sábado, 29 de junho de 2019

379 - As Alegrias de uma Mãe


379  -  As Alegrias de uma Mãe

Bem maiores que angústias e tristezas são os momentos felizes daquela que um dia gerou. Como é gostoso ser Mãe! Como é bom ser chamada de Mamãe! É uma alegria sem par, a maior bênção que uma mulher pode receber dos céus! Não há o que possa ser dito ou escrito para definir a sensação de ver uma criança sair de dentro de si mesma, tomá-la nos braços, poder alimentá-la com o seu próprio corpo, um alimento salutar, brotado do mais profundo de seu ser,  e ainda considerado por todos, o melhor alimento que seu filho deve receber - gente! - é muita bênção! Só uma mãe biológica pode conhecer tudo isto!

Quando falo de tudo o que sofreu a Mãe do Filho de Deus, não deixo de ter em mente também suas grandes alegrias, vividas a sós com Ele ou na comunidade; foram muitos os momentos! A começar pela mensagem do Anjo: "Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!" Percebeu? E se você vai lá na Bíblia e continua lendo, verá que ele só fala  de alegria, de graças,  de bênçãos. Foi um momento sublime que viveu aquela humilde Menina de Nazaré.

E quando ela chega à casa de Zacarias, ouve Isabel que diz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!" Não foi isto que ela ouviu? E é declarada bem-aventurada porque acreditou nas palavras do Anjo. E Isabel continua cortejando aquela Menina , fazendo-a muito feliz. Tão feliz a ponto de cantar o Magnificat!

E lá na manjedoura de Belém, contemplando Seu Filho, que felicidade! E aí vêm os Anjos do Céu, com cânticos de alegria; e os pastores, com suas ofertas; e os reis de terras longínquas com seus valiosos presentes... Tudo respirava felicidade naquele lugar, apesar de tanta pobreza, de tantas dificuldades enfrentadas, de tanta incerteza no desenrolar da história... Mas Ele estava ali: lindo, saudável, forte, belíssimo! Um bebê especial, o Filho de Deus, saído de suas entranhas...

E o Menino foi crescendo em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. E aí, quando completou doze anos, chegou à idade exigida para falar no templo - e não só ouvir. E foi assim que os pais sentiram uma imensa alegria ao encontrar Seu Filho no templo após procurá-lo muito. Estava ele lá, entre os doutores, os mestres da lei, aqueles que achavam que já sabiam tudo, mas ficaram maravilhados com a sabedoria daquele Menino. E enorme foi a alegria daquela Mãe, porque O procurava muito aflita. Que bom! Ele estava ali! No templo! Não podia estar em um lugar melhor! Como é feliz a mãe que, ao procurar seu filho o encontra na igreja...

E depois de sua morte na Cruz, a Mãe, naquela espera da ressurreição, que Ele havia tantas vezes proclamado, vê Seu Filho de novo, lindo, glorificado, divino, tendo vencido a morte, vivenciava agora a ressurreição, mostrando a  todos as verdades que pregava sobre  a vida eterna!

Grande alegria viveu também a Mãe de Jesus, ao ser elevada aos Céus e coroada ali pela Trindade Santa! Coroemos Maria como a Rainha de nossos lares, de nossas famílias, de nossos estudos, de nossos trabalhos, a nossa intercessora que roga a Deus por nós e por nossos filhos. Que possamos viver muitos momentos de intensa alegria - como a Mãe do Filho de Deus!

(Celina - 30/06/19)


sexta-feira, 28 de junho de 2019

378 - Os Amigos do Menino!

378  -  Os Amigos do Menino!

Eram chamados de irmãos; porque viviam sempre juntos, na mesma comunidade; mas, na verdade, eram primos, já que Jesus era o Filho unigênito de Deus. E João, um de seus primos, o mais fiel apóstolo, recebeu como Mãe adotiva, a  Sua Mãe, quando Ele expirava na Cruz: "Filho, eis aí tua Mãe! Mãe, eis aí teu Filho". E eles foram morar juntos, numa casinha, nas terras de Lázaro, irmão de Marta e Maria Madalena.

