apesar de tantas tribulações; e creio que a maior virtude é aceitarmos os projetos de Deus para cada um de nós. Assim sendo, é preciso olhar, ouvir, fazer, viver...  de forma leve, leve como a brisa da manhã. Furacões saem destruindo tudo, lambendo as belezas da vida. E nada como um dia após o outro, não é mesmo?!)

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

577 - Capítulo XXX

 Capítulo XXX 

Enfim...

SER FELIZ!


Ser Feliz como Jesus! Ser feliz como Maria! Sempre! 

Por que eles eram felizes?... Felizes porque estavam sempre fazendo a vontade do Pai, intercedendo por todos, rezando por aqueles que não sabiam compreender os desígnios de Deus.

É por isto que Ela, lá em Caná da Galileia, afirmou:  ”Fazei tudo o que Ele vos disser!” Porque Ele era Deus. Ele, o Seu Filho, ainda não se havia manifestado, mas o Anjo já lhe dissera, há trinta anos: “Serás a Mãe do Filho de Deus!” E mais: em Isaías, Ela lia sempre: ”Uma Virgem conceberá e dará à Luz, um Filho. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo.”

Sempre, com seus pais ou as anciãs do Templo, Ela refletia sobre essas palavras e pedia que o Filho de Deus pudesse vir, enquanto Ela estivesse aqui na terra; e mais: que Ela pudesse ser aquela serva que ajudasse à mãe d’Ele. 

Só que jamais imaginara ouvir um dia, aquelas palavras do Anjo dirigidas a Ela: “Serás a Mãe do Filho de Deus!”.  Trinta anos já eram passados e Ela podia realmente afirmar: “Fazei tudo o que Ele vos disser” sabendo que a família dos noivos teria naquele momento de festas, a solução para aquela situação constrangedora. E foi o que aconteceu, todos sabemos disto.

E Ela, que acreditara nas palavras do Anjo, na humilde casinha de Nazaré, bastou chegar perto de Isabel, vindo para servi-la, que teve a confirmação: “Feliz és tu porque acreditaste!”

Sim! Ser feliz é fazer de tudo para, no silêncio, na meditação, na oração, ouvir a voz de Deus e colocar em prática, o que Ele nos diz.

Toda vez que penso nesta frase, ou quando a leio em algum lugar como hoje, lá no Santuário da Adoração, humildemente eu peço à Mãe: “Ensinai-me a ouvir o que Ele diz! Ensinai-me para que eu possa fazer a Sua vontade, não a minha.”  Porque sei que assim serei sempre feliz! 

Obrigada, Mãezinha. Fique comigo, para que eu não desvie do caminho. Que eu possa fazer sempre a vontade de Deus, pois sei que assim serei feliz; e, mais importante, poderei fazer felizes, aqueles que caminham comigo.

Meu irmão, decida-se por ser feliz, procurando fazer o que Ele lhe disser. E se precisar, peça ajuda à Mãe, para entender os projetos de Deus para a sua vida. 

E seja feliz! 


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

576 - Capítulo XXIX

 Capítulo XXIX

SER FELIZ,

nas revelações!

Revelações dos pequenos erros passados, já que alguns, ainda  posso corrigir;  outros, distantes no tempo e no espaço, no mínimo, posso aprender com eles, a fim de que não se repitam.

Para nós, católicos, a satisfação ainda pode ser bem maior, pois conhecemos o Sacramento da Confissão e sabemos que, ao confessar os pecados ao nosso diretor espiritual, tais erros são perdoados por Deus e podemos nos sentir livres da culpa, o que nos faz  realmente felizes!

Ao considerar esta e outras situações semelhantes, fico com pena de quem não crê em Deus e em Seu Filho Jesus, que nos veio aliviar de muitos fardos, como este citado.

 É sério, irmãos! Como podemos viver, sem a crença em um Deus único que tanto nos ama?!  Por isto, procuro evangelizar sempre e fico muito feliz quando consigo fazer algo por alguém neste sentido! Daí, minhas mensagens de amor e boa convivência para que possamos ir refletindo...

Acha que vale a pena?...

Eu - tenho certeza que sim!


575 - Capítulo XXVIII

 Capítulo XXVIII

SER FELIZ,

no barulho e no silêncio!


O barulho incomoda? Depende! Depende de você querer ser incomodado. Se não... alie-se a ele! Se o barulho incomoda e você tem como corrigi-lo, que o faça!  Mas, se não depende do seu querer, seja feliz com ele!

Sou feliz com o canto do nosso  galo no quintal, às quatro da madrugada e com os que respondem, lá longe, pela vizinhança – uma coisa que minha netinha Gabriela reclamou!

Feliz com o toque característico do celular, avisando que os amigos já estão acordando e me mandam lindas mensagens!

Feliz com o barulho da porta da cozinha que meu esposo fecha, avisando que já está vindo para a cama.

São tantos os barulhos à nossa volta, que, o melhor que temos a fazer, é procurarmos ser felizes com eles; apenas alguns exemplos na minha rotina :

- O barulho diversificado dos veículos que começam bem cedo a circular pela avenida;

- O portão da casa vizinha, às cinco da manhã, certamente de alguém que sai para o trabalho;

- O barulho insistente da moto que passa todas as noites, em intervalos regulares, certamente contratado por alguém da rua;

- O choro da criança no prédio vizinho;

- A máquina que corta a grama de quintais e jardins da vizinhança, por vários dias;

- O barulho dos carros que fazem a troca de óleo, bem à frente da nossa casa;

- O barulho forte dos ventos que levam as palmeiras do jardim até quase beijarem o solo e as trazem de volta;

- O tic-tac do relógio grande da sala, com seu toque sonoro que me informa as horas, sem que eu necessite olhar para ele;

- A sirene da ambulância que vai socorrer a quem precisa de auxílio ou dos carros de polícia que vão resolver alguma situação de conflito;

- A brisa mansa que cantarola nas árvores do quintal;

- As orações nas casas das vizinhas que estão rezando por todos nós, com certeza;

- O barulhinho gostoso da água que sonoriza e umidifica a casa durante toda a noite, na fonte de pedra que ganhei no meu aniversário;

- O barulho do jornal que, toda sexta-feira bem cedinho, cai aqui no jardim, trazendo as notícias da nossa Sete Lagoas e região...

- E até o barulho ensurdecedor de um aparelho que, a pedido médico, mapeia o corpo da gente com tanta precisão!

Enfim, é escolha de cada um, conseguir lidar com todos os barulhos, que são tantos... e curtir, com alegria, sem reclamar. 

E curtir também, com a mesma tranquilidade, a um silêncio como este de que posso desfrutar agora, nesta manhã, e que só é levemente quebrado pelo barulhinho das teclas do computador que estão me trazendo tanta satisfação ao poder falar tudo isto com você, em momentos e locais diferentes. Que coisa boa! Isto me faz tão feliz!

E me veio à mente agora, uma aula do curso de Psicopedagogia quando a professora dividiu a turma para refletir sobre temas diversos e todos queríamos ir para outras salas da UNIFEMM, já que elas estavam vazias naquele sábado, pela manhã.  

Sabe o que ela disse? “Não! Vocês precisam aprender a prestar atenção apenas nas falas das pessoas do seu grupo e se isolarem completamente do barulho dos demais.”

É fácil não, viu? Mas a gente deu conta! Todos os grupos apresentaram bem suas discussões. Porém deu trabalho!

Você, o que acha disto?


terça-feira, 29 de agosto de 2023

574 - Capítulo XXVII

 Capítulo XXVII

SER FELIZ,

em adoração a Jesus Sacramentado!


Como sou feliz assim! É um dos momentos mais felizes, nas segundas-feiras, quando, logo após a Celebração Eucarística nos reunimos para adorar ao Santíssimo Sacramento, rezando o Santo Terço! 

E também aos sábados, quando nos é dado o privilégio de estar no mesmo local, em adoração, louvando também a Mãe de Jesus, cantando o Ofício de Nossa Senhora e rezando a Ladainha. São momentos de muita felicidade! 

Quando começamos com esta prática, há alguns anos, muitas pessoas foram se juntando a nós e o grupo ficava cada vez mais forte. Fizemos blusas, compramos livros, fomos nos organizando e a oração a cada dia se tornava mais fervorosa, com muitas vozes.

Com o fechamento das igrejas por causa da  pandemia do coronavirus, o  grupo se dispersou e, receosas, as pessoas tiveram medo de voltar; aos poucos estamos reconstruindo nossos grupos de oração, mas está ainda muito devagar. Esperamos uma melhora daqui para a frente.

E eu sempre aguardando!... Aguardando o retorno daqueles que demoram a compreender que independe de estar aqui ou ali... Estamos nas mãos de DEUS.

Você?!... Tira um momento, de vez em quando, para adorar a Jesus Eucarístico, exposto no altar? 


573 - Capítulo XXVI

 Capítulo XXVI

SER FELIZ,

lutando contra o mal!


