Capítulo XIX
SER FELIZ,
nas mudanças de cidades e casas!
Às vezes dá medo, quando a gente ouve: Vamos nos mudar! Precisamos mudar daqui. Mudar de casa ou, mais preocupante ainda – mudar de cidade!
Aconteceu conosco várias vezes. Na minha cidade, onde nos casamos, que nem era minha, e, muito menos dele - porque meus pais haviam sido obrigados a se mudarem para lá quando eu contava apenas com oito anos de idade, e ele fora mandado para lá para trabalhar no Banco Real - naquela primeira cidade, já tivemos que morar em três casas, sendo que a última nós a havíamos construído com tanta dificuldade.
E de repente, ele chega e diz: “Vamos ter que nos mudar; iremos para Lagoa Santa! Ficar feliz com a ideia? Talvez! A gente espera. Deixar meus familiares, minhas escolas, meus alunos e colegas e partir para um lugar do qual nem nunca havia ouvido falar... pode ser bom?... Pode ser... Quem sabe?...
E lá vamos nós. A gente entra em qualquer moradia, a princípio, porque é aquela que encontrar, não é mesmo? É necessário. Precisamos morar em algum lugar. E fomos para um apartamento até encontrarmos uma casa, como estávamos acostumados.
Porém lá vem ele novamente: “Precisamos nos mudar de novo”. Desta vez, para Vespasiano, onde ele já estava trabalhando, pois apesar de ser bem próximo, era desconfortável, precisar sair todo dia, bem cedinho. E lá também moramos em duas casas.
E daí, o Banco Real transfere de novo. Agora para Três Marias. Novamente, o caminhão de mudanças. E lá vamos nós! Reclamar? Que nada! Já estávamos até gostando da cigania…
E então, ele chega um dia, todo sorridente: “Sabem para onde iremos agora?... Silêncio!... Vamos para Diamantina!” Por que o suspense? Simplesmente, porque é a sua cidade natal, onde morava na época, a sua família.! E fomos. Bons estudos, faculdade para os filhos... e até um antigo sonho meu: Pedagogia! Ótimo!!!
Depois de algum tempo, ele vai transferido de novo. Para Barão de Cocais! Mas aí resolveu deixar-nos lá onde a situação escolar era melhor para a família. E além de tudo, morando mal, no porão onde residíamos, estávamos construindo a nossa casa, que já se encontrava quase pronta.
Ele foi, nós ficamos. Pesado para mim, que trabalhava numa escola, fazia faculdade, tomando conta sozinha, dos quatro filhos adolescentes e ainda cuidando da construção: engenheiro, pedreiros, pintores, materiais... Pesado também para ele que tinha que sair muito cedo na segunda e voltar muito tarde na sexta.
Finalmente, ele é transferido para Curvelo, e eu, que havia terminado a faculdade e aposentado no cargo que ocupava, comecei a trabalhar na Supervisão Escolar naquela cidade. Ali, ele perde o emprego e a gente vem para Sete Lagoas, onde moramos ainda em mais duas casas, antes de construir a atual.
Depois de uma maratona desta, você pode estar se perguntando: e pode-se ser feliz, mudando tanto assim? E eu respondo que ser feliz é questão de opção. É considerar sempre o que há de melhor no presente momento. É reconhecer que nada é tão bom e nem tão ruim. E que devemos sempre escolher ser feliz, com o que temos, ser feliz com o presente, optar sempre pelo melhor, por aquilo que faz bem à alma.
Em cada cidade, novas amizades, novas escolas, novas igrejas, mas sempre o mesmo esposo, os mesmos filhos, o mesmo DEUS!
É fácil! Nada se torna difícil, quando a gente procura aceitar os projetos de Deus para a nossa Vida, e é o que eu sempre fiz. E posso assegurar com firmeza. Sorrindo ou chorando, sempre fui feliz, pois confiava que, se estava parecendo ruim, iria melhorar, se estava parecendo ruim, é o que se tinha para o momento. Deus é maior! Ele realmente nos oferece a carga que somos capazes de carregar. Ruim é para a pessoa que não entende isto. Sou feliz! Mais ainda agora que neste nono livro, pude contribuir um pouco com o leitor que estiver disposto a conhecê-lo e a considerá-lo viável.
Sou feliz! Seja feliz, você também! Aceite de bom grado, o que Deus tem para a sua vida! Opte por ser feliz!!! Vale a pena!
E precisamos ainda considerar que nossa aceitação e opção por ser feliz favorece, não somente a nós, mas a todos aqueles que convivem conosco, pois quem aguenta uma pessoa que reclama o tempo todo?
Ao invés de reclamar, se a situação não está muito boa, vamos agradecer pelo que nos é oferecido no momento e trabalhar, no sentido de fazer o melhor para que as coisas possam ser diferentes, mais tarde.
O que a gente puder mudar, vamos fazê-lo; mas se não puder, é preciso aceitar, e esperar pelo diferente que poderá surgir, rezando para que seja melhor, não é assim?
Pensamento positivo, sempre ajuda!