Capítulo X
SER FELIZ,
com os sinais de Deus!
Este que vou relatar agora, prefiro considerar um
verdadeiro milagre! Milagres… são coisas que nos encantam, mas, nem sempre
estamos atentos a senti-los junto a nós. Porém, este eu pude perceber e
agradecer, silenciosamente, no mesmo instante.
Meu esposo, hoje, dia treze de agosto de dois mil e
vinte e dois, pela madrugada, após elogiar-me bastante, disse-me assim: “Você,
há poucos dias, chegou da Igreja e disse: ‘Benzinho, eu acabei de receber Jesus
em comunhão e quero afirmar a você:
Nunca um homem me tocou, nunca me abraçou, nunca me beijou. O único
homem a fazer isto, foi você! E creio que bem poucas mulheres podem afirmar
isto, em Oração, como eu afirmo agora!’ Acreditei!”
Silêncio! Eu realmente havia dito isto a ele, alguns
dias antes, ao chegar da Santa Missa! Instintivamente, agradeci muito a Deus –
e adotei o silêncio de Maria. E continuei calada... Que dizer? Era isto que eu
esperava há tantos anos, ele reconhecer que havia pensado muito errado a
respeito de uma determinada situação. E por mais que eu dissesse e repetisse um
milhão de vezes, ele não se convencia - e ironizava sempre - o que me deixava
muito triste.
Queria uma prova concreta, humano demais que ele é.
Mas como conseguir uma prova daquilo que nunca aconteceu?... Prova se consegue
do ocorrido! Apenas! E eu tentava e tentava convencê-lo de que estava errado,
completamente enganado. Mas, o ciúme, o amor próprio, o orgulho, erroneamente
ferido, não o deixava admitir.
E eu sofria, mais por vê-lo sofrer que pelo meu
próprio sofrimento, que era de uma tristeza profunda. Só me sentia ainda feliz,
porque pensava: um dia ele vai reconhecer isto!
E aconteceu! Nesta madrugada! Louvado seja Deus! E foi
pela Eucaristia. Não é um milagre? Completando cinquenta anos de casados,
comemorando de uma forma tão feliz, nossas Bodas de Ouro, e ele ainda com essa dúvida! No fundo, no fundo, ele
sabia que estava enganado, mas não querendo dar o braço a torcer, continuava
com aqueles pensamentos sombrios.
Porém, Jesus Eucarístico abriu seus olhos, sua mente,
seu coração, fazendo-o ver claramente a verdade, que, diga-se de passagem, já a
tinha, há muito tempo, só não querendo admitir.
Admitiu agora. Graças a Deus! Deixou de lado a
incerteza, aquela dúvida cruel. Tudo bem! Em tempo! Graças a Jesus
Sacramentado! Sou feliz, mais ainda por isto!
Há certas situações que você tem que viver… e esperar!
E é só o que se pode fazer. Para nós, católicos, é, de certa forma, mais fácil,
porque a gente coloca tudo nas mãos de Deus, em nossas orações.
Por isto, digo sempre que tenho muita pena de quem diz
não acreditar em Deus. Tenho muito dó mesmo! E de vez em quando ouço isto: “Eu
não acredito em nada! Não acredito em Deus!”
Ô dó! Espero que você não seja assim...