350 - Histórias...
Eu levava muito a sério os estudos e tudo o que era proposto eu achava interessante e necessário. Nunca me perguntei por que a gente tem que estudar isto ou aquilo. Tudo me parecia importante. Até o criticado Canto Orfeônico, que haviam colocado na grade curricular do primeiro ano ginasial, completando o absurdo total de onze matérias, quando até o Latim a gente estudava. Onze matérias para crianças tão novas, imaturas e inexperientes, que haviam saído do antigo Primário, vitoriosas no exame de Admissão, obrigatório na época, ao ingresso a um Ginásio particular para poucos!...
Então um dia fomos fazer um trabalho sobre o Presidente Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília. Lembrei-me muito disto hoje cedo ao ver, na Canção Nova, uma entrevista onde o Cardeal Dom Damasceno falava exatamente sobre ele. Claro que o enfoque era a espiritualidade, mas me chamou muito a atenção, alguns pontos de semelhança com a gente.
Então um dia fomos fazer um trabalho sobre o Presidente Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília. Lembrei-me muito disto hoje cedo ao ver, na Canção Nova, uma entrevista onde o Cardeal Dom Damasceno falava exatamente sobre ele. Claro que o enfoque era a espiritualidade, mas me chamou muito a atenção, alguns pontos de semelhança com a gente.
Eu, que participei com muita alegria, do quinquagésimo sétimo Cursilho aqui em Sete Lagoas, fiquei feliz em saber que ele foi também um cursilhista em mil novecentos e setenta e cinco, vindo a falecer, tragicamente, no ano seguinte. Dom Damasceno relatou com muito entusiasmo que ele, o Presidente, havia sido cassado, morava num sítio, ali por perto e, convidado a participar do Cursilho, aceitou, e o fez, integralmente, de quinta a domingo, quando então se confessou e comungou.
Diz que quando ele chegou, no primeiro dia, foi uma festa! Ninguém sabia que ele iria participar. Então, ao vê-lo entrar, surpresos, todos o receberam com muitos aplausos. Participou ativamente de todas as atividades. No encerramento, na Capela de Santo Antônio, fez a primeira leitura durante a Celebração, comungou e saiu praticamente carregado pelos participantes. Diz que havia mais de mil pessoas participando dessa Missa, porque ficaram sabendo que ele estava lá.
Diz que quando ele chegou, no primeiro dia, foi uma festa! Ninguém sabia que ele iria participar. Então, ao vê-lo entrar, surpresos, todos o receberam com muitos aplausos. Participou ativamente de todas as atividades. No encerramento, na Capela de Santo Antônio, fez a primeira leitura durante a Celebração, comungou e saiu praticamente carregado pelos participantes. Diz que havia mais de mil pessoas participando dessa Missa, porque ficaram sabendo que ele estava lá.
Gostei muito disto porque, ao fazer o trabalho sobre ele, me apaixonei pelo personagem que ele representou para o nosso Brasil; e a saga da construção de Brasília me fascinou sobremaneira. Pra mim, ele era algo assim como um Príncipe Encantado para o nosso povo. Eu admirava tudo que lia a respeito dele e de sua ousadia no ato de governar. Mal sabia eu, enquanto jovem estudante, que mais tarde ele teria seus direitos cassados e seria exilado, percorrendo vários países - corroendo-se de saudades do Brasil! Simplesmente porque era muito popular, entusiasmado, um grande patriota como eu! Injustiça gerada exatamente pela inveja e outros males!...
E as virtudes se vão...
E as virtudes se vão...
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