quinta-feira, 3 de agosto de 2023

551 - Capítulo IV

 

Capítulo IV

SER FELIZ,

nas novidades!

Meus dois irmãos já frequentavam a escola, e eu ainda não. Morria de inveja dos dois! Mas nessa época, já não éramos só três irmãos; já devíamos ser meia dúzia. Assim, eu ficava com os irmãos menores, mas não me conformava em não poder ir. Meus irmãos chegavam de lá tão alegres, com tantas novidades, que eu invejava aquilo tudo e ficava prestando atenção ao be-a-bá que falavam. E prestando atenção, fui aprendendo, sem saber que o fazia.

E quando, no ano seguinte, meus pais permitiram que eu fosse, que tamanha alegria! Era uma salinha só. Com crianças de idades diferentes. E quando a professora, que, a princípio era só uma  para todos, passava da minha turminha para a outra e fazia as perguntas, eu respondia primeiro que eles; então ela não teve dúvidas: tirou-me daquilo que chamavam “primeiro ano atrasado” e me pôs no “primeiro ano adiantado”, na mesma turma da minha irmã mais velha. Foi sensacional! Assentar-me ali, na mesma carteira da minha irmã, juntinho com ela, que alegria! Eu amei aquilo, amei a escola, a professora, a minha irmã, a aula e tudo, tudo, tudo!

Foi-me dado um material retangular igualzinho ao da professora, só que, infinitamente menor. E me deu alguma coisa como um prego, como se fosse um lápis ou uma caneta, dada a finalidade do mesmo. Ela escrevia no quadro, pregado na parede, e a gente escrevia no nosso, apoiado na carteira. Ela olhava o que a gente fez e, se estava certo, podia apagar; se não, tinha que refazer e ela tornava a explicar.

No ano seguinte, tivemos duas professoras; se não me engano, chamavam-se Dona Ivone e Dona Nivalda. Acho que era isto. Passavam continhas e problemas e textos no quadro delas – que era dividido com as duas - e nós fazíamos na nossa lousa. Era muito divertido! Pelo menos, eu achava porque acertava tudo rápido. Aí, quase no final do ano...

Mas então, é outro capítulo!

Venha comigo!