Sim. Dá trabalho, lutar contra o mal o tempo todo! Por isto, quero abordar também este assunto; o mal precisa ser derrotado! Não podemos permitir que o mal se apodere de nossa vida e nem daqueles que convivem conosco.

Para isto, numa batalha assim tão complicada, precisamos estar sempre em oração. Sempre com bons pensamentos, educar nossos olhos para ver coisas boas, educar nossa língua, nossos ouvidos, todos os nossos sentidos, para direcioná-los somente para o bem. E a gente vai ser feliz de verdade!

Não podemos dar brecha para o mal entrar na nossa vida. Deu brecha, ele entra, e aí fica difícil combatê-lo. O melhor que se tem a fazer, repito, é evitá-lo. Porque é uma batalha desigual demais. 

O que fazer então? Procurar ver somente coisas boas, falar boas palavras, ouvir boas músicas, boas mensagens, consumir bons produtos…

Como é difícil combater um vício!... Por isto, formar bons hábitos é essencial. Aqui, vale lembrar a máxima: “É de pequeno que se torce o pepino!” depois de arraigadas determinadas manias, fica difícil, de verdade, quando se quer mudar.

Ser feliz então, combatendo o mal e procurando fazer somente o bem!

Lembrando-nos ainda de que, nossa maior luta não é contra seres carnais, mas, espirituais. Por isso mesmo, precisamos estar sempre em sintonia com o sagrado, para que possamos conhecer a paz que vem de Deus!

Lemos na Bíblia: “Pois não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar, mas contra  o espírito do mal, o espírito das trevas”. Por isso, temos ótimas orações nesse sentido como a “Oração de Combate Espiritual” do frei Gilson que minha irmã e eu temos feito todos os dias, pedindo a Deus para nos livrar dos espíritos do mal  e preencher-nos com as virtudes, fortalecendo-nos o espírito.

Que você possa pensar nisto e estar sempre em oração, porque assim fazendo, estará protegido, contra tantos males que nos rodeiam todos os dias!

Reflita sobre isto! É necessário!

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

572 - Capítulo XXV

 Capítulo XXV

SER FELIZ,

nas vitórias!


Ah, isto é fácil! - dirá você! E certamente, vai lembrar de grandes vitórias: nos esportes, na escola, em vestibulares, concluindo algum curso... vivenciando  grandes e pomposos acontecimentos!...

Só que não estou falando dessas coisas grandiosas; falo das pequenas vitórias do cotidiano, coisas que a pessoa nem percebe e deixa passar, sem comemorar. Também não falo de banquetes, churrascos, grandes festas nas comemorações. Não é isto! Seguramente, não é!

Falo das pequenas coisas que nos acontecem a cada momento e que nos fazem ficar felizes, tais como: um cumprimento, um sorriso, um gesto de carinho, encontrar-se com alguém, que há muito não via, encontrar aquilo que procura, em lojas ou supermercados, ter algo pra oferecer a uma pessoa, levantar-se bem disposto, dormir bem à noite... são coisas que nos fazem viver de bem com a vida!  - situações cotidianas normais. 

Que tal ao levantar-se, agradecer: “Obrigada, meu Deus! Dormi tão bem!” Ao final do dia, agradecer também, comemorando, porque viveu mais um dia, fez o que devia ser feito, tudo deu certo, nada falhou, tudo normal… e se, por acaso, não saiu como deveria, agradecer também e considerar que foi um aprendizado. No dia seguinte, com certeza, fará melhor! Dentro da normalidade!

E isto me fez lembrar de meu filho mais velho, quando eu ligo pra ele, ou ele pra mim, e logo pergunto: “E aí, tudo bem?!” - e  ele responde: “Normal!”

Ou seja: nada de ruim acontecendo. Normalidade é vitória! Fazer o que se deve fazer! O que se propõe para o momento.

Você já havia pensado desta forma? Releia – pense – reflita... Vale a pena! Não é mesmo? 

Cada dia é realmente, um presente! Isto me fez lembrar agora, as chamadas que nossos professores faziam: Celina. Presente! Pois é! Eu estava ali todos os dias! Como estudei! Como aprendi! De fato, não era cada novo dia, um presente, onde os mestres teriam mais a ensinar, e nós, a aprender?...

Consideremos sempre, a cada momento, como uma nova oportunidade de continuar nossas boas obras, aqui na terra – até que o Pai nos chame de volta. E que estejamos preparados para chegar a Ele e repetirmos as palavras do Santo: “Aqui estou; combati o bom combate. Conservei a fé!”


571 - Capítulo XXIV

 Capítulo XXIV

SER FELIZ,

por compensação, por reflexão,

por aceitação!


“- Vó, vou almoçar com vocês aí, amanhã!” – é a nossa neta Júlia quem diz. Chegou, conversamos muito, almoçamos e ela contou um fato tão estranho, que me fez acordar pela madrugada e ficar a pensar naquilo: uma mãe que mata a filha e se suicida; ou seja, ela queria se matar, mas então, mata antes, a filhinha, certamente para que não fique aqui nas mãos de outras pessoas... sofrendo. 

Meu Deus! Que coisa! Fico muito assustada com a notícia e pergunto: por que ela se suicidou? E ela explica: “Uai, vó, suicídio é doença!” Jesus! Vai entender…

E fiquei me lembrando de uma música, muito conhecida no mundo católico, que diz assim: “A mãe será/ Capaz de se esquecer/ Ou deixar de amar algum daqueles que gerou?/ E se existir/ Acaso tal mulher/ Deus Se lembrará de nós em Seu Amor!”

Então eu penso: tanta coisa escabrosa acontecendo, que a gente pode pensar assim: como ser feliz, num mundo tão mau, numa humanidade que se mata, matando também a outros, senão com armas, ao menos de desespero, de decepção, de angústia, de depressão…

Tal pensamento me levou a três palavras: é procurar compensar uma ação muito ruim com outras, refletindo positivamente, para que se possa aceitar o que vier, pois, senão, como poderemos viver tranquilos, com otimismo e positividade, se todo dia ficamos sabendo de situações desse tipo? E nem precisa acontecer com pessoas conhecidas; somos todos irmãos e o que acontece com qualquer um, em qualquer lugar do mundo, acaba afetando nosso humor, nossa paz.

Por isto, titulei desta forma, este capítulo. E procuro agir assim! Para estar feliz!

Pense nisto: compensação, reflexão e aceitação! Compensar - com outras ações; refletir, conscientemente; aceitar o que veio, procurando entender e pensar que, seja o que for, poderia ser pior... 

Dá pra entender?! Difícil! Mas se a gente pensar bem, qualquer situação de morte, que – a princípio – parece ser o fim, sempre poderia ser pior, mais pessoas envolvidas, maior fatalidade e algo mais...

Acontece ainda, um raciocínio bem consolador: todos iremos um dia; não sabemos quando, nem como, nem onde... mas, iremos! E ELE estará lá a nos esperar... Nosso Pai Criador!


sábado, 26 de agosto de 2023

570 - Capítulo XXIII

 Capítulo XXIII

SER FELIZ,

com os sonhos!


Como é bom sonhar! Não fossem os sonhos, os desejos, vontade de ser melhor, de fazer mais, de aproveitar oportunidades que vão surgindo em nossa vida, seria muito árdua e, talvez, improdutiva, nossa passagem por este mundo.

Os sonhos nos permitem ousar, nos impulsionam para a frente, nos fazem crer que é possível e que tudo dará certo.

Dos meus sonhos sonhados, bem poucos ainda não se realizaram; aliás, creio que consegui bem mais do que sonhei, ou que me falaram ser necessário para se dizer feliz, dentro da máxima “fazer um filho, plantar uma árvore, escrever um livro!”

Meu Deus, inúmeras árvores plantei, quatro filhos gerei e este é o nono livro! Que mais posso querer?... Posso, sim! E isto tenho sempre comigo: ajudar às pessoas que ainda não conseguiram atingir a meta - e continuar sonhando com algo mais, pois, afinal, sempre se pode ir além. Nunca concordei muito com uma porcentagem de cem por cento: por que não ultrapassar?

Então... continuemos sonhando! Sou feliz com meus sonhos. E você?!... Quais são os seus sonhos?

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

569 - Capítulo XXII

 Capítulo XXII

SER FELIZ,

por poder ajudar!


Sempre ouvi dizer: “E melhor dar que receber!” E, às vezes, eu ponderava: “É melhor ter para dar, que precisar pedir!” Dizia assim quando alguém batia à porta, pedindo alguma coisa, e eu era criticada por querer ajudar. De fato, ninguém pode negar que sermos incomodados a todo momento, quando estamos muito ocupados, é lastimável. Mas fico sempre triste se não o puder fazer.

