sexta-feira, 28 de junho de 2019

378 - Os Amigos do Menino!

378  -  Os Amigos do Menino!

Eram chamados de irmãos; porque viviam sempre juntos, na mesma comunidade; mas, na verdade, eram primos, já que Jesus era o Filho unigênito de Deus. E João, um de seus primos, o mais fiel apóstolo, recebeu como Mãe adotiva, a  Sua Mãe, quando Ele expirava na Cruz: "Filho, eis aí tua Mãe! Mãe, eis aí teu Filho". E eles foram morar juntos, numa casinha, nas terras de Lázaro, irmão de Marta e Maria Madalena.

Foram estes, portanto os primeiros amigos do Menino. Depois, foram surgindo outros nas redondezas, enquanto ainda criança. E mais tarde, quando já adulto, escolheu os doze, como apóstolos, e muitos outros discípulos que se fizeram seus amigos até  a Sua  morte - e depois dela - quando sofreram todo tipo de perseguição por continuarem a pregar Sua doutrina,  acreditando  em tudo o que Ele ensinava.

Mas, na verdade, os primeiros que se consideravam amigos daquele Menino, foram os pastores que o contemplaram na manjedoura de Belém, que o presentearam com o leite fresquinho de suas ovelhas e a lã para cobrir seu corpinho inocente!  Encantaram os pais do Menino, com sua simplicidade e abertura de coração,  e com seu desprendimento, suprindo a Sagrada Família em suas primeiras necessidades. A alguns desses, o Menino se encontrou mais tarde, durante sua caminhada terrena e pôde ouvir de sua boca, todas as maravilhas daquele acontecimento.

Porém, ser amigo daquele Menino não era fácil! Eram tantos e poderosos os seus perseguidores, porque O temiam, porque invejavam a autoridade com que falava e Seu poder de convencimento, porque eles se sentiam ameaçados, em sua vida de ricos corruptos e exploradores dos povos. E assim, todos os que O seguiam também eram maltratados por aqueles que se declaravam seus inimigos. 

Assim descreve Paulo, em sua segunda carta aos Coríntios: "Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus, quarenta açoites, menos um. Três vezes fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia em alto-mar. Fiz inúmeras viagens com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de maus compatriotas, perigos da parte dos pagãos,  perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez!"

Assim desabafa Paulo, que antes era Saulo, ferrenho perseguidor dos cristãos, mostrando o que sofriam aqueles que creram no Menino, como ele mesmo, após o episódio  singular, na estrada de Damasco. Aquele Menino, que nascera na Gruta de Belém, e era conhecido como o Rabi de Nazaré. Para mostrar a força de sua fé, sujeitavam-se os amigos, às mais cruéis torturas. Como sofreram os amigos de Jesus, aqueles que não aceitaram renegar a Sua Santa Doutrina!
(Celina  -  28/06/19)

377 - Os Pais do Menino!

377  -  Os Pais do Menino!

Nascida de um casal bem velhinho, a Mãe do Menino, assim que completou três aninhos, foi entregue a pessoas bondosas, senhoras anciãs respeitáveis, que ensinavam as Escrituras Sagradas, onde ela lia sobre o Messias que seria concebido por uma Virgem do povo de Israel. E ela pensava: Ai! Eu gostaria tanto de ser a serva dessa virgem escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus! Porque assim, vou poder vê-lo todos os dias, ajudar a cuidar dele, que bênção eu mereceria se isto se realizasse! Mal sabia ela que a tão cantada Virgem, seria ela!

E prometida em casamento ao carpinteiro José, ela recebe o mensageiro de Deus. E a profecia se cumpre! José se tornou assim o protetor da Mãe e do Filho de Deus. Grande missão que ele cumpriu com muito amor, paciência e gratidão, passando por enormes tribulações, mas podendo contar sempre com a proteção divina. Homem de muita fé! Em seus sonhos, dormindo, ouvia a voz do Anjo, acreditava, e fazia o que era solicitado. Com seu trabalho, provia as necessidades da família; e o Filho sempre a seu lado, trabalhando também. E um dia, antes mesmo da missão pública do Menino, ele,  aquele homem justo, é chamado para o Pai e entrega sua alma a Deus!

Mas foi permitido à Mãe do Menino, ficar aqui com Ele, durante toda a Sua missão - e mais ainda! - quando Ele se foi, ela pôde estar com seus amigos, ajudando-os a nas necessidades da Igreja nascente. E, terminados os seus dias, ela,  a Mãe do Menino-Deus, que é também a nossa Mãe, foi arrebatada para os Céus, na presença de João, o mais novo apóstolo de Jesus, aquele a quem Ele a entregara, lá do alto da Cruz. Aí, ela conheceu a Paz Eterna!

Como Ela sofreu, aqui na terra! Em suas delícias de ser escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, enfrentou dores terríveis. As suas, e as de Seu Divino Filho! Porque uma mãe sente na pele, cada dor, cada decepção, cada derrota do filho. É assim! Porque um filho é um pedaço da gente. Uma mãe só está totalmente feliz quando vê que  todos os seus filhos estão bem.

Aquela Mãe caminhou cada segundo com Seu Filho, presente ou ausente. E quando Ele se foi, Ela ainda aqui ficou, morando com aquele que Ele determinou. Numa casinha simples, ali pertinho do Horto das Oliveiras, uma casa cedida pelo amigo Lázaro, ali, os dois, em Oração constante. Aquela mulher forte foi quem segurou o grupo muito unido, sob o comando de Pedro, determinado pelo Mestre, que lhe deu autoridade para tal.

E foi ali, naquela humilde casinha, no seu minúsculo quartinho, que ela se preparou para ir para a eternidade. Chamou o João - os outros apóstolos estavam longe, em missão - deitou-se sobre o linho e disse a ele que estava limpinha e não teria que receber o último banho, como era costume. Ali, sobre e sob panos de linho, preparados por ela mesma, pediu ao jovem apóstolo que cantasse salmos com ela, que repetissem juntos, trechos das Sagradas Escrituras; e se puseram em oração, até que ela se foi... 

João chorou muito; saiu, pegou as mais lindas flores ali no horto, para enfeitá-la. Pediu a um servo de Nicodemos que procurasse os outros. Mas ele, por uma intuição que tinha, continuava naquele quarto. Ainda estava sozinho do lado dela,  e ali, meio sonolento, entre dormindo e acordado, viu o teto aberto e o corpo subindo... Era a gloriosa assunção! E, segundo a visionária italiana, Maria Valtorta, ainda pôde ver, mais uma vez, o abraço de Filho e Mãe, até que desapareceram de sua vista!  Ele, o Evangelista João, foi testemunha fiel de tudo isto! Glória a Deus!!!
(Celina  -  28/06/19)