terça-feira, 15 de setembro de 2020

491 - O Antigo - e o Novo!

 491  -  O Antigo - e o Novo! 

Ah, o novo! Um curso novo, uma roupa nova, um ano novo... Como tudo isto nos emociona! Um filho, quando vem à luz, e a gente contempla aquele serzinho, tão lindo, tão frágil, tão novinho, tão necessitado de cuidados... Meu Deus! É o mais maravilhoso sinal do Seu infinito poder!

Porém, o que era novo um dia, daí a pouco, já não o é mais! O curso termina, a roupa se desfaz, fica velha, feia, muitas vezes, desbotada, manchada, trapos... e é deixada de lado. O ano, rapidamente vai ficando velho; e se fica à espera do novo - de novo! E o filho também se torna adulto, velho, assim como todas as outras coisas novas.

Mas a minha mensagem de hoje é bem diferente de tudo isto! Porque o dia catorze de setembro,  que me traz à lembrança, tanta coisa boa - me faz refletir sobre o real significado da Cruz. Nesse dia da exaltação da Santa Cruz, uma das festas mais lindas de algumas de nossas cidades, é feita na liturgia diária, a leitura de dois textos  - um do Antigo e outro do Novo Testamento - que nos fazem compreender a caminhada do povo de Deus. 

Aquele povo, que foi retirado do Egito e caminhava pelo deserto à procura da terra prometida, se revolta  e começa a reclamar contra Deus e contra Moisés. E diz o texto que Deus manda serpentes venenosas, que os mordiam e matavam a muitos. Arrependidos das murmurações e pedindo perdão, recebe, aquele povo sofrido, o consolo de Deus, naquela serpente de bronze, não foi assim? Está em Números - capítulo vinte e um - Antigo Testamento.

E quando Nicodemos questiona Jesus, Ele lembra esse fato e lhe afirma que assim como a serpente de bronze foi levantada numa haste, para que o povo não perecesse com as mordidas das venenosas, assim também, Ele seria levantado no madeiro para que todos aqueles, que n'Ele creem, não morram, mas tenham a vida eterna! (Jo 3, 13-17)

Não sei se aquele fariseu entendeu bem, a princípio. Mas certamente, depois da Sua morte na Cruz, ele se certificou de toda a Verdade! E ajudou José de Arimateia, que também fazia parte do Sinédrio,  a sepultar Jesus, após aquela morte tão terrível.

Jesus, muitas vezes dissera a Seus discípulos: "Eu não vim para abolir a Lei, mas para dar-lhe um perfeito cumprimento, com justiça e misericórdia!", ou seja, tudo o que foi passado no Antigo Testamento, foi revivido e melhorado por Jesus, que lhe deu um novo e real significado.

Assim, na História da Humanidade, ao contrário do início deste texto, o Antigo veio primeiro e depois, o Novo, para dar-lhe cumprimento, não é interessante? O Antigo, que prenunciava a vinda do Messias, termina com a nascimento d'Ele. E daí pra frente, tudo é novo! Por isto, cantamos, alegremente: "Eis que faço novas todas as coisas..." Conhece esta música?

(Celina  -  14/09/2020)