Hoje voltei para casa muito feliz, pensando nisto. Pois pude ajudar a algumas pessoas. E não simplesmente, com ajuda material, mas até conseguindo um trabalho, o que é muito mais gratificante. Graças a Deus, por meu intermédio, pessoas estão satisfeitas. Como é gratificante poder pensar assim. Hoje estou realmente sentindo como é bom poder ajudar!

Estive com uma pessoa agora para pedir a ela  que leve para seu filho um brinquedo,  que vai ajudar a ele e à avó que toma conta dele, pois ela me disse que, quando ele não está na escola, só fica na televisão e, se desligá-la, ele chora muito e não deixa mesmo que ela faça isto.

E como foi bom vê-la tão feliz – a mãe do garoto - tão grata, por eu ter conseguido, há algum tempo, um lugar para ela trabalhar. 

A dona da casa é minha amiga, é idosa, sua companheira de tantos anos precisou sair para tomar conta de netos; ela apavorada me contando, pois não pode ficar sozinha; já havia procurado, segundo ela, por todo lado e não sabia mais o que fazer. O filho deixava a esposa e vinha ficar com ela, o que a incomodava muito; uma situação realmente constrangedora.

Lembrei-me então de uma família, a quem há muito tempo, ajudamos. Procurei-a; fui conversar; oferecer algo diferente. Oferecer trabalho e não simplesmente uma cesta básica. Ficaram felizes. E ela veio. Conversaram. Ambas se entenderam bem. E já faz algum tempo que ela está lá, patroa e empregada se elogiam, cada uma cumprindo o seu dever e se sentindo gratas a mim, porque ajudei.

Agradecer a mim, não! Agradecer a Deus, que nos mostra um jeito de fazer caridade de forma diferente, muito mais digna, muito mais gratificante! Que bom! Este foi um dos momentos felizes que vivenciei hoje, entre outros. Como estou feliz! Como agradeço a Deus por poder ajudar, ser um canal que une pessoas, ser ponte entre seres tão diferentes e desconhecidos. Meu Deus! Obrigada! 


568 - Capítulo XXI

 Capítulo XXI

SER FELIZ,

com o que é necessário!


Como seres humanos comuns, precisamos sempre do necessário para viver. Precisamos do alimento, vestuários e calçados, materiais de higiene, um teto para nos abrigar,  condições básicas de comunicação, transporte e segurança, além de uma educação de qualidade para uma convivência feliz.

Não precisamos de muito, de excessos, mas o básico é necessário. Por isto, entristece-nos sobremaneira, ver irmãos nossos sendo considerados “moradores de rua”. Meu Deus, como? É inaceitável, tal situação! Como se vive na rua? Como? Difícil entender…

Venho de uma família numerosa. E sempre fomos pobres, bem pobres, mas não, miseráveis. Sempre tivemos o necessário, dentro das nossas possibilidades. Não me lembro de grandes dificuldades, nem na infância. Mas é lógico que um lavrador, que nem possuía um terreninho para cultivar, trabalhando em terras alheias, com tantos filhos para sustentar, nunca poderia se dar ao luxo de excessos, seja do que for.

Mas o tempo passa, as coisas vão melhorando, com muito estudo e   trabalho e a gente vai conseguindo uma situação melhor. 

Ontem, vindo da casa da coordenadora do Movimento da Mãe Rainha, após a Missa em uma igreja bem distante, eu cheguei à seguinte conclusão: o carro, para mim, hoje, é uma necessidade básica. Sim. Faço muitas coisas, ando atrás de situações que seriam quase impossíveis se eu não tivesse um. Um bem que jamais cogitei adquirir até duas décadas e meia de minha vida, e nunca senti falta, como pedestre, indo a lugares distantes, como aluna ou profissional.

 E de repente me torna possível possuir um deles e hoje é imensamente necessário, pois não teria condições da fazer tudo o que faço, não pudesse contar com meu carro.

Interessante considerar isto: hoje, um carro pra mim, é necessidade básica e agradeço muito a Deus, poder possuir esse bem que me permite ir à igreja todos os dias, fazer compras, carregar o esposo, filhos e netos, parentes e amigos também. Obrigada, Senhor!

Pra você, isto é extremamente necessário? É bom caminhar, é saudável, mas quando se quer carregar alguém ou chegar rápido, não há como abrir mão de um transporte seguro, não é mesmo?

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

567 - Capítulo XX

 Capítulo XX

SER FELIZ,

com aquilo que ouvimos!

Tantas são as oportunidades de ouvirmos coisas boas. Acho que é exatamente por isto que me considero assim feliz, porque sempre estou em locais onde se diz boas mensagens, onde se pensa positivo, onde se vê em Deus, o maior aliado de nossa felicidade.

Assim é que hoje, dia cinco de outubro de dois mil e vinte e dois, bem cedinho, ligo a Canção Nova e ouço uma palestra fantástica, analisando um trecho do Evangelho, cujo leque de possibilidades de interpretação, levou aquele sacerdote a uma análise extraordinária da concepção humana. Achei lindo o que ele disse; e mergulhei fundo no seu raciocínio.

Explicando: “Um óvulo já maduro é liberado pelo ovário e chega ao útero. Um espermatozoide do esposo, que recebera o sacramento do matrimônio – como deve ser! – sobe rapidamente, na frente daquela multidão de seus iguais, lépido e ávido como uma lebre sedenta em direção à fonte, e atinge seu objetivo: o óvulo é fecundado!” 

E ele continua: “No mesmo instante, o óvulo recém-fecundado, cria um invólucro à sua volta, para que nenhum outro intruso possa penetrar, vindo a atrapalhar aquela fecundação, aquela felicidade!”

E conclui: “A Oração faz isto com o nosso ser: ela cria também um poderoso invólucro, semelhante àquele, para que nenhum espírito do mal possa penetrar, vindo nublar a presença de Deus em nós, um estado de alma que é a verdadeira felicidade, felicidade suprema!”

Hoje, logo pela manhã, me abasteci assim de Deus. Se nada mais ouvir durante o dia, não sentirei falta, pois já estou saciada. Sou feliz porque o que ouvi e passo pra você agora, é o que há de mais lindo sobre a face da terra! É maravilhoso saber que a oração nos protege assim, dos males deste mundo e nos transporta para um estado de paz e serenidade da alma. 

Como é bom estar sempre em Oração, falando com Deus! E ouvindo coisas de Deus! Você não acha?

E o que achou da comparação? Não é fantástico?! Só mesmo, um sacerdote, dotado de tanta sabedoria como o saudoso Padre Léo, para fazer uma reflexão assim tão divina, da concepção humana e de uma vida de oração! 

Grande Padre Léo! Você o conhece?!


566 - Capítulo XIX

 Capítulo XIX

SER FELIZ,

nas mudanças de cidades e casas!


Às vezes dá medo, quando a gente ouve: Vamos nos mudar! Precisamos mudar daqui. Mudar de casa ou, mais preocupante ainda – mudar de cidade!

Aconteceu conosco várias vezes. Na minha cidade, onde nos casamos, que nem era minha, e, muito menos dele - porque meus pais haviam sido obrigados a se mudarem para lá quando eu contava apenas com oito anos de idade, e ele fora mandado para lá para trabalhar no Banco Real -  naquela primeira cidade, já tivemos que morar em três casas, sendo que a última nós a havíamos construído com tanta dificuldade.

E de repente, ele chega e diz: “Vamos ter que nos mudar; iremos para Lagoa Santa! Ficar feliz com a ideia? Talvez! A gente espera. Deixar meus familiares, minhas escolas, meus alunos e colegas e partir para um lugar do qual nem nunca havia ouvido falar... pode ser bom?... Pode ser... Quem sabe?...

E lá vamos nós. A gente entra em qualquer moradia, a princípio, porque é aquela que encontrar, não é mesmo? É necessário. Precisamos morar em algum lugar. E fomos para um apartamento até encontrarmos uma casa, como estávamos acostumados.

Porém lá vem ele novamente: “Precisamos nos mudar de novo”. Desta vez, para Vespasiano, onde ele já estava trabalhando, pois apesar de ser bem próximo, era desconfortável, precisar sair todo dia, bem cedinho. E lá também moramos em duas casas.

E daí, o Banco Real transfere de novo. Agora para Três Marias. Novamente, o caminhão de mudanças.  E lá vamos nós! Reclamar? Que nada! Já estávamos até gostando da cigania…

E então, ele chega um dia, todo sorridente: “Sabem para onde iremos agora?... Silêncio!... Vamos para Diamantina!” Por que o suspense? Simplesmente, porque é a sua cidade natal, onde morava na época, a sua família.! E fomos. Bons estudos, faculdade para os filhos... e até um antigo sonho meu: Pedagogia! Ótimo!!!

Depois de algum tempo, ele vai transferido de novo. Para Barão de Cocais! Mas aí resolveu deixar-nos lá onde a situação escolar era melhor para a família. E além de tudo, morando mal, no porão onde residíamos, estávamos construindo a nossa casa, que já se encontrava quase pronta. 

