quinta-feira, 12 de agosto de 2021

530 - Minha Família

 530  -  Minha Família

Estamos na Semana Nacional da Família. E aí, todos repetem: "Família é todo dia, é toda semana, é sempre..." Sim, assim é; mas é sempre bom parar um pouco para refletir com a seguinte questão, que atinge a todos: "E a Família, como vai?"...

E então, vem o Papa Francisco, com a sua análise, sempre muito pertinente: "Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita, nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável, nem família saudável, sem o exercício do perdão. O perdão é vital para a nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão, a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão, a família adoece."

E hoje, na liturgia, o Evangelho nos traz a sabedoria de Jesus com a história do patrão que, ao ter a seus pés, de joelhos, um empregado que lhe devia uma enorme fortuna, compadeceu-se dele e perdoou-lhe a dívida; e o mesmo que foi perdoado, ao sair dali e encontrar-se com um companheiro que lhe devia uma pequena quantia, cobrou dele, com violência, esquecendo-se de que acabara de ser perdoado em sua grande dívida! (Mt 18, 21-35).

Na oração do Pai Nosso, rezamos: "Perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". Pois é! Se não perdoamos uns aos outros, como esperamos merecer o perdão de Deus, para as nossas culpas? E nem podemos rezar a oração que Jesus nos ensinou. E quando Pedro pergunta se devemos perdoar até sete vezes, Ele lhe responde que até "setenta vezes sete", ou seja, sempre que necessário! 

Por tudo o que acima foi dito, vamos agradecer a Deus, pelas nossas famílias, com todas as nossas  dificuldades, nossos erros e acertos, pois são eles que nos fazem caminhar. Somos todos aprendizes eternos, todos somos mestres e alunos; não há quem não tenha mais o que aprender, ou ensinar. Aprendemos uns com os outros, na caminhada. 

E não importa, se contatos reais ou virtuais, se próximos ou distantes, devemos sempre primar pela verdade, pela delicadeza e nobreza de sentimentos e ações. Especialmente, em se tratando de familiares que vivem sob o mesmo teto, ter sempre o cuidado de não se banalizar a convivência, a ponto de deixar esfriar nossos sentimentos uns para com os outros. Manter sempre, um bom diálogo, uma boa comunicação, em gestos e palavras, vez por outra, apenas olhares e entendimentos mútuos, procurando ainda fugir um pouco à rotina diária para um tempero mais saudável e edificador dos relacionamentos.

Amo minha família, tanto aquela primeira, de pais e onze irmãos, como esta, formada por meu esposo e eu, quatro filhos e sete netos; e ainda, com todos os outros, que vieram e virão, agregar valores e enriquecer nossos relacionamentos. Amo minha família, com tudo que me proporciona de alegrias, preocupações e  sempre grandes  novidades. Tudo isto me encanta sobremaneira e me faz querer viver duzentos anos ao lado de todos!

(Celina  -  12/08/21)