Foram estes, portanto os primeiros amigos do Menino. Depois, foram surgindo outros nas redondezas, enquanto ainda criança. E mais tarde, quando já adulto, escolheu os doze, como apóstolos, e muitos outros discípulos que se fizeram seus amigos até  a Sua  morte - e depois dela - quando sofreram todo tipo de perseguição por continuarem a pregar Sua doutrina,  acreditando  em tudo o que Ele ensinava.

Mas, na verdade, os primeiros que se consideravam amigos daquele Menino, foram os pastores que o contemplaram na manjedoura de Belém, que o presentearam com o leite fresquinho de suas ovelhas e a lã para cobrir seu corpinho inocente!  Encantaram os pais do Menino, com sua simplicidade e abertura de coração,  e com seu desprendimento, suprindo a Sagrada Família em suas primeiras necessidades. A alguns desses, o Menino se encontrou mais tarde, durante sua caminhada terrena e pôde ouvir de sua boca, todas as maravilhas daquele acontecimento.

Porém, ser amigo daquele Menino não era fácil! Eram tantos e poderosos os seus perseguidores, porque O temiam, porque invejavam a autoridade com que falava e Seu poder de convencimento, porque eles se sentiam ameaçados, em sua vida de ricos corruptos e exploradores dos povos. E assim, todos os que O seguiam também eram maltratados por aqueles que se declaravam seus inimigos. 

Assim descreve Paulo, em sua segunda carta aos Coríntios: "Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus, quarenta açoites, menos um. Três vezes fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia em alto-mar. Fiz inúmeras viagens com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de maus compatriotas, perigos da parte dos pagãos,  perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez!"

Assim desabafa Paulo, que antes era Saulo, ferrenho perseguidor dos cristãos, mostrando o que sofriam aqueles que creram no Menino, como ele mesmo, após o episódio  singular, na estrada de Damasco. Aquele Menino, que nascera na Gruta de Belém, e era conhecido como o Rabi de Nazaré. Para mostrar a força de sua fé, sujeitavam-se os amigos, às mais cruéis torturas. Como sofreram os amigos de Jesus, aqueles que não aceitaram renegar a Sua Santa Doutrina!
(Celina  -  28/06/19)

377 - Os Pais do Menino!

377  -  Os Pais do Menino!

Nascida de um casal bem velhinho, a Mãe do Menino, assim que completou três aninhos, foi entregue a pessoas bondosas, senhoras anciãs respeitáveis, que ensinavam as Escrituras Sagradas, onde ela lia sobre o Messias que seria concebido por uma Virgem do povo de Israel. E ela pensava: Ai! Eu gostaria tanto de ser a serva dessa virgem escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus! Porque assim, vou poder vê-lo todos os dias, ajudar a cuidar dele, que bênção eu mereceria se isto se realizasse! Mal sabia ela que a tão cantada Virgem, seria ela!

E prometida em casamento ao carpinteiro José, ela recebe o mensageiro de Deus. E a profecia se cumpre! José se tornou assim o protetor da Mãe e do Filho de Deus. Grande missão que ele cumpriu com muito amor, paciência e gratidão, passando por enormes tribulações, mas podendo contar sempre com a proteção divina. Homem de muita fé! Em seus sonhos, dormindo, ouvia a voz do Anjo, acreditava, e fazia o que era solicitado. Com seu trabalho, provia as necessidades da família; e o Filho sempre a seu lado, trabalhando também. E um dia, antes mesmo da missão pública do Menino, ele,  aquele homem justo, é chamado para o Pai e entrega sua alma a Deus!

Mas foi permitido à Mãe do Menino, ficar aqui com Ele, durante toda a Sua missão - e mais ainda! - quando Ele se foi, ela pôde estar com seus amigos, ajudando-os a nas necessidades da Igreja nascente. E, terminados os seus dias, ela,  a Mãe do Menino-Deus, que é também a nossa Mãe, foi arrebatada para os Céus, na presença de João, o mais novo apóstolo de Jesus, aquele a quem Ele a entregara, lá do alto da Cruz. Aí, ela conheceu a Paz Eterna!

