terça-feira, 30 de julho de 2013

41 - LEMBRANÇAS...


41 - LEMBRANÇAS...

Hoje, na igreja, me lembrei muito de uma tia que já está num plano superior: a Tia Marcelina. Cantamos, no ofertório, uma música que é a cara dela. Eu, menina, ficava encantada ao vê-la cantar sozinha, bem alto, lá no centro da igreja, numa época (ou num local)  em que não se tinha a música tão presente como se tem hoje. Atualmente, seja numa suntuosa  catedral, ou numa capelinha, há sempre um Coral, um Ministério de Música, que abrilhanta as celebrações em vários momentos. Mas naquela época, e naquela igreja, ninguém cantava: só ela! E que voz melodiosa, uma delícia ouvi-la! E eu ficava maravilhada: "É a minha tia, a irmã do meu pai! "
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Lá se vão muitos anos... Sempre ouço músicas que ela cantava e uma saudade doce invade o meu ser: ela era a boa samaritana da família! Ajudava a todos. Passava seus momentos vagos costurando retalhos (que pedia aos alfaiates) , fazendo colchas para doar aos pobres. E doava aos sobrinhos também. Em todas as casas de parentes, tinha certamente pelo menos uma de suas colchas de retalhos... Acolhia a todos que se recorriam a ela! Saudades!...
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Brava, muito brava: dizia o que devia ser dito ali, na hora, "na lata", como diziam. Muito verdadeira! Gostava de contar histórias, mas histórias reais; de sua vida, dos irmãos, da dificuldade de sua mãe para criar onze filhos, na máquina, costurando, já que o esposo ficara meio louco e saira pelo mundo, matando formigas... Tinha um prazer imenso de falar das dificuldades da vida, vencidas com fé, com muita fé, com Deus sempre presente. Tia Cecé! Era assim que a chamávamos. Os parentes todos que ainda estão vivos, sabem de quem estou falando. E outras pessoas também! Na pequenina cidade  de Teixeiras, quem não conhecia a Dona Cecé?! Gente boa demais!
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Com carinho, ofereço a ela, esta canção que ouvi hoje, no Santuário da Adoração. Por favor, cante comigo: sei que ela o está fazendo lá no céu! Vamos lá:

SENHOR, VOS OFERTAMOS


Senhor, vos  ofertamos,

Em súplice oração,

O cálice com vinho

E na patena o pão


O pão  vai converter-se

Na carne de Jesus,

E o vinho será sangue

Que derramou na cruz


Senhor, vos damos tudo:

Nosso pesar  e gozo,

Nossa alegria e dores,

Trabalhos e repouso.



A voz do sacerdote
Que é a nossa voz.
Vos dá a hóstia viva
Que somos todos nós!