412 - Belém!!!
Cantamos com nossas crianças: "Bate o sino pequenino, sino de Belém..." E montamos o Presépio. E falamos de seus personagens... E fazemos pequenas orações...
Porém, bem poucas devem ser as pessoas - nem digo, crianças - as pessoas, que conseguem entender bem o significado de tudo isto. Ainda mais agora, com um Brasil tão urbanizado, com a explosão de um papai noel que, parece, chegou mesmo pra ficar, nesse consumismo desenfreado em que a humanidade se mergulhou, agora é que ficou mesmo pra trás, o sentido do verdadeiro Natal.
E Belém vai ficando, de certa forma, esquecida, depois de tantos anos daquele fato, de uma grandiosidade única: o Filho de Deus, que veio ao mundo e habitou entre nós! É fato! Indiscutível! Belém, um pequenino lugarejo, sem significância, recebe o rei - Rei dos Reis! - pouco compreendido, mas muito amado pelos que O conheceram, e divulgaram a notícia. E pelos que acreditaram! E por nós, que recebemos, acreditamos, e passamos, deixando o nosso testemunho.
Muita gente acreditou. Herodes também acreditou! Acreditou e temeu. Temeu pelo seu reinado. Temeu pelas mordomias de uma vida de regalias, numa corte em que uma minoria vivia na opulência extremamente exagerada, e o povo escravizado, na miséria, esmagado por pesados impostos e trabalhos desumanos.
E sem saber qual daqueles meninos de Belém seria o Rei de Israel, mandou matar a todos, já que os reis, que de tão longe vieram adorá-lo, não quiseram apontá-lo, como ele lhes havia pedido. Tudo bem! Livrar-se-ia de todos! Porque a ele, o grande Herodes, não importava nem um pouco, o pranto das famílias enlutadas. E os Santos Inocentes se foram. ..
Mas Belém veio a receber ainda aquele Menino, já adulto, que procurava pela gruta, onde Sua Mãe pôde carregá-lo, não mais no ventre, mas nos braços! E José pôde contemplar Sua carinha inocente. E os pastores também! E o Menino, feito Homem, agradecia agora àqueles pastores, já velhinhos, mas ainda no trabalho duro; veio agradecer-lhes, principalmente a presença, mas também o leitinho morno, frutas para os pais, e o calor da lã que aquecia Seu corpinho inocente.
Belém! Belém! Se os Santos Inocentes estão agora no Face-a-Face, rogue a Deus por nós, que daqui tentamos compreender os sinais dos tempos, e o valor sobrenatural de tudo isto! E que o Menino da Manjedoura possa monitorar, com Seus inocentes olhinhos azuis, a vida de nossas crianças aqui na terra, protegendo-as do mal!
(Celina - 04/01/2020)