Como Ela sofreu, aqui na terra! Em suas delícias de ser escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, enfrentou dores terríveis. As suas, e as de Seu Divino Filho! Porque uma mãe sente na pele, cada dor, cada decepção, cada derrota do filho. É assim! Porque um filho é um pedaço da gente. Uma mãe só está totalmente feliz quando vê que  todos os seus filhos estão bem.

Aquela Mãe caminhou cada segundo com Seu Filho, presente ou ausente. E quando Ele se foi, Ela ainda aqui ficou, morando com aquele que Ele determinou. Numa casinha simples, ali pertinho do Horto das Oliveiras, uma casa cedida pelo amigo Lázaro, ali, os dois, em Oração constante. Aquela mulher forte foi quem segurou o grupo muito unido, sob o comando de Pedro, determinado pelo Mestre, que lhe deu autoridade para tal.

E foi ali, naquela humilde casinha, no seu minúsculo quartinho, que ela se preparou para ir para a eternidade. Chamou o João - os outros apóstolos estavam longe, em missão - deitou-se sobre o linho e disse a ele que estava limpinha e não teria que receber o último banho, como era costume. Ali, sobre e sob panos de linho, preparados por ela mesma, pediu ao jovem apóstolo que cantasse salmos com ela, que repetissem juntos, trechos das Sagradas Escrituras; e se puseram em oração, até que ela se foi... 

João chorou muito; saiu, pegou as mais lindas flores ali no horto, para enfeitá-la. Pediu a um servo de Nicodemos que procurasse os outros. Mas ele, por uma intuição que tinha, continuava naquele quarto. Ainda estava sozinho do lado dela,  e ali, meio sonolento, entre dormindo e acordado, viu o teto aberto e o corpo subindo... Era a gloriosa assunção! E, segundo a visionária italiana, Maria Valtorta, ainda pôde ver, mais uma vez, o abraço de Filho e Mãe, até que desapareceram de sua vista!  Ele, o Evangelista João, foi testemunha fiel de tudo isto! Glória a Deus!!!
(Celina  -  28/06/19)   

quarta-feira, 26 de junho de 2019

376 - Aquele Menino!

376  -  Aquele Menino!

Você sabe: Aquele Menino tinha Seu bercinho, no aconchego gostoso de um lar, cheio de paz! Mas nasceu tão longe de casa, num lugar muito simples, sem conforto algum e não tinha um berço, a não ser o colo carinhoso de Sua Mãe. A Família do Menino não tinha ouro, nem prata, nem bronze, ou qualquer outro metal, nada! Apenas os laços afetivos de familiares que se amam: Pai, Mãe e Filho!

Mas Aquele Menino, em Seu nascimento, causou um medo terrível aos grandes da época. Um rei poderoso temeu enormemente a existência do Menino! E declarou Sua morte. E muitos meninos morreram, no berço e no colo de suas mães. Aquele Menino não morreu! Os pais O levaram para outro país onde Seu bercinho também não estava, onde as coisas da Família não se encontravam. Mas, fugindo da fúria de um rei muito mau, tiveram que se refugiar lá. E outra vez, começar uma vida  -  do nada!

E ali ficaram por muito tempo... E um dia, Aquele Menino voltou com os pais para o Seu país;  mas Ele não cabia mais no Seu bercinho, tão carinhosamente construído pelo pai carpinteiro. Roupinhas tecidas pelas mãos ágeis e singelas de Sua jovem Mãe, também já não serviam mais! Aquele Menino havia crescido nas maiores dificuldades, que o afeto dos pais conseguiu  sublimar!

Um dia, Aquele Menino completou trinta anos e foi batizado. Despediu-se de Sua Mãe, viúva, deixou-a sozinha em casa, e partiu para a Missão. Voltava de vez em quando para o olhar  carinhoso daquela Mãe que Ele amava; levou-a consigo algumas vezes, fez muitos amigos - e  inimigos também, pelas verdades que pregava. E foi traído por um de seus  amigos mais próximos, que O entregou por trinta moedas!  Cruelmente torturadoinjustamente condenado à morte, recebeu a pior sentença: morreu na Cruz!