Ele foi, nós ficamos. Pesado para mim, que trabalhava numa escola, fazia faculdade, tomando conta sozinha, dos quatro filhos adolescentes e ainda cuidando da construção: engenheiro, pedreiros, pintores, materiais... Pesado também para ele que tinha que sair muito cedo na segunda e voltar muito tarde na sexta.

Finalmente, ele é transferido para Curvelo, e eu, que havia terminado a faculdade e aposentado no cargo que ocupava, comecei a trabalhar na Supervisão Escolar naquela cidade. Ali, ele perde o emprego e a gente vem para Sete Lagoas, onde moramos ainda em mais duas casas, antes de construir a atual.

Depois de uma maratona desta, você pode estar se perguntando: e pode-se ser feliz, mudando tanto assim? E eu respondo que ser feliz é questão de opção. É considerar sempre o que há de melhor no presente momento. É reconhecer que nada é tão bom e nem tão ruim. E que devemos sempre escolher ser feliz, com o que temos, ser feliz com o presente, optar sempre pelo melhor, por aquilo que faz bem à alma.

Em cada cidade, novas amizades, novas escolas, novas igrejas, mas sempre o mesmo esposo, os mesmos filhos, o mesmo DEUS!

É fácil! Nada se torna difícil, quando a gente procura aceitar os projetos de Deus para a nossa Vida, e é o que eu sempre fiz. E posso assegurar com firmeza. Sorrindo ou chorando, sempre fui feliz, pois confiava que, se estava parecendo ruim, iria melhorar, se estava parecendo ruim, é o que se tinha para o momento. Deus é maior! Ele realmente nos oferece a carga que somos capazes de carregar. Ruim é para a pessoa que não entende isto. Sou feliz! Mais ainda agora que neste nono livro, pude contribuir um pouco com o leitor que estiver disposto a conhecê-lo e a considerá-lo viável.

Sou feliz! Seja feliz, você também! Aceite de bom grado, o que Deus tem para a sua vida! Opte por ser feliz!!! Vale a pena!

E precisamos ainda considerar que nossa aceitação e opção por ser feliz favorece, não somente a nós, mas a todos aqueles que convivem conosco, pois quem aguenta uma pessoa que reclama o tempo todo?

Ao invés de reclamar, se a situação não está muito boa, vamos agradecer pelo que nos é oferecido no momento e trabalhar, no sentido de fazer o melhor para que as coisas possam ser diferentes, mais tarde. 

O que a gente puder mudar, vamos fazê-lo; mas se não puder, é preciso aceitar, e esperar pelo diferente que poderá surgir, rezando para que seja melhor, não é assim?

Pensamento positivo, sempre ajuda!


terça-feira, 22 de agosto de 2023

565 - Capítulo XVIII

 Capítulo XVIII

SER FELIZ,

no trabalho!


Sempre trabalhei muito! Desde bem pequena! Nossos pais nos davam atribuições, de acordo com a idade de cada um. Achávamos justo. Mandavam que fizéssemos aquilo que éramos capazes de fazer. Na época, não se considerava trabalho infantil, as pequenas tarefas da casa ou mesmo da roça. Tínhamos sempre uma ocupação útil. Ainda não havia o ECA!

Hoje inventaram o tal do “trabalho infantil”. Já tive a oportunidade de ouvir pais que, entristecidos, iam pedir “socorro” à escola para os ajudarem na educação dos filhos que nada queriam fazer em casa, apontando ser “trabalho infantil”. E assim, com essa concepção errônea, sobrecarregavam os adultos em casa, ficando os filhos e netos na ociosidade, em nada cooperando com as atividades variadas dentro do lar, coisas simples que poderiam ser feitas por qualquer criança.

Triste uma situação assim. E não aceitam argumentos; simplesmente repetem que criança não pode trabalhar e se a gente dá exemplos diversos, eles contestam sempre, dizendo que esse tempo já passou, ou que essa determinada criança é uma boba de fazer isso. Chegam até a dizer que esses pais que exigem o trabalho dos filhos deveriam ser denunciados – e presos por não cumprirem a lei.

Que lei? Uma lei que permite a esses adolescentes e jovens fazerem de tudo, menos trabalhar? Um absurdo!

E como não trabalham, acabam nem estudando também, a contento, tanto que acostumam com a ociosidade e redes sociais...

Cuide de suas crianças! Não é difícil arrumar as camas, onde dormem, guardar seus brinquedos, seus materiais escolares, após o uso... São tantas as atividades que poderão ser feitas por eles mesmos...

Pense nisto, por favor! Estamos facilitando a vida de  uma geração de preguiçosos. Que será feito deles depois?! Terão coragem, como nós tivemos, de formar uma nova família, criar os filhos com alegria, trabalho, estudos, tudo em ordem, como deve ser? Serão capazes de se esforçar muito para que não falte o essencial em seus lares? 

Creio que será bem difícil para eles se não forem antes, preparados por nós, principalmente com um exemplo constante de firmeza e equilíbrio. 

Pense nisto!


564 - Capítulo XVII

 Capítulo XVII

SER FELIZ,

nos momentos de lazer!


Podem nem ser tantos, mas são sempre bem-vindos! Mesmo porque a gente aprende a fazer de cada ato, de cada gesto, um motivo de alegria que pode ser comparada aos momentos de lazer.

Um lazer simples, inocente, despretensioso. Porque acabei de descobrir que, aqueles que podem contar com momentos constantes de lazer, não encontram, muitas vezes, tempo para práticas que considero essenciais, tais como, aqueles referentes a uma religiosidade cotidiana. 

Por exemplo, as pessoas que se dizem católicas, que foram um dia batizadas, passando então a pertencer à comunidade cristã - que sabemos ser a grande maioria dos brasileiros - essas pessoas devem seguir certos preceitos como, participar da santa missa aos domingos. 

Porém, com tanto lazer em casa, ou clubes, ou sítios e outros locais, como deixar um momento extremamente prazeroso, para ir à igreja? 

Em se tratando de pessoas do nosso convívio, ou mesmo, de familiares, tal atitude me entristece sobremaneira, pois vejo que não se interessam pelo sobrenatural, não dão a devida importância à espiritualidade, o que é uma lástima. São esses valores que não devem ser relegados a segundo plano, de forma alguma! 

Neste particular, eu me considero uma pessoa extremamente feliz, já que essas práticas religiosas são, quase sempre, o lazer de que disponho, fornecendo-me uma alegria tão grande quanto os momentos de lazer das outras pessoas. Sou feliz considerando lazer essas práticas, que me dão tanto prazer. Sou extremamente feliz com a minha Igreja, tudo o que ela me oferece, sou feliz com o meu Deus!

Você se considera uma pessoa religiosa? E cumpre os preceitos da comunidade cristã de que faz parte?

Espero que sim, para a sua felicidade e a daqueles que convivem com você!

E se há alguns de sua família que se estão distanciando das práticas religiosas, procure mostrar a eles, como é bom estar lá, bem pertinho do sagrado, convivendo com pessoas da mesma crença, que louvam, rezando, cantando... 

Como é bom estar ali! Fale pra eles!!!


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

563 - Capítulo XVI

 Capítulo XVI

SER FELIZ,

 com os Sacramentos!

Recebi o primeiro, do qual não me lembro...  mas tive a felicidade de conhecer e conviver com os meus padrinhos de Batismo: meus saudosos Padrinho(tio) Joaquim e madrinha(tia) Maria! Hoje, já se foram, já estão na glória, mas espalharam o Bem. Fizeram tanta coisa boa aqui na terra! Deixaram, além de múltiplas boas ações, cinco filhos e milhares de amigos que choraram a sua morte, porque a separação do corpo-e-alma nos leva, os que amamos... Mas dão a eles a oportunidade para voltarem  Àquele que os criou. Acontecerá conosco também! Porque é assim!

Depois do Batismo, Confissão e Eucaristia. E Crisma. E aí, pelo Sacramento da Ordem daqueles que nos concedem a condição de recebermos os anteriores, lá vem o Sacramento do Matrimônio, para o qual, tanto nos preparamos! Tanto sim! Porque deve ser assim! Deve ser muito bem pensado! No meu caso, quatro longos anos, com encontros e desencontros!

E hoje, estamos aqui: quatro filhos, sete netos, até o presente momento, muita luta, muito trabalho e enormes e gratificantes alegrias! – felicidade e agradecimento a Deus, por tanta Bênção! Obrigada, Senhor! Já recebi também, algumas vezes, o Sacramento da Unção dos Enfermos porque hoje, o que se chamava de Extrema-Unção, hoje, é extensivo a todas as pessoas, doentes ou não, porque é bom ser ungido, em nome de Deus!

