domingo, 14 de fevereiro de 2021

515 - A Terceira Pessoa

 515  -  A Terceira Pessoa

E continuamos a Oração: "Creio no Espírito Santo!" Dissemos que o Filho de Deus foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Que estreita unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo! 

Em Primeira Coríntios 12,3 lemos: "Ninguém pode dizer 'Jesus é o Senhor' a não ser no Espírito Santo". Para conhecermos o Pai e o Filho, para darmos testemunho de uma vida cristã, é preciso que sejamos tocados pelo Espírito Santo de Deus. É Ele quem nos faz compreender a Trindade Santa: o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pela ação do Espírito Santo em nós. Está difícil o entendimento de tão grande verdade?

Crer no Espírito Santo é professar que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho; "e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Ele que falou pelos profetas". Se lhe parece, meu irmão, de difícil compreensão, esta verdade, não fique triste, pois grandes teólogos já fizeram um esforço imenso para tentar explicar. É que nossa inteligência tem um limite bem aquém de tudo isto. 

É preciso ler Santo Agostinho e muitos outros,  estudar o Catecismo da Igreja Católica, sondar o que trazemos de bom na mente e no coração, para que possamos nos aproximar  da Verdade. Porém, não é fácil; o que conta mesmo é a fé! Ao tentar explicar a Trindade Santa, por mais de uma vez, o grande Santo Agostinho quis desistir - até ele, com sua inteligência e vontade privilegiadas! Só com muita persistência e ação do próprio Espírito, conseguiria fazê-lo a contento. 

A Bíblia Sagrada está cheia de citações que fazem alusão ao Espírito Santo: "Foi pelo Espírito Santo que Maria concebeu o Filho de Deus. Movido pelo Espírito Santo, João Batista declara: Eu vos batizo com água, mas virá aquele que vos batizará com o Espírito Santo. Movido pelo Espírito, Simeão vai ao templo naquele momento. E Jesus disse aos apóstolos: Recebei o Espírito Santo; a quem vós perdoardes os pecados, eles serão perdoados... E mais: Batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"...

 Louvemos Pentecostes! Peçamos ao Espírito Santo que nos oriente, que dirija nossos passos pelos caminhos do bem, que nos faça compreender o sentido da vida! E nem tentemos explicar aquilo que nossa inteligência é incapaz de alcançar. O que podemos fazer é apenas acreditar! E confiar! Apenas isto!

(Celina  -  13/02/21)

514 - O Credo

 514  -  O Credo

Na crônica anterior, colocamos a primeira frase da Oração e dissemos que, do Pai, ela - a Oração - dizia apenas aquilo. É só o que nos pôde ser revelado. E é tudo! Hoje, vamos falar do Filho.  

E rezamos assim: "Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Pois é: dEle sabemos mais, porque veio morar entre nós. E se orarmos com o símbolo niceno-constantinopolitano, ainda declaramos bem mais sobre o Filho de Deus - bem mais do que nos trazem os Evangelhos que falam de sua vida entre os homens. 

Sabemos que Jesus se encarnou para que pudesse mostrar a todos que conviveram com Ele, um novo jeito de ser, um modelo de vida que era a vontade do Pai, qual seja, uma vida de irmãos. Viveu entre eles, sabendo que tudo seria registrado e passado de geração em geração e que demonstra estar muito distante do que aqui Ele encontrou. 

Veio pregar o amor, o perdão, a paz. Veio mostrar que a paz é possível, entre pessoas tão diferentes.  Mas... que distanciamento no estilo nosso de viver! Não que teríamos que ser iguais, ter o mesmo tipo de trabalho, fazermos todos a mesma coisa, não é isto, já que somos diferentes, cada um com sua identidade, que é única. Não é o fazer que teria que ser o mesmo, muito pelo contrário, mas é o jeito de tratarmos uns aos outros, como irmãos que somos. 

Ele, o Filho de Deus, veio mostrar que se pode construir a paz, fazendo aos outros o que gostaríamos de que fosse feito a nós mesmos. É possível conviver, na solidariedade, na fraternidade, ajudando-se mutuamente, desde que aprendamos a amar ao próximo como a nós mesmos. Façamos um esforço para nos aproximarmos do jeito de ser do Filho de Deus!

(Celina  -  12/02/21)