Aquele Menino - um trapo humano - foi colocado no colo de Sua Mãe,  e levado depois para o túmulo. Não é normal uma mãe enterrar um filho e aquela Mãe, naquela terrível sexta-feira, sepultou Aquele Menino!

Mas Ele, que era verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, ressuscitou na manhã do domingo. E  Aquele Menino, ressuscitado, glorioso, ficou aqui na terra, ainda  por quarenta dias; e sorriu, e conversou, e doutrinou, e aqueceu o coração daqueles que O amavam. Voltou para a casa do Pai e dez dias depois, o Espírito Santo veio consolar e confirmar todos os ensinamentos do Menino. 

Foi assim! E Aquele Menino, tão terno, tão bom, sabedoria divina, está presente nos nossos lares, em nossas igrejas, em nossos ambientes de trabalho, está ao meu lado, aqui, agora - e aí ao seu lado também! Adore-O! Adore este Jesus que  tanto sofreu e morreu na Cruz por mim - e por você! Ame-O!
(Celina - 26/06/19)

sexta-feira, 21 de junho de 2019

375 - Que Bom!

375  -  Que Bom!

Tantas coisas boas me encantam! Ver a Igreja Católica,  no mundo inteiro, com seus Sacrários, lindamente expostos em lugar de destaque, isto me encanta sobremaneira! Ver as igrejas lotadas todos os dias pela manhã, às onze, ao meio dia, três da tarde, à tardinha, à noite... tantos horários de celebrações, equipes responsáveis por cada um, pessoas que desconhecem o frio cortante, chuvas intermitentes, calor sufocante, tudo desconsideram para estar ali, buscando o remédio para a alma: a Eucaristia! É lindo de se ver! 

Vá pra igreja você também! Vá buscar seu alimento, aquele que o aproxima de Deus, aquele que o faz ser uma pessoa melhor. Se não pode estar lá todos os dias, vá pelo menos aos domingos. É tão bom! E tem muita gente que nem aos domingos vai lá! Não sabe o que está perdendo! É uma alegria tão grande!!!

É Jesus curando a gente, curando o nosso interior! Eu já passei por tantas dificuldades, alguma injustiça, erros  nos julgamentos, mas eu sempre ouvia a voz de Jesus: "Perdoa-lhes porque não sabem o que fazem."  Por isto, quando a gente não consegue explicar, ou quando não aceitam a nossa explicação, a gente se sai bem, porque coloca tudo no Coração de Jesus. Eu aprendi isto e foi muito bom! Não guardo mágoa de quem tentou me prejudicar. 

Por isto, é bom viver mais; porque quando se está ao pé da montanha, fica difícil contemplar a sua beleza! É distanciando que a gente enxerga bem! Vivendo mais, a gente consegue fazer uma análise melhor dos nossos dias. Viver é bom! Eu me sinto com trinta, nos meus setenta anos! E se Deus me der a graça de viver outros trinta - ou mais - que felicidade!  A vida vale a pena, com Jesus Eucarístico a nos animar, a nos fazer fortes, a nos ajudar, curando nossos males. Sou feliz assim! Mais feliz serei ainda quando todos de minha família estiverem fisicamente comigo na igreja, recebendo  Jesus na Eucaristia, não apenas pela minha boca!
(Celina  -  21/06/19)   

374 - O Amanhã

374  - O Amanhã

Amanhã é outro dia, sabemos todos! Sim, outro dia! E "O futuro a Deus pertence". Mas por tudo que eu vivi até hoje, posso sentir que os tempos serão amenos; venha o que vier, estou preparada para receber. Quero sentir o Amanhã, como um prolongamento do meu Hoje, me colocando nas Mãos de Deus e colocando no Coração de Jesus todas as dificuldades que forem surgindo, ao longo da nossa história. 

Talvez eu fosse vivendo - como você também - levando a vida, sem questionar muita coisa, sem ficar analisando cada acontecimento; apenas vivendo!

