quarta-feira, 1 de maio de 2019

351 - O Trabalho!

351  -  O Trabalho!


Que pena! Quanta gente não está tendo o que comemorar hoje... Disse o Padre Jackson, lá no Santuário, que são quase catorze milhões aqui no Brasil e, certamente, muitos outros também, no mundo inteiro! Uma celebração tão linda, em que se lê no Gênesis, o texto da Criação do Mundo, onde se cantam belas músicas que falam de lavrar a terra, de cultivar o solo para o pão nosso de cada dia, tantas reflexões sobre as atividades de cada um, lembrar esses tantos que não têm o que fazer, dá uma tristeza imensa, uma dor na alma, um sentido de impotência, perante um problema tão imenso, que atinge a tantas pessoas...

É tão bom poder trabalhar! Principalmente quando, o que se faz, é exatamente aquilo que se sabe fazer bem e o faz com maestria, compromisso e vontade de servir cada vez melhor!

Primeiro de maio, Dia do Trabalho! Que São José Operário, o grande carpinteiro, como o foi também, Aquele a quem ele ensinou o ofício - e que o fazia com arte até os trinta anos de idade, quando então assume a Missão a Ele confiada pelo Pai do Céu, nos três últimos anos que passou aqui entre nós - que ele, São José,  interceda por nosso povo!

Estou lendo avidamente sobre Ele! Quantos trabalhos, que linda caminhada aqui na terra, quantos sinais, milagres individuais e coletivos, presença constante, misericórdia infinita no considerar das atitudes do fraco ser humano, na sua condição de pecador; quando arrependimento sincero, o perdão...

Jesus, eu Te amo! Amo Tua linda Mãe e creio na sua poderosa intercessão! Amo Teu Pai terreno, o qual lembramos hoje, no Dia do Trabalhador! Amo o Teu e Nosso Divino Pai Eterno, o Criador de tudo e de todos! Creio no Espírito Consolador, que nos dá forças na caminhada! Amo a Igreja Católica e os irmãos que já se santificaram. Creio na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na Vida Eterna. Creio porque amo; amo porque creio!

A vida terrena não teria sentido se apenas virássemos pó ou cinzas no final da mesma.  Por isto, creio naquilo que professamos, com os ensinamentos que nos foram passados. Se Jesus, o Filho de Deus, vindo à terra, é corpo e alma, nós também o somos. E precisamos acreditar na eternidade. 

"O que sabe você sobre a eternidade?" -  perguntará você a mim: E respondo confiante: "Nada sei! E nada quero saber! Apenas confio! E espero o último dia! Espere, você também! E verá! Só então compreenderemos o significado do existir!"

350 - Histórias...

350  -  Histórias...

Eu levava muito a sério os estudos e tudo o que era proposto eu achava interessante e necessário. Nunca me perguntei por que  a gente tem que estudar isto ou aquilo. Tudo me parecia importante. Até o criticado Canto Orfeônico, que haviam colocado na grade curricular do primeiro ano ginasial, completando o absurdo total de onze matérias, quando até o Latim a gente estudava. Onze matérias para crianças tão novas, imaturas e inexperientes,  que haviam saído do antigo Primário, vitoriosas no exame de Admissão, obrigatório na época, ao ingresso a um  Ginásio particular para poucos!...

Então um dia fomos fazer um trabalho sobre o Presidente Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília. Lembrei-me muito disto hoje cedo ao ver, na Canção Nova, uma entrevista onde o Cardeal Dom Damasceno falava exatamente sobre ele.  Claro que o enfoque era a espiritualidade, mas me chamou muito a atenção, alguns pontos de semelhança com a gente. 

Eu, que participei com muita alegria, do quinquagésimo sétimo Cursilho aqui em Sete Lagoas, fiquei feliz em saber que ele foi também um cursilhista em mil novecentos e setenta e cinco, vindo a falecer, tragicamente, no ano seguinte. Dom Damasceno relatou com muito entusiasmo que ele, o Presidente, havia sido cassado, morava num sítio, ali por perto e, convidado a participar do Cursilho, aceitou, e o fez, integralmente, de quinta a domingo, quando então se confessou e comungou. 

Diz que quando ele chegou, no primeiro dia,  foi uma festa! Ninguém sabia que ele iria participar. Então, ao vê-lo entrar, surpresos, todos o receberam com muitos aplausos. Participou ativamente de todas as atividades. No encerramento, na Capela de Santo Antônio, fez a primeira leitura durante a Celebração, comungou e saiu praticamente carregado pelos participantes. Diz que havia mais de mil pessoas participando dessa Missa, porque ficaram sabendo que ele estava lá. 

Gostei muito disto porque, ao fazer o trabalho sobre ele, me apaixonei pelo personagem que ele representou para o nosso Brasil; e a saga da construção de Brasília me fascinou sobremaneira. Pra mim, ele era algo assim como um Príncipe Encantado para o nosso povo. Eu admirava tudo que lia a respeito dele e de sua ousadia no ato de governar. Mal sabia eu, enquanto jovem estudante,  que mais tarde ele teria seus direitos cassados e seria exilado, percorrendo vários países - corroendo-se de saudades do Brasil! Simplesmente porque era muito popular, entusiasmado, um grande patriota como eu!  Injustiça gerada exatamente pela inveja e outros males!...

E as virtudes se vão...