Sou feliz, muito feliz, com os Sacramentos! E feliz de poder sempre estar em Confissão e recebendo a Eucaristia, com um deleite enorme da alma, uma concretude de que todos deveriam se apropriar com frequência – até diária! Quem não se digna a receber a Jesus Sacramentado, está perdendo a oportunidade de uma alegria realmente sobrenatural!!!

Sou feliz com os Sacramentos!

E você?! Quais os que já recebeu? O do Matrimônio também? Porque foi o próprio Deus, lá no início da criação que o instituiu: “Crescei e multiplicai-vos – e povoai a terra!”

E se multiplicaram tanto, que foram se afastando de Deus, esquecendo-se de quem os criou e levando uma vida não agradável aos olhos de Deus. E aí, veio o dilúvio...

Quando a humanidade se tornou novamente um grande povo, foi-se afastando de novo; e perdendo as suas origens. Por isso é que Deus mandou aqui, Seu próprio Filho, Jesus Cristo. 

Conhece a história? Ame a Deus, acima de tudo!   


562 - Capítulo XV

 Capítulo XV

SER FELIZ,

com o Amor!

Amor! Amor universal! Mas também o Amor particular – aquele meu, só meu, que aprendi a conhecer desde o ventre materno – que era um Amor tão puro! Tão lindo! Ingênuo até! Esquecido depois…

Depois... quando a gente cresce e se esquece, muitas vezes, do primeiro Amor... E só vai encontrá-lo bem mais tarde, na inversão de valores, mas que é a mesma coisa! – quando ao invés de Amor de filha (ou filho) – a gente passa ao Amor de mãe (ou de pai), não é assim?

E foi pensando em escrever este livro – o nono da minha coleção – foi que eu realmente comecei a pensar em tudo isto!!!

Porém, antes dessa inversão de que falo, houve um Amor que me possibilitou tudo isto; o Amor criado por Deus e relatado lá em Genesis: “Homem e Mulher os criou!” e entregou-lhes o Éden, o Jardim de Delícias, para que desfrutassem de tudo aquilo!

Acabamos de completar cinquenta anos de casados! Ele e eu estamos felizes por isto – muito felizes!!! Porque foram tantas as barreiras... como poderíamos imaginar que chegaríamos um dia a esta façanha!

Bodas de Ouro! Comemoradas em grande estilo, sem festas! Sem fogos de artifício! Sem multidão! Apenas nós dois em um refúgio, não muito distante – ali mesmo – tão perto! E tão distante de bebedeiras comuns, de festas mundanas. Muito bom! Obrigada, Senhor! Obrigada porque conheço o Amor, em várias dimensões: Amor simples de ser filha, Amor aos pais e irmãos, aos professores e colegas, aos alunos depois, Amor à profissão, Amor ao esposo, aos filhos e demais familiares – mas, acima de tudo AMOR A DEUS!!! 

OBRIGADA, Senhor! Amor aos livros, principalmente aos que escrevo, porque sei que deixo um bom recado! Um recado de Amor! Obrigada, meu Lindo Deus!!!

Amo! Amo meu Deus, uno e trino, minha Mãezinha do Céu, os Santos de minha devoção, amo meus familiares, meus amigos, vizinhos, pessoas dos grupos, dos quais faço parte... e amo você, que talvez nem saiba quem é, neste momento, mas que está refletindo comigo aqui.

Ame, você também! Coloque uma boa dose de Amor em tudo o que fizer! Vale a pena, posso garantir!

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

561 - Capítulo XIV

 Capítulo XIV

SER FELIZ,

pelo funcionamento normal do corpo!

Por que será que a gente nem sempre pensa nisto? Por quê, se é tão importante, se é vital para todos e cada um de nós? Sou feliz porque tenho pensado nisto e agradecido a Deus todos os dias: agradeço a cada momento!

Agradeço pelo funcionamento normal do organismo. Agradeça você também: pela sede, pela fome, pela satisfação das necessidades básicas; explico: como é bom, quando o corpo funciona direitinho e a gente, ao ir ao banheiro, pode lançar ali no vaso sanitário, tudo o que precisa ser lançado, porque a bexiga está cheia, ou porque os intestinos precisam se livrar daquela massa toda, que incomoda! Como é bom chegar ali, importunado por aquela situação, e sair livre de tudo, pronto de novo para outras atividades. Você já havia pensado nisto e agradecido? Quantos têm grande dificuldade para um ato tão simples e vital!

Vital também é a troca de gases necessária ao organismo: como é bom respirar! Que capacidade fantástica é esta de trocar o gás carbônico pelo oxigênio tão útil e extremamente necessário! 

Ah, meu irmão! Quantos atos que não dependem, da nossa vontade! Quanta coisa é feita sem que estejamos pensando, é feita automaticamente pelo organismo enquanto temos a possibilidade de nos preocuparmos com outra coisa... A respiração, a digestão, a circulação do sangue por todo o corpo... Já pensou se a gente precisasse pensar em tudo isto? Pense se precisássemos dizer: “Coração, jogue o sangue para baixo. Rápido! Estou sem circulação nos pés! Mande sangue para a cabeça. Nem estou conseguindo pensar. Vamos! Trabalhe! Rápido!...”

É... Agradeça, meu irmão! Deus é maravilhoso! E por que será que a gente nem sempre tem tempo para Ele???

Eu tenho! Graças a Deus! E sou feliz por isto! 

Seja feliz, você também. Agradeça sempre, a todo momento! São tantas as ocasiões e oportunidades de  elevarmos o pensamento a Deus, em preces de verdadeiro agradecimento por tudo o que nos acontece! 

Reze, louve, agredeça! Sempre que possível, vá a uma igreja e, naquele silêncio gostoso, faça uma bonita oração de gratidão a Deus!

E sinta-se feliz por isto!


560 - Capítulo XIII

 Capítulo XIII

SER FELIZ,

pedindo Perdão!


Pedir perdão a Deus! É esta a minha grande necessidade hoje, agora, neste momento! E prometo a Deus e a mim mesma, não mais me esquecer: não! Não vou! Com certeza, não vou me esquecer. Sei que a gente, que quer ser cristã de verdade, sei que a gente incomoda. Mas prefiro incomodar. 

Estou disposta a isto, pelo bem da família, em primeiro lugar, porque sei que é de minha responsabilidade. Sei que tenho que responder por eles. 

E é pensando assim que, ao acordar hoje, dia quinze de agosto de dois mil e vinte e dois,  antes das três da madrugada, e rezar o Terço da Gratidão, senti um forte desejo de pedir perdão a Deus! Não sei se alertada pelo meu Anjo da Guarda, se pelo próprio Espírito Santo de Deus, ou se, por Nossa Senhora da Luz, cujo terço eu tinha em mãos, pois só vou para a cama com ele, rezando.

Pedir perdão a Deus! Por quê? Que urgência eu tinha tão grande assim do perdão?... É porque eu estava lá! E sei que o perdão é necessário não só quando fazemos algo errado, mas também, quando nos omitimos, quando deixamos de agir em prol do Reino de Deus, no momento certo. Sei que a maior responsabilidade é dos pais; mas é minha também! E eu estava lá, com eles – os netos!

E é por isto que vim para o computador, às três da madrugada! Para registrar isto! E ser feliz com o meu pedido de perdão: “Perdão, Senhor! Perdão por não colocar em ação o que eu tinha em mente, naquele momento. Perdão por eu não aproveitar o momento presente, tão propício, para uma evangelização segura. Perdão porque falhei, não colocando em prática o que era sussurrado aos meus ouvidos. Não quero mais pecar por omissão! Prometo não mais me omitir!”

Sou feliz, não porque falho às vezes, mas porque minha alma está atenta e me faz arrepender e pedir perdão e sei que, certamente, ela sempre irá me fazer lembrar disto. Obrigada, Senhor! Obrigada, porque só de escrever isto e saber da Sua Misericórdia em me perdoar, já me sinto aliviada e com a disposição de me mudar e ser mais corajosa, mesmo sabendo que incomodo. Pois Jesus também incomodou – e muito! – quando aqui esteve entre nós! 

Obrigada, Senhor! Sou feliz! Obrigada pelo perdão e por este estado de felicidade e alívio que me traz minha alma penitente! Estou feliz por dar o meu recado! 

Pense nisto, você também! Não pecar por omissão!


sábado, 12 de agosto de 2023

559 - Capítulo XII

Capítulo XII

SER FELIZ,

 com a família!

 A Família! Ah! A Família! Como eu amo a minha família! Acho lindo quando os quatro filhos estão ali fora, um churrasquinho, uma cervejinha, altos papos e a criançada correndo pela casa! Às vezes, preciso dar uma bronca neles. Porque jogam bola, quebrando as orquídeas, porque brincam de esconder, subindo e descendo escadas correndo e se escondendo até dentro do carro, na garagem, o que me leva a trancá-lo pra não danificar o estofamento. Netos!... Quer coisa mais gostosa que ser avó?... E avó de muitos, de diversas idades, uma escadinha…

Algumas vezes, o assunto “Família” vai mais além, e aparecem aqui, meus irmãos, sobrinhos e agregados... aí, o tumulto é maior ainda, porque, além da costumeira farra, e falatórios em altas vozes - e como falam! – ainda existe o problema da acomodação à noite: “Quem vai dormir, onde???”