Mas hoje eu enxergo melhor, e posso dizer que nada nos parecia assim tão difícil, porque a gente tinha fé - e se entregava, se colocava mesmo nas Mãos de Deus! Vejo hoje, que Maria sempre esteve conosco, como nas bodas de Caná da Galileia, como em Pentecostes, como  marcara constante presença ao lado de Seu Filho e seus discípulos.

Meus irmãos e eu sempre víamos nossos pais com o terço nas mãos, rezando, indo pra igreja aos domingos, visitando doentes e idosos, fazendo caridade com quem deles necessitava. Crescemos assim, aprendemos muito com eles. E tentamos fazer o mesmo, na medida do possível. Claro, hoje a vida tomou um rumo bem diferente, o que às vezes nos preocupa um pouco com o futuro das novas gerações. Mas "Deus sabe o que faz". Está nas Suas Mãos a História da Humanidade. 

Porém, lá no fundo da alma, dói um pouco ainda saber que  temos um Amanhã terrestre pela frente, e o Amanhã na eternidade, da qual, pouco se sabe, ao certo! 
(Celina  -  21/06/19)


373 - O Ontem

373  -  O Ontem

Li algo assim: "Você não pode mudar o Ontem, mas pode recomeçar sua história hoje e fazer diferente!" Sabemos disto! Mas a forma como cheguei ao Hoje da minha vida, é resultado do que vivi ontem! E o Ontem de minha vida foi muito bom! Porém, analisando cada etapa, vejo agora como foi difícil! Interessante, enquanto o meu Ontem se chamava Hoje, não o sentia tão difícil como o vejo agora! Engraçado, não? 

Nascemos lá na roça, longe, muito longe da cidade, onde o nosso pai havia encontrado e se apaixonado pela criatura de Deus, com quem ele se casou - e foi o suporte para o resto de sua vida e seus onze filhos. Eu era feliz ali, em contato direto com a natureza, em família, de enxada na mão, ali na roça, com nosso pai e irmãos. Depois, escola longe, caminhar todos os dias, com uma alegria enorme no coração. A gente era feliz! 

Mais tarde, já na cidade, mas igualmente caminhando para uma escola bem longe, como aluna e continuando depois a caminhar, já como professora, para as mesmas escolas que eu tanto amava! Não se tinha carro, não se tinha ônibus, era sempre a pé que a gente andava, mas não sentia falta de nada disto! A gente era feliz!

Depois o namoro, tão contestado, tão difíceis e raros os encontros - e eu amava o meu namorado! Logo em seguida, os filhos, as mudanças, as construções, trabalho intenso, a Faculdade e eu amava tudo isto! Vivi  intensamente, cada dia do meu Ontem, com tanta alegria, não sentindo o peso do fardo - e agora, entendo o porquê: Jesus disse, certa vez: " O meu fardo é leve!"

Sinto que Ele sempre esteve comigo - e conosco, meus amores!
(Celina - 21/06/19) 


372 - Ontem - Hoje - Amanhã

372  -  Ontem - Hoje - Amanhã

Serão três crônicas. Esta é apenas o Hoje. Que beleza que é viver o Hoje de todos os dias com Jesus e com Maria! Maria de todos os títulos! Gostaria de que todas as pessoas - não só você que está aqui agora comigo nesta mensagem - mas a Humanidade inteira - que todas as pessoas pudessem conhecer a alegria que sinto hoje, nesta etapa de minha vida! 

Sentir a presença constante de Deus, na vida da gente, é um privilégio! Já saí de casa de muletas, já deixei gente chateada comigo quando saía pra igreja, já fiz o propósito de cem missas consecutivas e consegui cumprir na época em que eu precisava estar na escola todos os dias - e repeti ainda depois a série, agradecendo - já levei comigo crianças de colo muitas e muitas vezes... Não havia dificuldades que me fizessem faltar à celebração Eucarística, quando queria ir. Hoje estou aposentada, tranquila, posso estar lá todos os dias, porque aqui em Sete Lagoas temos o Santuário com celebrações diárias. Não é  uma bênção?!

