domingo, 13 de março de 2016

216 - SONHOS... SONHOS... SONHOS!


216 - SONHOS... SONHOS... SONHOS!

Cinco horas da manhã. Acordo com uma taquicardia horrível! E pior, querendo ferrenhamente resolver a situação! 

Resolver uma situação que ficou lá nas minhas horas de sono?!... E aí me sinto impotente para a solução de um problema que já não existe - ou que nunca existiu - a  não ser, na perturbação de um momento que poderia e deveria ser de paz.

Como explicar os sonhos?... Como entender que deixei minha netinha de dois anos, ali, quietinha, enquanto fui trocar a água da bacia onde ela brincava, pois a mesma já estava muito suja, e ao olhar para trás, vejo-a correndo atrás de mim e me gela o coração, vê-la sumir num pequeno buraco, ali, bem na minha frente? O que fazer, meu Deus? Como agir num momento desses? Vejo-a escorregar chorando e deslizar pelo buraco, um buraquinho de nada, redondinho, onde parece não caber nem mesmo um de seus bracinhos? E vejo sua última mãozinha descendo, eu ali, paralisada, com a bacia na mão, sem ação, boquiaberta, o coração aos saltos...

E aí, eu acordo.  E ao invés de proclamar bem alto: "Graças a Deus, foi só um sonho mau!" fico ainda tentando entender, aflita, sem saber o que fazer,  pensando, pensando... Que buraco seria aquele? Como aconteceu? Como vou tirá-la dali?... Meu Deus, cadê a Gabizinha? Jesus, o que é isto? E o coração parece saltar do peito...

Não sei se você já sonhou assim. Mas meu travesseiro, de vez em quando, me prega uma  peça dessas... E por que será que, saindo daquele estado de prostração, a taquicardia continua ainda por um bom tempo?...  Acontece isto com você?...  Porque  depois – penso  se já acordei, se já passou o sonho, por que o corpo sofre ainda?...

Levantei-me e fui ao quarto observá-la (porque os pais viajaram e os dois estão aqui); e aí a vejo: dorme como um anjo; e nem sabe o quanto sofri por sua causa! Vou  ao seu irmão: dorme também, lindamente. Graças a Deus! Mas passei muito aperto no sonho...  Ai, Jesus!

E, como já acordei mesmo, me levanto, e veja só o que encontro: uma mensagem do meu sobrinho, em áudio, contando o sonho que minha irmã teve comigo: horrível também! Horrível, absurdo, mas cômico; diferente do meu!  Sonhos... sonhos... sonhos... Como entendê-los?!...

(Sete Lagoas, 13 de março de 2016)