domingo, 18 de junho de 2017

297 - CONTAGEM REGRESSIVA


297 - CONTAGEM REGRESSIVA

Esta é a antepenúltima crônica, pois há muito penso em completar trezentos trabalhos, encadernar o quarto livro para os netos e encerrar definitivamente. E confesso que já estou ficando com saudades. Saudades de algo que ainda não aconteceu. Saudades do tempo em que eu, ao sentir vontade, ligo o meu notebook e coloco ali o planejado. Porque, quando penso num assunto, a crônica já aparece pronta; é só digitar, deixando ali o meu recado.

Veja bem: saudade daquilo que ainda não aconteceu. Porque após esta, escreverei mais duas, o epílogo - e ponto final. Penso que é realmente hora de parar. Porém, estranho: como já posso sentir saudade de algo que ainda não aconteceu? Saudade não é alguma coisa que se experimentou, algo visto, ouvido ou vivenciado que ficou para trás? Que negócio é este de falar nessa saudade agora, nesse sentimento diferente, ainda não acontecido... Sei lá! Saudade, no futuro, do que era antes!... Ou não seria essa a expressão correta?...

Pensando bem, ocupo bastante meu tempo atualizando  este blog. Bate aquela vontade de escrever, a gente senta e escreve. Por isto, naqueles  momentos futuros, ainda não sei o que vou fazer. Talvez comece a ler mais, agora que dá pra sobrar  um tempinho. Já estou até me preparando. Não sei se você já ouviu falar em Maria Valtorta. Hoje é fácil, não é? O Dr. Google responde quase tudo. Há um compilado de suas visões em dez grandes volumes. No momento estou com o primeiro que uma amiga me emprestou, mas já disse a ela que gostei tanto que vou adquirir a coleção. Aí, sim, vou ter muita coisa pra ler!

Também adquiri recentemente o Catecismo da Igreja Católica e pretendo fazer um bom estudo do mesmo. Tenho ainda outras obras não lidas até o presente momento; ou apenas em parte. O problema é que, quando saboreio essas coisas lindas, gosto de compartilhar com amigos e aí a  vontade de escrever é grande. Mas, prometo, vou me controlar e prosseguir devorando, com sofreguidão, a leitura. Sobreviverei, com certeza.

Agradeço de coração, pessoas que me acompanharam desde o início, e reafirmo que é hora de parar. A gente precisa ter esta consciência. Já dei o meu recado. Quem acompanhou, manifestando alguma familiaridade com meus humildes escritos, já conhece o meu perfil. Não camuflei, não me ocultei, nada simulei. Disse tudo às claras, e em nenhum momento, utilizei de falsidades ou exageros. Falei de modo simples, com palavras do cotidiano, sem subterfúgios. E o objetivo maior sempre foi este: deixar para os netos, um pouco do meu modo de pensar, de agir e de interagir com o mundo. Obrigada a todos pelo carinho!
(Sete Lagoas, 18/06/17-
Um belo domingo de sol!)