E então é aquela correria, agora dos adultos. Enfim, de repente, tudo se acomoda, pois minha filha, que sabe das coisas, mais que eu, acaba carregando alguns pra casa dela! E quem não quer ir para um lugar melhor que o meu, com pessoas muito mais divertidas, pois além de ela ser “um número, a alegria em pessoa”, seu esposo também entra na bagunça com seu violão ou o famoso cavaquinho? Assim é!

Outro dia, perguntei a uma sobrinha se ela conhecia a casa do meu filho caçula, ao que ela respondeu: “Pois ele não nos levou um dia para dormir lá?” Eu nem me lembrava desse detalhe. Foi muito bom, porque a esposa dele também é um tanto divertida! Mas agora eles se mudaram para outra cidade, e não dá mais para contar com esse acréscimo.

Família, tudo de bom. Como sou feliz com a minha FAMÍLIA!!!

E como é a sua família? Como é você no relacionamento com ela? Curta bastante os seus familiares pois, quando menos se espera, começam a partir antes da gente para a eternidade. E não tem esse negócio de idade cronológica, doença, nada disto. Vai embora, quem Ele chamar...

Curta muito sua família! Vale a pena!

558 - Capítulo XI

                                                                      Capítulo XI

SER FELIZ,

 nas lembranças!

 Uma vez, ouvi, em uma de suas palestras, o saudoso Padre Léo dizer: “Não sou uma pessoa ruim! Não, não sou!”

E eu digo agora: “Eu também não sou!” Quando penso nas minhas discussões em família, porque não queriam aceitar o meu namoro com aquele que hoje é meu esposo, fico um pouco preocupada, pois foi um tempo muito difícil pra todos nós.

Mas quando me lembro de tanta coisa boa que pude fazer pelos meus familiares, a balança pesa bem mais! Muito mais! Pequenas e grandes coisas que fiz por eles, chegando mesmo a comprar uma casa para os meus pais, logo no início do meu magistério. Consegui esta façanha por vários motivos: primeiro porque, sendo tão pobre, acostumada a viver com tão pouco, não iria gastar todo aquele salário que, muitos consideravam uma miséria e que, para mim, era uma verdadeira fortuna.

E também porque o salário não vinha todo mês, naquela época, ficando nove, dez meses sem receber; e assim, quando chegava, era um montante bem grande! Para nós, pobres, um  verdadeiro tesouro! Por isto, paguei um terço do preço da casa, ficando o restante numa nota promissória, endossada pelo meu padrinho de Batismo, irmão do meu pai, que foi depois descontada com os pagamentos seguintes.

Mas o que me veio à lembrança, e me traz uma ternura enorme é um simples fato que ocorreu muitas vezes! Explico: Eu era da Caixa Escolar, porque meus pais eram  pobres e tinham muitos filhos. E todos os dias, na hora do recreio, era servido para nós, somente para nós da Caixa, um mingau muito gostoso, de maisena e, parece, feito com leite em pó. Então, como eu o achava tão delicioso, comecei a levar no bolso do corpete da saia do uniforme, um vidrinho, creio que de leite de magnésia, aquele vidrinho azul, que ia vazio e voltava cheio pra minha mãe. E ela achava uma delícia!

Imagine: Eu recebia na caneca, ia para um corredor que dava para o banheiro e enchia o vidrinho, tomando apenas a sobra, enquanto todos os outros se regalavam com todo o conteúdo da xícara! Veja isto, gente! Só pra ver o sorriso da minha mãe, quando eu lhe entregava o vidrinho – e a cara de satisfação ao se deliciar com o mingau da escola!

Eu não era uma criança muito boazinha??? Como sou feliz com esta lembrança!

E você, tem boas lembranças, ingênuas assim?!


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

557 - Capítulo X

 

Capítulo X

SER FELIZ,

com os sinais de Deus!

 Sinais são tantos na nossa vida. A todo momento vemos sinais do sobrenatural no cotidiano, em Bênçãos e Livramentos.

Este que vou relatar agora, prefiro considerar um verdadeiro milagre! Milagres… são coisas que nos encantam, mas, nem sempre estamos atentos a senti-los junto a nós. Porém, este eu pude perceber e agradecer, silenciosamente, no mesmo instante.

Meu esposo, hoje, dia treze de agosto de dois mil e vinte e dois, pela madrugada, após elogiar-me bastante, disse-me assim: “Você, há poucos dias, chegou da Igreja e disse: ‘Benzinho, eu acabei de receber Jesus em comunhão e quero afirmar a você:  Nunca um homem me tocou, nunca me abraçou, nunca me beijou. O único homem a fazer isto, foi você! E creio que bem poucas mulheres podem afirmar isto, em Oração, como eu afirmo agora!’ Acreditei!”

Silêncio! Eu realmente havia dito isto a ele, alguns dias antes, ao chegar da Santa Missa! Instintivamente, agradeci muito a Deus – e adotei o silêncio de Maria. E continuei calada... Que dizer? Era isto que eu esperava há tantos anos, ele reconhecer que havia pensado muito errado a respeito de uma determinada situação. E por mais que eu dissesse e repetisse um milhão de vezes, ele não se convencia - e ironizava sempre - o que me deixava muito triste.

Queria uma prova concreta, humano demais que ele é. Mas como conseguir uma prova daquilo que nunca aconteceu?... Prova se consegue do ocorrido! Apenas! E eu tentava e tentava convencê-lo de que estava errado, completamente enganado. Mas, o ciúme, o amor próprio, o orgulho, erroneamente ferido, não o deixava admitir.

E eu sofria, mais por vê-lo sofrer que pelo meu próprio sofrimento, que era de uma tristeza profunda. Só me sentia ainda feliz, porque pensava: um dia ele vai reconhecer isto!

E aconteceu! Nesta madrugada! Louvado seja Deus! E foi pela Eucaristia. Não é um milagre? Completando cinquenta anos de casados, comemorando de uma forma tão feliz, nossas Bodas de Ouro, e ele  ainda com essa dúvida! No fundo, no fundo, ele sabia que estava enganado, mas não querendo dar o braço a torcer, continuava com aqueles pensamentos sombrios.

Porém, Jesus Eucarístico abriu seus olhos, sua mente, seu coração, fazendo-o ver claramente a verdade, que, diga-se de passagem, já a tinha, há muito tempo, só não querendo admitir.

Admitiu agora. Graças a Deus! Deixou de lado a incerteza, aquela dúvida cruel. Tudo bem! Em tempo! Graças a Jesus Sacramentado! Sou feliz, mais ainda por isto!

Há certas situações que você tem que viver… e esperar! E é só o que se pode fazer. Para nós, católicos, é, de certa forma, mais fácil, porque a gente coloca tudo nas mãos de Deus, em nossas orações.

Por isto, digo sempre que tenho muita pena de quem diz não acreditar em Deus. Tenho muito dó mesmo! E de vez em quando ouço isto: “Eu não acredito em nada! Não acredito em Deus!”

Ô dó! Espero que você não seja assim...

556 - Capítulo IX

 Capítulo IX

SER FELIZ,

 nas tribulações!

 Você pode estar pensando assim: É fácil ser feliz, quando se é rico. Como o rico da parábola anterior. Mas será que seus servos, seus escravos, conseguiam encontrar felicidade nos sofrimentos e tribulações constantes por que passavam?

Bem, depende do jeito de ser de cada um. Poderiam se considerar felizes por não serem maltratados  -  se não o fossem  -  ser felizes no pouco que tinham para se alimentar, ser felizes com os amores encontrados, com os filhos que chegavam, com o pouco lazer que lhes era permitido... Ser feliz, muitas vezes, é questão de escolha. Ser feliz optando por, ao invés de reclamar, encontrar motivos para agradecer. Também é sabido, “quem não agradece o pouco, nem o muito”. É assim!

Na minha vida - creio que na vida de todos – tive muitas tribulações, optei certamente por encarar todas elas, com coragem e esperança. E procurei tirar proveito no que havia de bom, em cada situação. Fácil? Nem sempre. Mas a gente dá um jeito. Pouquíssimas vezes, cheguei a desanimar. E se cheguei algumas vezes, certamente foi por pouco tempo. Logo recobrava a razão e visualizava uma luz no fim do túnel! E ainda podia contar com as lágrimas, como já relatei. Ser feliz com elas que amenizam o sofrimento.

E pensar que tudo passa, que aqui neste mundo, nada é eterno; se passam os momentos bons, os ruins também vão passar... Mais cedo ou mais tarde…

Opte por ser feliz, opte por agradecer, ao invés de reclamar! É melhor assim, com certeza!

