quinta-feira, 26 de maio de 2016

231 - MIMOS

231 - MIMOS

Não fossem os pequenos mimos em nossa vida, seria difícil conhecer a felicidade, tantos são os momentos de frieza, decepções, desencontros, notícias ruins, preocupação nossa com fatos escabrosos, de perto e de longe, que nos machucam, que nos entristecem profundamente... Basta dar uma folheada em jornais, ou ligar uma televisão, pra gente se sentir assim, em grande angústia.

Por isto, gosto de prestar atenção na ternura das crianças, acompanhar-lhes o crescimento, aplaudir suas conquistas - como diz a Gabi: "Bate palma, vovó! Bate palma!"

Sim! Bater palmas, considerar o que está bom, tentar corrigir o que não está tão bom e rezar pelo que se apresenta ruim lá longe, fora do nosso alcance, superior às nossas forças, sem condição de uma ajuda nossa. E pedir a Deus, misericórdia!

Mas já disse, desde o início, ao pensar neste trabalho,  que só quero passar mensagens boas. Por isto, nesta crônica de hoje, quero agradecer. Agradecer as mensagens recebidas neste último final de semana, agradecer principalmente àquelas pessoas que compareceram no momento final: uma celebração maravilhosa de encerramento. Filha, genro e netos foram buscar-me e ao abrir a porta da casa, a emoção foi enorme: corações vermelhos, grandes, pequenos, lindos, com desenhos e dizeres significativos, espalhados pelas paredes e janelas, o que muito me surpreendeu. Não esperava! E fiquei feliz demais! E ao observar depois, cada um, me emocionei ao encontrar em um dos corações, as iniciais de todos os netos, os que foram e os que não puderam estar presentes. Não é maravilhoso? Não é um momento de "Bater palmas," pelo senso de  solidariedade, de fraternidade para com aquele que não pôde comparecer?

Obrigada, Walcelina, Luciano, Lucas e Gabi por enfeitarem o ambiente desta forma! Levanto os olhos agora e me arrepio ao ver tantos sorrisos espalhados pela casa. Chego mesmo a ouvir a voz de cada um ao contemplar os desenhos, as palavras de afeto, ouço o barulho característico das tesouras recortando,  e das fitas adesivas se despedaçando, ao se dividirem em muitas partes, para o aconchego da alma humana.

É assim que deve ser a nossa vida em família: despedaçarmo-nos, com convicção, despetalarmo-nos, com ternura, para o bem daqueles que necessitam disto para a sua sobrevivência. Não fosse assim e todos adoeceríamos, porque não somos ilhas abandonadas, mas sim seres humanos, cercados de afeto por todos os lados: aqueles que precisam de nós e aqueles dos quais necessitamos para viver. E são tantos...

Agradeço a Deus a cada momento, pelas pessoas boas que já passaram pela minha vida, e aquelas que estão comigo hoje. Afinal, todos passaremos um dia, mas enquanto tal não acontece, precisamos VIVER!  E É MUITO BOM ESTARMOS JUNTOS!

(Sete Lagoas, 25/05/16)


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