Meu esposo está encantado hoje com alguns provérbios que aparecem em um determinado programa que ele tem o costume de assistir todos os dias. E eu disse a ele: "Na Bíblia nós temos 73 livros, e um deles se chama Provérbios". E ele ficou de olhar e anotar os que achar melhores, porque diz que tenta lembrar depois e não consegue. Então, acrescentei: "Além desse, temos o Eclesiástico, os Salmos, o Livro da Sabedoria, as Crônicas e tantos outros lá no Antigo Testamento, mais ou menos nesta linha, sem contar o Novo Testamento, com ensinamentos belíssimos!"

Aproveite o Hoje de sua vida, para conhecer melhor as coisas de Deus, os projetos de Deus, os Sonhos de Deus!  O Amanhã pode ser tarde demais - ou nem existir para alguns de nós! 

Aproveite o Hoje, meu amor!
(Celina - 21/06/19)

segunda-feira, 10 de junho de 2019

371 - Desligar a Televisão!

371 - Desligar a Televisão!

A crônica anterior me fez lembrar de uma cena interessante. Amo prestar atenção nas atitudes das crianças. E enquanto escrevia e falava da minha dificuldade de ler algo, sem me envolver, de ver um filme, sem chorar, de ficar sabendo de fatos tristes, notícias terríveis, sem me envolver emocionalmente, lembrei-me de um fato ocorrido há algumas décadas, quando o meu primeiro filho, pequenino ainda, conseguiu me mostrar como é fácil sair de uma situação embaraçosa.

O pai rolou de rir, quando contei a ele: Estavam os dois na sala, vendo televisão. Era um filme infantil, desses que falam de selvas, animais, etc. O Walcely estava bem interessado  na história e não tirava os olhos da televisão. Acontece que o pai saiu da sala, foi para o quintal e ele ficou lá, sozinho, vendo o filme. Daí a pouco, chega ele lá na cozinha com os olhos arregalados. Perguntei: "Que foi, Walcely? Já acabou o filme?" E ele: "Não, mamãe. A onça ia comer o menino!" "E daí?"  "Eu desliguei a televisão!"

Gente! Olha a esperteza dele! Fui ao quintal e contei pro Waldívio. E o pai: 
_ Acabou o filme, Walcely?
_ Não! Eu desliguei a televisão. 
_ Por quê? 
_ A onça ia comer o menino. 
_ E você desligou. 
_ Desliguei! 
_ E ela não comeu?
_ Não! Não comeu! 

Viu,  como é fácil?... As crianças sabem das coisas!
(Celina - 10/06/19)

370 - Tardes de Sábado!

370  -  Tardes de Sábado!

Dias bem diversificados, vamos colecionando ao longo da vida. Mas o último sábado que passou, para mim foi bem diferente dos demais. Como chorei! Rios de lágrimas que teimam em cair, e caem sem controle, reais, a ponto de embaçar terrivelmente o que se lê. Embaralham-se as letras, caem sobre o livro... e a gente não para de ler! Por maior que seja a dificuldade, a gente quer continuar - e não consegue parar e deixar pra depois. Mesmo porque, se o fizer, começará o pranto novamente! É assim. Eu sou assim! Se vou ver um filme, daí a pouco me desmancho em lágrimas. Por isto, tenho evitado essa prática. 

Mas, amo ler! E não consigo parar, mesmo que eu sofra com isto. E vou até o final. Mas, o que foi mesmo que me fez chorar tanto, no sábado passado?... É que estou no décimo volume da coleção de Maria Valtorta; e  é o último. Claro: eu sabia que iria ser assim! E se me propus a lê-lo, por que tanto choro? Se eu já conhecia o fato?...  Se eu já sabia a história?...  Se eu já sabia que Ele morreu na cruz?... Não poderia ser diferente nos relatos daquela visionária.

É que a descrição é tão minuciosa, o texto é tão bem escrito que é como se a gente estivesse presente, ali, vendo o sangue a escorrer, ouvindo as marteladas, sentindo os cravos a perfurar o corpo santo! É muito real! É muito cruel, tudo isto! E a gente ainda fica vendo a Mãe ali perto, contemplando a cena...

Eu já havia lido uma vez um texto escrito por um médico, mostrando cientificamente, o que é a crucifixão. O peso do corpo pendente, a dificuldade de respiração, a impossibilidade de se mover... Os terríveis espasmos... Nem! Não quero chorar de novo!