            Agradeça sempre. E seja feliz com o que você tem!

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

555 - Capítulo VIII

 

Capítulo VIII

SER FELIZ,

 com fé!

 Acreditar! Sempre! E saber esperar. Esperar com fé, crendo realmente que amanhã pode ser melhor ainda. Na verdade, a gente está sempre esperando. Porque a vida segue. E nada melhor que um dia após o outro. E não é simplesmente um jargão, não! É verdade!

Espelhemo-nos na natureza: as plantas estão sempre crescendo e se refazendo, as estações se sucedem e elas seguem o ritmo normal da vida, podemos dizer, o ritmo que o Criador determinou. Tudo foi criado um dia, dentro de uma lógica que a nossa inteligência não consegue atingir e muito menos, mudar. Muda-se muito pouco, quase nada. E, pode acreditar: mudamos apenas o que nos é permitido fazer. Nada mais!

Você duvida? Então escute: “Ele estava folgado, suas plantações, floresceram, produziram exageradamente, uma fartura imensa. Era muito rico, tinha muitos escravos, e se gabava de sua fortuna, sem pensar em ajudar ao próximo. E naquele ano, a produção de grãos fora excepcionalmente grande. Então decidiu mandar derrubar seus celeiros e construir novos, muito maiores para guardar alimentos que dariam para muito tempo. Estava folgado, tranquilo; dividir com os outros, nem pensar! Era deitar, se acomodar bem e ficar um longo tempo folgazão, porque nada mais lhe faltava. Mas o Senhor disse: ‘Insensato! Nem uma prece de agradecimento. Hoje mesmo, tua alma te será tirada. E para que servirão tantas fortunas? Para quem ficará o que acumulaste?!’ E naquela mesma noite ele se foi, sem uma prece, sozinho ali em seu leito de riquezas e egoísmos…”

Confira. Está em Lucas, capítulo doze. Deus não proíbe a riqueza terrena; mas é necessário, juntar também tesouros no céu, ajudando a quem precisa, a quem nos pede ajuda. E sermos gratos a Deus pelo que nos concedeu, pelo que nos permitiu construir aqui na terra, com nosso suor, nosso trabalho honesto, nossas orações.  E usar de caridade, para com os menos afortunados.

Agir assim é ser feliz, com fé, feliz com o que nos foi permitido adquirir para a nossa sobrevivência e socorro aos necessitados, o que nos traz uma grande satisfação.

            Ajude sempre. Vale a pena!

554 - Capítulo VII

Capítulo VII

SER FELIZ,

 com os que riem –

e com os que choram!

 Quero procurar sempre ser amiga de verdade! Para ser feliz com eles. Ter amigos é bom. E em todos os lugares por onde passei, algumas amigas me tinham como confidente. Como uma de minhas irmãs, que sempre diz: “vou contar pra você porque sei que você não comenta com ninguém!” Fico feliz com a observação dela.

Muitas vezes, pequenas dores dos filhos, eu também não passava para o pai. Para que preocupá-lo se a gente mesmo resolvia, não é? Dores físicas, psicológicas, morais, emocionais, coisas tão simples, rotineiras. Coisas do cotidiano de qualquer mortal.

Comentar problemas dos outros? - nem pensar! Sofrer com eles, chorar com eles, sorrir, festejando, comemorando... mas nunca passando para a frente o que me contam. Para quê? Se só interessa ao protagonista, não é mesmo?

Principalmente nas lágrimas, meus amigos sabem que podem contar comigo. Se posso ajudar a resolver,  faço-o com boa vontade, mas se nada posso fazer, compadeço-me, e choro e eles sabem que podem contar com minhas orações e torcida pra dar certo!

Sempre acreditei ser assim, uma amizade verdadeira. Em minha família, com esposo, filhos e netos, faço de tudo pra marcar presença, sempre! Todos eles sabem que podem contar comigo, para o que der e vier. O possível, sempre faço; o impossível, peço a Deus para completar. Peço, oro e confio! Gosto tanto desta forma de me comportar, que brinco sempre com eles: “não tenho o hábito de dar presentes, mas marcar presença, quando necessário, é inquestionável!”

E é mesmo assim: para que tantos presentes, se todos possuem muito mais do que necessitam?!

Marque  sempre presença! É o melhor presente! Seja você o presente que as pessoas gostam de receber! Leve sempre palavras de carinho, de otimismo, não só aos seus, mas a todos que encontrar em sua caminhada. Seja presença do bem, do amor, das boas ações; há muito mal por aí, mas nós podemos fazer a diferença, não é? Muitas vezes, o mal grita forte, porque o Bem se cala.

Não calemos, não esmoreçamos, as coisas boas precisam estar em alta, não concorda comigo?!


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

553 - Capítulo VI

 

Capítulo VI

SER FELIZ,

com tudo que nos acontece!

 Hoje saí a pé para ir à Missa, aqui pertinho; é dia trinta de março de dois mil e vinte e dois; estou com setenta e três anos, mas quando este for para o prelo, certamente já terei setenta e quatro. Estes dois últimos números, me fazem lembrar a data de nascimento dos dois primeiros filhos. Outros dois vieram depois. E deles, nossos sete netos! Maravilha!

Caminhando pela Rua Goiás, de repente passa um jornal voando, bem acima da minha cabeça e vai cair certinho no jardim de uma casa. Olhei admirada para o motoqueiro que já estava lá na frente. Quanta habilidade! Ele nem diminuiu a marcha para lançar o jornal. E eu sigo pensando em Deus que é maravilhoso, distribuindo dons diversos a cada filho, porque eu caminhava exatamente pensando no que faria, logo que saísse da igreja.

Roteiro pronto, disposição - e lá vou eu. E tudo saiu melhor que o planejado: olhei para o relógio e pensei que eu teria que esperar lá na porta da farmácia por uns quinze minutos, pois teria que pegar uma encomenda e o rapaz me disse que abriria às oito. Que nada!  Já estava aberta; peguei-a e fui para o Foto Center onde teria que receber algumas fotos que ficaram prontas no dia anterior. Não é que haviam aberto antes também?

Ainda comprei cebolas e bananas, passei lá no xerox para pegar minhas cópias e cheguei tão cedo em casa... Por isto, aproveito o tempo para dar continuidade a este trabalho, agradecendo a Deus por ter saúde, disposição e disponibilidade para dar conta de tudo.

 E prestar atenção na agenda que está cheia: atualmente, fico com o Rafael lá no futebol às terças e quintas, pela manhã; pego o Lucas no Inglês, às segundas e quartas à tarde; pego a Gabi e ele às segundas, quartas e quintas, quando a secretária vai embora, no final do dia e ainda o levo ao futebol, nas quintas à noite, esperando lá os pais chegarem. São netos cuja presença sempre nos faz muito felizes, a mim e ao meu esposo.

Que beleza! Isto e mais ainda, indo à Missa todas as manhãs, aos encontros de catequese, cuidando da casa, da comida, das compras e pagamentos diversos...

E muitas coisas ainda, das quais não posso me esquecer: dar corda no relógio de parede, colocar água na fonte e lavá-la com regularidade, colocar água no filtro todos os dias, abrir janelas pela manhã, fechá-las ao anoitecer, molhar as plantas, abastecer o carro com regularidade, lavar a roupa, usar sua água para lavar garagem e terreiro, ver mensagens urgentes no celular, mantê-lo carregado e ainda ao tablet e caixinha de som; gravar novas mensagens e os capítulos do áudio-livro de Maria Valtorta; ficar atenta aos meus dias de salmo,  leitura e comentário nas igrejas; ainda, mensagens do Cenáculo e para as reuniões do Clube de Letras de Sete Lagoas, que acontecem virtualmente todo sábado...

É preciso ter uma boa agenda na cabeça e algumas páginas para cada evento! Isto se chama Vida! Isto é querer ser feliz! Seria tão bom se todas as pessoas se considerassem felizes com o que fazem, com o que recebem, com o que podem doar – inclusive o seu precioso tempo! Porque mais feliz é aquele que serve, já pontuava o nosso Mestre!

Faça, com prazer, tudo o que estiver ao seu alcance: isto se chama felicidade! Procure ser feliz! Só depende de você! Marque presença, ajude a quem precisa, peça ajuda também, quando necessário...

Seja feliz! Você merece!

552 - Capítulo V

 

Capítulo V

SER FELIZ,

com muita gratidão!

Naquele longínquo ano, um vizinho nosso implicou com meu pai, por uma bobagem qualquer, e queria brigar com ele. Como tinha uma fama de bravo, meus pais resolveram que seria melhor a gente se mudar para evitar um mal, talvez irreversível. Providência divina! Os irmãos do meu pai providenciaram tudo e viemos para a cidade, bem distante daquela roça.

Quando souberam lá na escola, nossas professoras foram nos visitar com todos os colegas. Certamente, se assustaram: a casa estava de pernas para o ar. Havia um caminhão no terreiro, as galinhas d’angola voavam alvoroçadas, cachorros latiam, cabrita berrando, uma confusão que se tornou maior ainda com a algazarra da meninada.

