sábado, 4 de janeiro de 2020

412 - Belém!!!

412  -  Belém!!!

Cantamos com nossas crianças: "Bate o sino pequenino, sino de Belém..." E montamos o Presépio. E falamos de seus personagens... E fazemos pequenas orações...

Porém, bem poucas devem ser as pessoas - nem digo, crianças - as pessoas, que conseguem entender bem o significado de tudo isto. Ainda mais agora, com um Brasil tão urbanizado, com a explosão de um papai noel que, parece, chegou mesmo pra ficar, nesse consumismo desenfreado em que a humanidade se mergulhou, agora é que ficou mesmo pra trás, o sentido do verdadeiro Natal.

E Belém vai ficando, de certa forma, esquecida, depois de tantos anos daquele fato, de uma grandiosidade única: o Filho de Deus, que veio ao mundo e habitou entre nós! É fato! Indiscutível! Belém, um pequenino lugarejo, sem significância, recebe o rei - Rei dos Reis! - pouco compreendido, mas muito amado pelos que O conheceram, e divulgaram a notícia. E pelos que acreditaram! E por nós, que recebemos, acreditamos, e passamos, deixando o nosso testemunho. 

Muita gente acreditou. Herodes também acreditou! Acreditou e temeu. Temeu pelo seu reinado. Temeu pelas mordomias de uma vida de regalias, numa corte em que uma minoria vivia na opulência extremamente exagerada, e o povo escravizado, na  miséria, esmagado por pesados impostos e trabalhos desumanos. 

E sem saber qual daqueles meninos de Belém seria o Rei de Israel, mandou matar a todos, já que os reis, que de tão longe vieram adorá-lo, não quiseram apontá-lo, como ele lhes havia pedido. Tudo bem! Livrar-se-ia de todos!  Porque a ele, o grande Herodes, não importava nem um pouco, o pranto das famílias enlutadas. E os Santos Inocentes se foram. ..

Mas Belém veio a receber ainda aquele Menino, já adulto, que procurava pela gruta, onde Sua Mãe pôde carregá-lo, não mais no ventre, mas nos braços! E José pôde contemplar Sua carinha inocente. E os pastores também!  E o Menino, feito Homem, agradecia agora àqueles pastores, já velhinhos, mas ainda no trabalho duro; veio agradecer-lhes, principalmente a presença, mas também o leitinho morno, frutas para os pais, e o calor da lã que aquecia Seu corpinho inocente.

Belém! Belém! Se os Santos Inocentes estão agora no Face-a-Face, rogue a Deus por nós, que daqui tentamos compreender os sinais dos tempos, e o valor sobrenatural de tudo isto! E que o Menino da Manjedoura possa monitorar, com Seus inocentes olhinhos azuis, a vida de nossas crianças aqui na terra, protegendo-as do mal!
(Celina - 04/01/2020)

411 - Nazareth, Bethlerem, Jerusalem!!!

411  -  Nazareth, Bethlerem, Jerusalem!!!

Recebi um presente da Terra Santa: quatro vidrinhos com preciosidades e um belo crucifixo! Gente! Como fiquei feliz! Na verdade, quando a minha cunhada disse que iria a Jerusalém, pedi a ela - brincando! - que me trouxesse água benta daquele lugar Santo. Falei brincando e sorrindo, claro, pois sei da dificuldade que é trazer coisas - pequenas ou grandes - de lugares assim distantes. 

Mas ela trouxe. E trouxe muito mais do que pedi brincando! Quatro vidrinhos, com sementes, com pedrinhas, com óleo e com água! Obrigada, Mércia! Sem sair daqui, recebo relíquias de lá! 

Quando a minha vizinha foi, em romaria, também trouxe pra mim, um pouco de terra num saquinho de plástico, colado a uma bela imagem de Maria! Meu Deus, é muita bênção! Como valorizo o que um ser humano leigo diria, "pequenas coisas"!  Eu as chamo de grandiosidades, coisas importantíssimas que a gente vai colecionando ao longo da vida, por nossas amizades. É Deus, agindo no meio de nós!

Estou feliz! Sou feliz! A única coisa que me falta é a visão de algumas pessoas tão queridas que não são capazes de enxergar essas "minúcias" que são "um todo precioso"  para nós, católicos, que procuramos alcançar o sentido sobrenatural da Fé!

Porém é como eu disse há alguns dias, aos sobrinhos, numa simples mensagem de whatsapp: "A gente só enxerga realmente o valor da Vida, depois do primeiro filho! Aí, sim! Quando os filhos vêm - filhos que são um pedaço da gente - quando eles chegam, aí sim, nós enxergamos o sentido de estar aqui, de cooperar com Deus, na perpetuação da espécie!"

Estamos aqui para amar! Estamos aqui para procriar! Estamos aqui porque alguém nos criou, alguém - que não foi certamente uma só pessoa, que não daria conta! - mas muitas pessoas! Como diz a imortal Cora Coralina: somos pedaços de muita gente que passou por nós! Somos uma linda colcha de retalhos. E - como isto é lindo! - somos retalhos nas colchas de muita gente também... Que bom!!!

Empolguei-me, me desviei, paro por aqui! Na próxima, vou falar de Belém - de Jerusalém - de Nazareth. Até ... Abraços!
(Celina - 02/01/2020)