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CONTAGEM REGRESSIVA
Esta
é a antepenúltima crônica, pois há muito penso em completar trezentos
trabalhos, encadernar o quarto livro para os netos e encerrar definitivamente.
E confesso que já estou ficando com saudades. Saudades de algo que ainda não
aconteceu. Saudades do tempo em que eu, ao sentir vontade, ligo o meu notebook
e coloco ali o planejado. Porque, quando penso num assunto, a crônica já aparece
pronta; é só digitar, deixando ali o meu recado.
Veja
bem: saudade daquilo que ainda não aconteceu. Porque após esta, escreverei mais
duas, o epílogo - e ponto final. Penso que é realmente hora de parar. Porém, estranho:
como já posso sentir saudade de algo que ainda não aconteceu? Saudade não é
alguma coisa que se experimentou, algo visto, ouvido ou vivenciado que ficou
para trás? Que negócio é este de falar nessa saudade agora, nesse sentimento
diferente, ainda não acontecido... Sei lá! Saudade, no futuro, do que era antes!...
Ou não seria essa a expressão correta?...
Pensando bem, ocupo
bastante meu tempo atualizando este
blog. Bate aquela vontade de escrever, a gente senta e escreve. Por isto, naqueles
momentos futuros, ainda não sei o que
vou fazer. Talvez comece a ler mais, agora que dá pra sobrar um tempinho. Já estou até me preparando. Não
sei se você já ouviu falar em Maria Valtorta. Hoje é fácil, não é? O Dr. Google
responde quase tudo. Há um compilado de suas visões em dez grandes volumes. No
momento estou com o primeiro que uma amiga me emprestou, mas já disse a ela que
gostei tanto que vou adquirir a coleção. Aí, sim, vou ter muita coisa pra ler!
Também adquiri
recentemente o Catecismo da Igreja Católica e pretendo fazer um bom estudo do
mesmo. Tenho ainda outras obras não lidas até o presente momento; ou apenas em
parte. O problema é que, quando saboreio essas coisas lindas, gosto de
compartilhar com amigos e aí a vontade
de escrever é grande. Mas, prometo, vou me controlar e prosseguir devorando,
com sofreguidão, a leitura. Sobreviverei, com certeza.
Agradeço de coração,
pessoas que me acompanharam desde o início, e reafirmo que é hora de parar. A
gente precisa ter esta consciência. Já dei o meu recado. Quem acompanhou,
manifestando alguma familiaridade com meus humildes escritos, já conhece o meu
perfil. Não camuflei, não me ocultei, nada simulei. Disse tudo às claras, e em
nenhum momento, utilizei de falsidades ou exageros. Falei de modo simples, com
palavras do cotidiano, sem subterfúgios. E o objetivo maior sempre foi este:
deixar para os netos, um pouco do meu modo de pensar, de agir e de interagir
com o mundo. Obrigada a todos pelo carinho!
(Sete Lagoas, 18/06/17-
Um belo domingo de sol!)