Minha mãe, que sempre gostou de uma casa arrumadinha, não sabia o que fazer para receber as nossas professoras. Meu pai já não estava lá, porque ficara na cidade. Felizmente, as professoras levaram logo seus pirralhos embora, com muitas lágrimas delas e nossas e - por que não? – também dos colegas! Uma despedida cruel. Tão cruel, e tão fora de contexto, que no ano seguinte, tivemos que entrar de novo no segundo ano, minha irmã e eu, porque não havíamos levado transferência e, por isto, não puderam nos admitir naquele mês de outubro, ficando fora da escola, no restante do ano. E meu irmão mais velho continuou no terceiro.

Mas foi muito bom! Minha irmã e eu continuamos juntas, sentadas na mesma carteira, já que era aquele modelo em duplas, com um buraco no centro para colocar o tinteiro.       Só que   não tínhamos mais aquela lousa e, por isto, tudo o que fazíamos, ficava registrado nos cadernos, bem caprichadinhos.

Minha irmã e eu terminamos o quarto ano primário e, como o Ginásio era pago, as professoras conseguiram uma bolsa de estudos para mim. Nesta altura dos acontecimentos, já éramos sete irmãos, e nasceram mais quatro na cidade de Teixeiras, onde então, residíamos.

Dei a este capítulo, este nome; porém, Gratidão permeia todos os capítulos deste livro, todas as informações dos primeiros – e tudo o que virá daqui para a gente, com certeza! Porque Deus é maravilhoso! Ele cuida de nós! Gratidão imensa a Deus que sempre nos permitiu viver uma pobreza honesta e feliz!

Seja sempre grato a Deus!

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

551 - Capítulo IV

 

Capítulo IV

SER FELIZ,

nas novidades!

Meus dois irmãos já frequentavam a escola, e eu ainda não. Morria de inveja dos dois! Mas nessa época, já não éramos só três irmãos; já devíamos ser meia dúzia. Assim, eu ficava com os irmãos menores, mas não me conformava em não poder ir. Meus irmãos chegavam de lá tão alegres, com tantas novidades, que eu invejava aquilo tudo e ficava prestando atenção ao be-a-bá que falavam. E prestando atenção, fui aprendendo, sem saber que o fazia.

E quando, no ano seguinte, meus pais permitiram que eu fosse, que tamanha alegria! Era uma salinha só. Com crianças de idades diferentes. E quando a professora, que, a princípio era só uma  para todos, passava da minha turminha para a outra e fazia as perguntas, eu respondia primeiro que eles; então ela não teve dúvidas: tirou-me daquilo que chamavam “primeiro ano atrasado” e me pôs no “primeiro ano adiantado”, na mesma turma da minha irmã mais velha. Foi sensacional! Assentar-me ali, na mesma carteira da minha irmã, juntinho com ela, que alegria! Eu amei aquilo, amei a escola, a professora, a minha irmã, a aula e tudo, tudo, tudo!

Foi-me dado um material retangular igualzinho ao da professora, só que, infinitamente menor. E me deu alguma coisa como um prego, como se fosse um lápis ou uma caneta, dada a finalidade do mesmo. Ela escrevia no quadro, pregado na parede, e a gente escrevia no nosso, apoiado na carteira. Ela olhava o que a gente fez e, se estava certo, podia apagar; se não, tinha que refazer e ela tornava a explicar.

No ano seguinte, tivemos duas professoras; se não me engano, chamavam-se Dona Ivone e Dona Nivalda. Acho que era isto. Passavam continhas e problemas e textos no quadro delas – que era dividido com as duas - e nós fazíamos na nossa lousa. Era muito divertido! Pelo menos, eu achava porque acertava tudo rápido. Aí, quase no final do ano...

Mas então, é outro capítulo!

Venha comigo!

terça-feira, 1 de agosto de 2023

550 - Capítulo III

 

Capítulo III

SER FELIZ,

com os eufóricos!

Não pense que, em nossa infância, a vida era triste. Não! Muito pelo contrário: os pobres, da roça, sempre pessoas muito unidas e alegres, vivem felizes: trabalham todos juntos pelo mesmo ideal; rezam juntos; divertem-se juntos, na medida do possível...

Domingo, quando havia celebração da Santa Missa na igrejinha que ficava perto da escola, lá íamos todos para a igreja. E era uma festa! A gente rezava com gosto, naquele local bem diferente da nossa casa. E  as pessoas que lá estavam eram todas conhecidas. E vizinhas. E amigas. Depois voltávamos felizes para casa, renovados, conversando, juntos, aqueles que moravam próximos.

E havia um campo de futebol, ali mesmo, ao lado da escola. Ficavam numa espécie de praça, onde havia, de vez em quando, nas tardes de domingo – ou sábados –  uma boa partida de futebol. E foi ali que um dia, meu tio, irmão da minha mãe, que, por sinal, era meu padrinho, comprou pra mim, um balão. Era tão lindo - eu achava naquele dia, naquela hora! Mas não me lembro nem um pouquinho dele, mesmo porque, durou tão pouco tempo em minhas mãos…

Fiquei toda entusiasmada, segurando em minhas frágeis mãozinhas, aquele tesouro tão valioso. Um tesouro que o meu padrinho comprou para mim! Eu já nem olhava para ele, que estava lá no campo, correndo, como os outros, atrás de uma bola. Eu tinha olhos apenas para o meu balão – o meu balão!

E, de repente, ele se solta! A linha fugiu. Tentei pegar. Meu pai também, certamente! – não me lembro. Mas perdemos a ponta da corda. E ele se foi! Lindo! Maravilhoso! Subindo... subindo...

Não sei que palavras meus pais usaram para me consolar. Minha mãe, sempre meio brava, deve ter me dado uma pequena bronca, por eu ter soltado a cordinha que prendia o balão e que o fazia meu; mas não me lembro bem: eu era muito pequena. Isto foi há quase setenta anos! Só sei que o meu padrinho voltou quando acabou  o jogo, e eu já estava sem o presente. Ele ficou triste, mas não comprou outro: não devia ter mais dinheiro, ou o moço dos balões já havia ido embora – ou minha mãe deve ter-lhe dito que não o fizesse. Quem sabe, ele também estivesse triste, porque o seu time perdeu, ou eufórico demais, para se compadecer de uma garotinha boba, depois de uma vitória no futebol... São apenas meras suposições, porque, como disse, não me lembro mesmo.

549 - Capítulo II

 

Capítulo II

SER FELIZ,

 na Oração!

 Ajoelhar-me, colocar as mãozinhas postas e elevar o pensamento aos céus, isto me foi ensinado, desde pequenina. Terceira, de uma família muito pobre - sem saber ainda que seríamos onze filhos, no final! - morando na roça, sem teto próprio e cultivando a vida em terras alheias, meus pais me ensinaram a rezar.

Rezar a fim de que as sementes pudessem germinar para o alimento de cada dia. Rezar a  fim de que as chuvas viessem no tempo certo, para uma boa colheita. Rezar, pedindo que o sol não viesse muito forte, para não queimar as tenras plantinhas. Rezar ainda para que ele permanecesse o tempo necessário e que os grãos se formassem devidamente. Rezar para que o alimento, brotado da terra, fosse suficiente para a família que trabalhava, esperando o pão de cada dia - e ainda, para os outros que não trabalhavam, mas eram os donos da terra e tinham direito também ao que fosse colhido!

Ah, meus irmãos, era muita Oração! E a gente rezava, rezava, rezava! Todas as noites, ajoelhados aos pés da cama de nossos pais, as mãos se uniam em oração. E Deus, que tudo vê, sorria lá de cima, e atendia às nossas preces! Nunca nos faltou o pão de cada dia! Nem muito tempo depois, aos treze: papai, mamãe e onze filhos! Isto é muita Bênção! Para uma família pobre – e tão numerosa – colocar o pão na mesa todos os dias, só mesmo com muita fé, trabalho e a prática da oração: terço na mão e joelhos no chão!

E eram momentos de sublime e sobrenatural felicidade! Obrigada, Senhor!

            Reze! Reze sempre; mantenha sintonia com o Criador e você sentirá como é bom viver! Uma paz tão grande envolverá seu coração e você se sentirá pertencente a uma humanidade que caminha e que está aqui de passagem – e que o melhor ainda virá!

Sempre pensei assim! Dizem por aí que a esperança é a última que morre, mas eu penso diferente: “Para mim, a Esperança não morre! Jamais!”

Pois sempre estamos esperando alguma coisa, algum acontecimento, pequeno ou grandioso. É assim! Estamos sempre à espera...

E esperando... e realizando... e esperando mais... vamos caminhando pela terra, até o dia final!

  Não é mesmo assim?!... Neste exato momento, o que você está esperando?