532 - Vigilantes no Amor!
Vigilância! Ela soube ser vigilante; vigilante no amor! Estou falando de Teresa de Lisieux, aquela francesinha linda, muito arrojada para o seu tempo. Estou falando de Santa Teresinha do Menino Jesus.
Ontem recebi uma música linda, a partir de um poema seu. É um poema de amor, lindíssimo! Toda ela era amor! Tenho-a comigo, desde que eu era bem pequena e nem sabia ainda que a sua irmã, que mais conviveu com ela, se chamava Celina.
Aí fiz essa descoberta: fiquei mais devota ainda! Aliás, foi a Celina quem recolheu seus poemas de amor, colocando-os à disposição de todos. Poemas de amor ao Criador! Amor ao Redentor! Amor à Mãezinha do Céu, que lhe sorriu, na hora em que ela mais precisava de um sorriso! Amor à família. Um amor tão grande às verdades eternas, às coisas sobrenaturais, às delícias celestes, a ponto de dizer um dia à sua mãe, Zélia, que queria que ela morresse logo e, ao lhe perguntarem o porquê desse estranho desejo, ela responde, sorrindo, que "o céu era tão lindo, e ela amava tanto sua mãe, que lhe desejava, fosse logo para o céu!"
Ora, para ir para o céu, a gente não tem que morrer?... E quando sua mãe se foi, ela contava apenas quatro aninhos. Sofreu horrores, a falta da mãe, apegando-se muito a uma irmã, que logo foi para o Carmelo, deixando-a órfã de novo! Aí se apegou ao seu velho pai e sua irmã Celina. Querendo, também ela, ir para o Carmelo, algum tempo depois, teve que aventurar - já que não tinha idade suficiente para tal - pedir permissão ao bispo e até ao Papa - decisão muito arrojada!
Conseguiu o que queria! Sofreu muito no Carmelo, adoeceu terrivelmente e faleceu com apenas vinte e quatro anos, prometendo "passar o céu, fazendo bem à terra"; e disse que nos mandaria uma chuva de rosas! Eu acolho, com gratidão, essa chuva de rosas. Para mim - e para os outros.
Estou tentando ser vigilante no amor. Quero fazer somente o bem às pessoas com as quais convivo. Estou tentando... Mas é difícil: não sou uma "Teresa de Lisieux!'
(Celina - 26/08/21)