terça-feira, 6 de outubro de 2015

172 -GABIZINHA

172 - GABIZINHA 


Estou aqui, no Nado Livre; trago o Lucas, duas vezes por semana para a natação. E enquanto ele aprende na água, a não se afogar, eu aproveito o tempo para as minhas pobres crônicas. Porque está difícil... A Gabriela, que quase já não dorme mais durante o dia, é fascinada por este mundo virtual! Quem sou eu para utilizar o computador na presença dela?!  E o celular?... Nem pode vê-lo sobre a mesa! Se o vê, começa a chorar e quer porque quer pegá-lo. E sabe ligar, encontrar a galeria, passar as imagens, ver os vídeos de que  gosta... Ô geração virtual, meu Deus! É só soltar o aparelho nas mãos dessa criançada que, mexe daqui, mexe dali, de repente sabe tudo! Descobre coisas que a gente nem sabia que existia! O vovô, que nem gosta de mexer com celular, fica impressionado!  E repete pra todo mundo: "Ô menina inteligente, esta Gabriela!" Mas é preciso ter cuidado com o uso da tecnologia pelas crianças. A mãe tenta manter distante dela, essas coisas.

Por isto, estou aproveitando o tempo da natação do Lucas, ou do futebol dos meninos para dar o meu recado. Mesmo porque, prefiro que eles brinquem de outra forma. Não acho interessante a criança ficar tanto tempo brincando com celulares, computadores, ou na frente de uma televisão. É preciso brincar diferente, exercitando-se fisicamente, desenvolvendo a coordenação motora.

Hoje, dia cinco de outubro, sentada aqui, escrevendo, me lembrei muito de quando eu ficava um tempão no dentista, esperando a minha vez. Parece que não havia uma agenda certinha, com um horário para cada paciente. Toda vez que a gente chegava lá, havia dez, quinze pessoas à espera. E demorava... Então, eu  aproveitava o tempo para elaborar/corrigir avaliações, fazia meus planejamentos,  e punha minhas leituras em dia, pois além de trabalhar o dia todo no primário e no ginásio, ainda tinha minhas aulas particulares nas horas vagas. Como eu trabalhava!... 


Mas valeu a pena! Fiz muita coisa boa! Graças a Deus! Com o dinheiro abençoado de professora, comprei uma pequena chácara para os meus pais - única casa que possuíram na vida - e ainda um terreno que deu um lote para cada um dos onze filhos e mais alguns que foram vendidos. Agradeço a Deus por tanta bênção em minha vida. Por isto digo sempre que o trabalho compensa. O trabalho honesto, a economia constante, a humildade e a fé em Deus! 


Mas, voltando à Gabizinha, com a inteligência que Deus lhe deu, vai também fazer muita coisa boa na vida, com certeza! Como é esperta, alegre, sorridente... Como sabe ser carinhosa, quando quer... Quando quer, porque, às vezes, pra arrancar um beijinho dela, nossa! Que dificuldade!... Não é, mamãe? Não é, papai?... Hoje, o Lukinha disse eufórico: "Me dá um beijo!"...  "Nããããããããoooo!" 


Responde assim! E continua cantando, dançando... a menina alegre e carinhosa de sempre. Mas, quer dizer não - e diz! Quer fazer - e faz! E que beijinho leve, rápido, gostoso, carinhoso, quando decide oferecê-lo!  É assim, a nossa Gabi. Pura determinação. Ô lindeza, gente! Deus a abençoe sempre, linda menina!