domingo, 10 de julho de 2016

241 - FILHOS

241 - FILHOS

"Nossa! Dá trabalho demais!" É o que a gente mais ouve, quando se fala de filhos. Realmente, dá trabalho mesmo! Muito trabalho! Educar um filho não é fácil. Caminhar com ele, dia a dia, fraldas, mamadeiras, vacinas, medicamentos; depois, escola, lanches, materiais escolares, o estafante "Para Casa", de que a maioria dos pais reclamam - muita agitação, com horários, idas e vindas, leva aqui, busca ali... Cursos diversos, mais horários, mais idas e vindas...

Isto tudo, sem contar com o inesperado: doenças, derrotas diversas, paixões desordenadas,  decepções, choro intermitente, revoltas... Fácil?... Não! Se a gente pudesse livrá-los das tristezas da vida, colocando-os em uma redoma de vidro, protegendo-os dos reveses da vida...

Mas não seria, com certeza, uma boa solução. Porque os criamos para a vida, para enfrentar o mundo lá fora, para atuar, interagir, vivenciar... E quanto mais cedo pudermos, monitorando de longe, soltar as rédeas, ir soltando devagar - não de uma vez - mas, aos poucos, para que possam aprender a caminhar com suas próprias pernas, tanto melhor! Dói um pouco, mas é necessário! E é assim que deve ser.

Nosso primeiro filho completa hoje quarenta e três anos. Um lutador! Um vencedor! Graças a Deus, já caminhou muito e ainda tem muita coisa pela frente, com certeza! Muito ainda está por vir, e a grande esperança que a gente tem é que nenhum filho se esmoreça, frente às dificuldades da vida. É isto o que esperamos e neste sentido, pedimos a Deus por eles. 

E tanto faz a gente ter um filho, quatro ou dez, é sempre a mesma coisa: o pensamento de mãe está sempre voltado para aquele ou aqueles que gerou. Então no dia do aniversário... Parece que  a gente revive tudo aquilo, toda aquela euforia do momento, do antes, o durante e o depois!

Uma vez, um sacerdote afirmou: "A partir do momento que a mulher afirma: 'estou grávida', nunca mais ela terá sossego; nem se o filho partir pra eternidade antes dela. Porque uma mãe traz sempre em mente, a sua prole."  É verdade!


240 - PERSISTÊNCIA!


240 - PERSISTÊNCIA!

Terminei de ler um livro que adquiri quando fomos a Aparecida, SP. Assim que o vi, chamou-me a atenção o título,  pois sempre quis saber um pouco mais sobre a conversão de Santo Agostinho. 

Uma tia nossa falava sempre de Santa Mônica e dizia que gostaria muito que tivéssemos na família alguém com este nome. Acho que tal não chegou a acontecer e ela faleceu sem ter esse desejo realizado, mas o que ela pregava sobre isto ficou gravado na  memória de todos, tenho certeza. Dizia que Santa Mônica rezou durante trinta anos para a conversão de seu filho, acompanhou minuciosamente seus passos com lágrimas ardentes, até chegar a vê-lo transformado num cristão de verdade, sendo considerado hoje, um dos maiores doutores da Igreja.

E realmente, vemos isto bem claro, nesta obra de Bernard Sesé, intitulada AGOSTINHO, O CONVERTIDO. Transcrevo aqui algumas considerações sobre a extensa obra deixada por ele: "Após a morte do bispo de Hipona - Agostinho - Possídio teve a excelente ideia de compor um catálogo de todos os seus escritos. Ficou impressionado pela dimensão do inventário. (...) Contam-se cento e treze tratados, numerosa correspondência, e mais de quinhentos sermões".

Outro trecho: "Entre a rica proliferação de tratados filosóficos e teológicos, autobiografia, correspondência, sermões, relatos históricos, exegese bíblica, catequese, descrições e relatos de viagens, refutações ou controvérsias doutrinais e revisões de seus próprios escritos, três obras sobressaem: As Confissões - A Cidade de Deus - e A Trindade."

Vale a pena conferir nessa análise sintética da vida do convertido, e sentir a preocupação da boa mãe, com a sua salvação. Preocupação que a fez seguir seus passos durante toda a vida, muitas vezes, de longe, quando ele não a queria por perto, a seu lado. Excelente foi o fechamento dessa história, pois seu filho, além de cristão convicto, se transformou num dos mais conhecidos doutores da Igreja.

Com sua eloquência e forte poder de convencimento, Agostinho faz um ardente elogio à Trindade Santa - Pai, Filho e Espírito Santo, a partir de diversas citações bíblicas, num estudo minucioso de quem realmente ama, com profundo amor de filho agradecido.

Como bom internauta, conheça a história envolvente de Santa Mônica e Santo Agostinho. Vale a pena!!!
(Sete Lagoas, 07/07/16)