segunda-feira, 7 de agosto de 2023

553 - Capítulo VI

 

Capítulo VI

SER FELIZ,

com tudo que nos acontece!

 Hoje saí a pé para ir à Missa, aqui pertinho; é dia trinta de março de dois mil e vinte e dois; estou com setenta e três anos, mas quando este for para o prelo, certamente já terei setenta e quatro. Estes dois últimos números, me fazem lembrar a data de nascimento dos dois primeiros filhos. Outros dois vieram depois. E deles, nossos sete netos! Maravilha!

Caminhando pela Rua Goiás, de repente passa um jornal voando, bem acima da minha cabeça e vai cair certinho no jardim de uma casa. Olhei admirada para o motoqueiro que já estava lá na frente. Quanta habilidade! Ele nem diminuiu a marcha para lançar o jornal. E eu sigo pensando em Deus que é maravilhoso, distribuindo dons diversos a cada filho, porque eu caminhava exatamente pensando no que faria, logo que saísse da igreja.

Roteiro pronto, disposição - e lá vou eu. E tudo saiu melhor que o planejado: olhei para o relógio e pensei que eu teria que esperar lá na porta da farmácia por uns quinze minutos, pois teria que pegar uma encomenda e o rapaz me disse que abriria às oito. Que nada!  Já estava aberta; peguei-a e fui para o Foto Center onde teria que receber algumas fotos que ficaram prontas no dia anterior. Não é que haviam aberto antes também?

Ainda comprei cebolas e bananas, passei lá no xerox para pegar minhas cópias e cheguei tão cedo em casa... Por isto, aproveito o tempo para dar continuidade a este trabalho, agradecendo a Deus por ter saúde, disposição e disponibilidade para dar conta de tudo.

 E prestar atenção na agenda que está cheia: atualmente, fico com o Rafael lá no futebol às terças e quintas, pela manhã; pego o Lucas no Inglês, às segundas e quartas à tarde; pego a Gabi e ele às segundas, quartas e quintas, quando a secretária vai embora, no final do dia e ainda o levo ao futebol, nas quintas à noite, esperando lá os pais chegarem. São netos cuja presença sempre nos faz muito felizes, a mim e ao meu esposo.

Que beleza! Isto e mais ainda, indo à Missa todas as manhãs, aos encontros de catequese, cuidando da casa, da comida, das compras e pagamentos diversos...

E muitas coisas ainda, das quais não posso me esquecer: dar corda no relógio de parede, colocar água na fonte e lavá-la com regularidade, colocar água no filtro todos os dias, abrir janelas pela manhã, fechá-las ao anoitecer, molhar as plantas, abastecer o carro com regularidade, lavar a roupa, usar sua água para lavar garagem e terreiro, ver mensagens urgentes no celular, mantê-lo carregado e ainda ao tablet e caixinha de som; gravar novas mensagens e os capítulos do áudio-livro de Maria Valtorta; ficar atenta aos meus dias de salmo,  leitura e comentário nas igrejas; ainda, mensagens do Cenáculo e para as reuniões do Clube de Letras de Sete Lagoas, que acontecem virtualmente todo sábado...

É preciso ter uma boa agenda na cabeça e algumas páginas para cada evento! Isto se chama Vida! Isto é querer ser feliz! Seria tão bom se todas as pessoas se considerassem felizes com o que fazem, com o que recebem, com o que podem doar – inclusive o seu precioso tempo! Porque mais feliz é aquele que serve, já pontuava o nosso Mestre!

Faça, com prazer, tudo o que estiver ao seu alcance: isto se chama felicidade! Procure ser feliz! Só depende de você! Marque presença, ajude a quem precisa, peça ajuda também, quando necessário...

Seja feliz! Você merece!

552 - Capítulo V

 

Capítulo V

SER FELIZ,

com muita gratidão!

Naquele longínquo ano, um vizinho nosso implicou com meu pai, por uma bobagem qualquer, e queria brigar com ele. Como tinha uma fama de bravo, meus pais resolveram que seria melhor a gente se mudar para evitar um mal, talvez irreversível. Providência divina! Os irmãos do meu pai providenciaram tudo e viemos para a cidade, bem distante daquela roça.

Quando souberam lá na escola, nossas professoras foram nos visitar com todos os colegas. Certamente, se assustaram: a casa estava de pernas para o ar. Havia um caminhão no terreiro, as galinhas d’angola voavam alvoroçadas, cachorros latiam, cabrita berrando, uma confusão que se tornou maior ainda com a algazarra da meninada.

Minha mãe, que sempre gostou de uma casa arrumadinha, não sabia o que fazer para receber as nossas professoras. Meu pai já não estava lá, porque ficara na cidade. Felizmente, as professoras levaram logo seus pirralhos embora, com muitas lágrimas delas e nossas e - por que não? – também dos colegas! Uma despedida cruel. Tão cruel, e tão fora de contexto, que no ano seguinte, tivemos que entrar de novo no segundo ano, minha irmã e eu, porque não havíamos levado transferência e, por isto, não puderam nos admitir naquele mês de outubro, ficando fora da escola, no restante do ano. E meu irmão mais velho continuou no terceiro.

Mas foi muito bom! Minha irmã e eu continuamos juntas, sentadas na mesma carteira, já que era aquele modelo em duplas, com um buraco no centro para colocar o tinteiro.       Só que   não tínhamos mais aquela lousa e, por isto, tudo o que fazíamos, ficava registrado nos cadernos, bem caprichadinhos.

Minha irmã e eu terminamos o quarto ano primário e, como o Ginásio era pago, as professoras conseguiram uma bolsa de estudos para mim. Nesta altura dos acontecimentos, já éramos sete irmãos, e nasceram mais quatro na cidade de Teixeiras, onde então, residíamos.

Dei a este capítulo, este nome; porém, Gratidão permeia todos os capítulos deste livro, todas as informações dos primeiros – e tudo o que virá daqui para a gente, com certeza! Porque Deus é maravilhoso! Ele cuida de nós! Gratidão imensa a Deus que sempre nos permitiu viver uma pobreza honesta e feliz!

Seja sempre grato a Deus!