quarta-feira, 20 de maio de 2015

132 - SINAIS

132 - SINAIS

Gosto muito de observar os sinais. Nas pequenas coisas, a todo momento, vejo sinais que me apontam a bondade de Deus em nossa vida, a nossa completa pertença a Ele. São sinais ínfimos, em tudo que acontece, não dá para explicar, ou para expor, ou melhor, para fazer crer. Mas, para mim, são visíveis, tão claros quanto o raiar do dia!

Assim é que, observando ao derredor, aqui mesmo nesta sala, faço a seguinte análise: tenho na parede alguns quadros. Pouca coisa, simplicidade total. Mas o que observo é que, sem qualquer tipo de pretensão, sem planejamento prévio, temos aqui: "Um quadro bem pequeno, humilde, em preto-e-branco, moldura  preta, do meu esposo e eu, quando namorados; um quadro grande, colorido, já bem mais sofisticado, dos quatro filhos, um presente feito por ocasião do Dia dos Pais, quando morávamos em Três Marias, este, numa moldura de bronze; o terceiro, com uma estampa de João Paulo II, antes de ser canonizado, em linda moldura prata; e, por fim, um quadro do Sagrado Coração de Jesus e Imaculado  Coração de Maria, este, um pouco mais sofisticado, com moldura dourada, que lembra um metal mais precioso; não é ouro, mas se parece com ele."

Então me ponho a cismar: éramos apenas dois - dizíamos - com uma vida inteira pela frente. Porém, jamais poderíamos imaginar tudo o que adviria de uma união matrimonial! Coisas de Deus! E aí, o que nos acontece? Quatro filhos maravilhosos com que fomos presenteados: todos inteligentes, estudiosos, trabalhadores, pessoas boas, honestas, pessoas normais, que sabem cumprir com seu dever de cidadãos brasileiros! Pessoas que constituíram família e batalham  com afinco para levar adiante o seu ideal. Aqui neste retrato, com um sorriso lindo, parecendo mesmo significar a surpresa alegre do papai, ao receber este presente pelo seu dia. Era uma etapa bonita da vida, tinham de quatro a onze anos, quando, a única responsabilidade de cada um, eram os deveres escolares.


E aí, contemplo o terceiro quadro: um Santo Homem, que lutou ferrenhamente até o fim, com seu sorriso largo, suas muitas viagens, suas palavras afetuosas, seu carinho para com todos aqueles que lhes foram confiados. Hoje, Santo Papa João Paulo II; um santo, cujo retrato, meu pai Geraldo, já trazia no bolso e dirigia a ele suas preces, quando ainda vivo, pela enorme simpatia que emanava de seu sorriso, de sua face iluminada. Meu pai, já doente e alquebrado, trazia sempre no bolso da camisa, duas estampas: a de Nossa Senhora Aparecida e a do referido Papa; parecia já prever a sua canonização, o que ocorreu muito mais tarde.


E aí contemplo o quarto quadro: Ele é o próprio Deus que veio ao mundo para nos evangelizar, valorizando cada ser humano, cada um de seus irmãos, enquanto Deus-Filho, Jesus Cristo; e Ela, a grande Mulher, a escolhida, a mais perfeita de todas as mulheres,  a Mãe do Filho de Deus! Não merecem eles, uma moldura de ouro, cravejada de diamantes e das mais puras e brilhantes pedras preciosas?!...


Foi pensado isto, ao emoldurar os quadros?! Não, claro que não, de jeito nenhum! Cada uma,  a seu tempo, mesmo porque não pautamos nossa vida, nossas ações, num plano cartesiano, não existe esta racionalidade, não somos assim tão metódicos. As coisas vão acontecendo e uma análise posterior é que nos leva a gratificantes conclusões. 


Chamo a isto, sinais de Deus em nossa vida. Por estas e por outras, é que vejo e sinto a Mão de Deus a nos guiar. Sou feliz assim: muito feliz! Porque sei que Deus caminha conosco! 

131 - COMIDA JAPONESA

131 - COMIDA JAPONESA

Talvez não volte mais a falar deste assunto. Mas é preciso que eu analise com você esta expressão, dita muitas vezes ultimamente nas mensagens de whatsapp,  nos grupos familiares.

Pensei nisto, quando meu neto ontem à noite, fala com muita seriedade, olhando para a fruteira onde havia apenas uma laranja: "Vovó, não chupa esta laranja!" - Por que, Lukinha? - "É pra minha comida japonesa amanhã." - Uai, você não comeu a última banana? - "Mas não tem importância: põe esta laranja, uma maçã - e tomate ou goiaba."

Como já relatei na crônica 126, comida japonesa na nossa brincadeira, são frutas picadas que ele come com gosto pela manhã - frutas bem brasileiras! Geralmente não falta o fruto do tomateiro,  da bananeira, da laranjeira, da mangueira... Ultimamente andou fazendo uma farra com limões-doces que eu trouxe lá da minha cidade, realmente uma delícia! Devora essas frutas com alegria e, no almoço, além do arroz com feijão, consome muitos legumes e verduras, bem brasileiros!

Arroz e feijão: alimentos cultivados largamente, em nosso país. Tive a oportunidade, enquanto criança, de lançar ao solo, ajudando meus pais,  preciosas sementes dessas maravilhas, além do milho e  verduras e legumes  diversos.  Que alegria ver germinar, crescer, florescer e frutificar! E grande entusiasmo na hora da colheita! 

Não precisamos ir longe. Não precisamos de comidas cultivadas no Japão, na China, seja onde for! Precisamos cuidar do nosso Brasil. Cuidar do nosso solo, respeitar nossa terra, na sua fecundidade e diversidade de nutrientes, amar este chão que é nosso, e viver de forma simples, com os produtos da terra.

Por que tanta perturbação, tanta corrupção, tanto roubo, tanto dinheiro nosso, desviado para o exterior?... Por quê?... Por que tudo isto, se somos simples mortais, e daqui a pouco tempo, tão misterioso que a nossa vista não consegue alcançar, daqui a alguns poucos dias - ou anos - já não estaremos aqui?...

Comida japonesa! É o apelido carinhoso de um prato bonito, pleno de elementos bons para a saúde, coisas nossas, bem deste chão, presentes de Deus! Alimentos cultivados por gente simples, povo bom de nossa terra. Pai do Céu, abençoa o nosso Brasil e o povo brasileiro!