Capítulo IV
SER FELIZ,
nas novidades!
Meus dois irmãos já frequentavam a escola, e eu ainda não. Morria de inveja dos dois! Mas nessa época, já não éramos só três irmãos; já devíamos ser meia dúzia. Assim, eu ficava com os irmãos menores, mas não me conformava em não poder ir. Meus irmãos chegavam de lá tão alegres, com tantas novidades, que eu invejava aquilo tudo e ficava prestando atenção ao be-a-bá que falavam. E prestando atenção, fui aprendendo, sem saber que o fazia.
E quando, no ano seguinte, meus pais permitiram que eu
fosse, que tamanha alegria! Era uma salinha só. Com crianças de idades
diferentes. E quando a professora, que, a princípio era só uma para todos, passava da minha turminha para a
outra e fazia as perguntas, eu respondia primeiro que eles; então ela não teve
dúvidas: tirou-me daquilo que chamavam “primeiro ano atrasado” e me pôs no
“primeiro ano adiantado”, na mesma turma da minha irmã mais velha. Foi
sensacional! Assentar-me ali, na mesma carteira da minha irmã, juntinho com
ela, que alegria! Eu amei aquilo, amei a escola, a professora, a minha irmã, a
aula e tudo, tudo, tudo!
Foi-me dado um material retangular igualzinho ao da
professora, só que, infinitamente menor. E me deu alguma coisa como um prego,
como se fosse um lápis ou uma caneta, dada a finalidade do mesmo. Ela escrevia
no quadro, pregado na parede, e a gente escrevia no nosso, apoiado na carteira.
Ela olhava o que a gente fez e, se estava certo, podia apagar; se não, tinha
que refazer e ela tornava a explicar.
No ano seguinte, tivemos duas professoras; se não me
engano, chamavam-se Dona Ivone e Dona Nivalda. Acho que era isto. Passavam
continhas e problemas e textos no quadro delas – que era dividido com as duas -
e nós fazíamos na nossa lousa. Era muito divertido! Pelo menos, eu achava
porque acertava tudo rápido. Aí, quase no final do ano...
Mas então, é outro capítulo!
Venha comigo!