quinta-feira, 26 de maio de 2016

232 - CORPUS CHRISTI



232 – CORPUS CHRISTI
Ao sair de casa hoje para a Capela do Hospital, pensei: Quando chegar, vou procurar informações na internet sobre a solenidade de hoje para eu postar, porque muita gente não deve entender bem a festa deste dia, que é tão importante. Mas quando pego o folheto da missa, encontro logo: está tudo lá e acho que vou apenas transcrever para que você, ao ler esta crônica, tenha as informações que eu desejava lhe oferecer.
“A devoção ao Santíssimo Sacramento nasceu por volta de 1200. Mais tarde, apareceu a missa de Corpus Christi, cuja celebração se tornou obrigatória para toda a cristandade por ordem do Papa Urbano 4º (1264). Por volta de 1320, o Papa João 22 propôs a procissão do Santíssimo pelas ruas e caminhos.
A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é momento propício para recordar a última ceia de Jesus com seus discípulos. Jesus, nessa ceia, deixou-nos como testamento o dom da entrega de sua vida nos sinais do pão e do vinho. Ele se doa a si mesmo, sua própria pessoa, como alimento que fortalece a vida e a caminhada do povo.
O corpo e sangue de Cristo é o alimento que nos sustenta na vida cristã. Se temos necessidade desse alimento, devemos lembrar que o ser humano, toda pessoa, necessita também do alimento que sustenta a vida biológica. Sem comida, a pessoa não vive. Portanto, respeitar o corpo do outro é também desejar-lhe comida necessária. Todos somos responsáveis pelo sustento do outro: governo e sociedade civil. O governo com suas políticas públicas, e a sociedade civil com a partilha e a não concentração dos bens e riquezas. A mesa jamais é para uma pessoa só, ela deve ser lugar para todos. O pão sobre a mesa é para ser partido e partilhado com todo ser humano.”
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Festividade belíssima esta, com ruas e praças das cidades enfeitadas com riquíssimos tapetes organizados pelos fiéis para a procissão com o Santíssimo. É muita Fé!!!
Agradeçamos a Deus, Trindade Santa, pelas maravilhas de nossa Igreja Católica Apostólica Romana; e agradeçamos ao Papa Urbano IV, ao Papa João XXII e a todas as pessoas que permitiram chegar até os nossos dias, esta festividade maravilhosa do Corpo e Sangue de Jesus. Continuemos enfeitando ruas e praças da cidade e, principalmente, enfeitemos nosso coração para receber Jesus, dignamente, na Hóstia Consagrada!

(Sete Lagoas, 26/05/16)

231 - MIMOS

231 - MIMOS

Não fossem os pequenos mimos em nossa vida, seria difícil conhecer a felicidade, tantos são os momentos de frieza, decepções, desencontros, notícias ruins, preocupação nossa com fatos escabrosos, de perto e de longe, que nos machucam, que nos entristecem profundamente... Basta dar uma folheada em jornais, ou ligar uma televisão, pra gente se sentir assim, em grande angústia.

Por isto, gosto de prestar atenção na ternura das crianças, acompanhar-lhes o crescimento, aplaudir suas conquistas - como diz a Gabi: "Bate palma, vovó! Bate palma!"

Sim! Bater palmas, considerar o que está bom, tentar corrigir o que não está tão bom e rezar pelo que se apresenta ruim lá longe, fora do nosso alcance, superior às nossas forças, sem condição de uma ajuda nossa. E pedir a Deus, misericórdia!

Mas já disse, desde o início, ao pensar neste trabalho,  que só quero passar mensagens boas. Por isto, nesta crônica de hoje, quero agradecer. Agradecer as mensagens recebidas neste último final de semana, agradecer principalmente àquelas pessoas que compareceram no momento final: uma celebração maravilhosa de encerramento. Filha, genro e netos foram buscar-me e ao abrir a porta da casa, a emoção foi enorme: corações vermelhos, grandes, pequenos, lindos, com desenhos e dizeres significativos, espalhados pelas paredes e janelas, o que muito me surpreendeu. Não esperava! E fiquei feliz demais! E ao observar depois, cada um, me emocionei ao encontrar em um dos corações, as iniciais de todos os netos, os que foram e os que não puderam estar presentes. Não é maravilhoso? Não é um momento de "Bater palmas," pelo senso de  solidariedade, de fraternidade para com aquele que não pôde comparecer?

Obrigada, Walcelina, Luciano, Lucas e Gabi por enfeitarem o ambiente desta forma! Levanto os olhos agora e me arrepio ao ver tantos sorrisos espalhados pela casa. Chego mesmo a ouvir a voz de cada um ao contemplar os desenhos, as palavras de afeto, ouço o barulho característico das tesouras recortando,  e das fitas adesivas se despedaçando, ao se dividirem em muitas partes, para o aconchego da alma humana.

É assim que deve ser a nossa vida em família: despedaçarmo-nos, com convicção, despetalarmo-nos, com ternura, para o bem daqueles que necessitam disto para a sua sobrevivência. Não fosse assim e todos adoeceríamos, porque não somos ilhas abandonadas, mas sim seres humanos, cercados de afeto por todos os lados: aqueles que precisam de nós e aqueles dos quais necessitamos para viver. E são tantos...

Agradeço a Deus a cada momento, pelas pessoas boas que já passaram pela minha vida, e aquelas que estão comigo hoje. Afinal, todos passaremos um dia, mas enquanto tal não acontece, precisamos VIVER!  E É MUITO BOM ESTARMOS JUNTOS!

(Sete Lagoas, 25/05/16)