97 - DESAFETOS...
Por que será que a gente se permite, às vezes, deixar-se chatear por pequenas coisas, palavras simples, considerações não claramente intencionais, assuntos secundários, que nem merecem crédito... E aí a gente se fecha, fica mal, surpreende-se a todo momento pensando naquilo, divagando entre o que disse... ou o que não disse... o que deveria ser dito...
Muitas vezes o outro nem se lembra mais do que houve, caminha para frente, de bem com a vida; e a gente continua lá atrás, amarrada naquilo, remoendo, se desgastando por nada...
Como é comum acontecer isto! E aí surgem os desafetos, ou uma amizade machucada, onde já não se tem tanta confiança no outro...
Até que surge um fato novo e a pessoa, objeto do desafeto, se mostra novamente amável, cheia de considerações, de boa vontade, como se não tivesse acontecido nada...
E talvez não tenha acontecido mesmo: foi só um mal-entendido, um pensar diferente, um entendimento obscuro de coisas bem claras...
Analisemos nossas atitudes que nos levam aos desafetos. O melhor seria um diálogo aberto, ali, no momento, para esclarecer os pontos. Pensemos nisto! O rancor vai corroendo por dentro e, se a gente não se policiar, pode adoecer por sintomas que só existiram na nossa imaginação, não é mesmo?!...