Mas ali, naquela visão, foi muito pior! Parece uma coisa meio mágica, a gente se obrigar a se colocar na cena que vai se desenrolando aos nossos olhos, terrivelmente, como se não se tivesse mesmo, jeito de fugir!... E seria só fechar o livro! 

Não consigo aguentar muita maldade, não!
(Celina - 10/06/19)

369 - Misericórdia, Senhor!

369  -  Misericórdia, Senhor!

A princípio, a gente pensava que o celular servia apenas - como o telefone fixo - para receber e fazer chamadas. Logo, logo, aprendemos que vai muito além disto, com os aplicativos, que já são tantos, e a cada dia, aparecem muitos outros. Uma maravilha!

Uma maravilha, bem perigosa! Com tantas notícias falsas, com maldades inúmeras e bem diversificadas, uma gama enorme de possibilidades que nem se alcança, em sua plenitude, que faz o tempo ser curto, para tanta informação. Uma enxurrada de postagens colocadas "lá", nem se sabe direito "onde" - mas que estão aí, à disposição e o pior - camufladamente, de graça - e  acessível a todos! Isto tudo é muito perigoso!

E como se não bastassem os perigos virtuais, agora, todos os dias a gente ouve falar de danos materiais com aparelhos explodindo por serem utilizados, enquanto ligados à energia elétrica. E aí que ficou preocupante mesmo a situação. Porque com tantos jogos e vídeos diversos, tantos divertimentos interessantes, a gente pensa: se uma criança, um adolescente, um jovem, está jogando e o aparelho se descarrega, imediatamente ele vai ser colocado para carregar e a dúvida é: será que o usuário vai ter a paciência bastante de esperar o tempo necessário para desligar o carregador e recomeçar o que fazia? Ou não se acredita que possa haver algum perigo e o utiliza,  ligado na energia? 

Confesso que estou ficando bastante preocupada com a situação. Porque a gente recebe muitas mensagens falando disto, e como é "lá longe" não se sabe se é verdadeiro ou não. Aí repassamos, mas sem muita convicção e é bem possível que poucas pessoas acreditem que seja verdade. Que fazer? Como disse a uma de minhas  irmãs, "será que vamos esperar acontecer com algum conhecido pra gente acreditar?..."  E ela me disse que o celular da namorada de seu filho já estourou um dia, ligado na corrente elétrica. Ainda bem que ela não o estava utilizando no momento! E arrematou: "Misericórdia!"

Pensemos nisto!






sábado, 8 de junho de 2019

368 - Músicas Boas!

368  -  Músicas Boas!

A música que coloquei na crônica anterior me reportou imediatamente para o Curso de Magistério no Colégio Normal Nossa Senhora do Carmo, em Viçosa/MG. E me fez ouvir a voz delicadíssima da Irmã Doralice, lembra dela? - do meu poema Peregrinação! - nossa professora de Português,  que foi quem nos levou a cantar muitas vezes essa música. É linda, não é?

Nas minhas aulas no antigo Primário, sempre utilizei músicas com boas mensagens. As crianças gostavam muito. Depois de copiarem, líamos, analisávamos as frases... E a gente cantava! E era uma alegria singela, um momento de descontração, quase um lazer! E todos cantavam! Como era gostoso ver a animação deles! E o aprendizado era grande, porque lúdico. Aprendiam palavras novas, jeito correto de construção de frases, pontuação, rimas, valores, afetividade... Claro que eram músicas muito boas, eruditas até, nada de mensagens negativas.

Pela primeira vez, na minha vida de professora regente, quando cheguei a Diamantina, recebi uma turma de alunos de primeiro ano com muita dificuldade de aprendizagem. Crianças já até bem grandinhas e com bastante deficiência. Precisei começar com a música mais simples possível: "O ba-be-bi-bo-bu vamos todos aprender. O ba-be-bi-bo-bu vamos todos aprender. Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC. Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC".

Eram crianças muito carentes, em todos os sentidos, e até certo ponto, sem muito entusiasmo. Mas com a utilização desta simples música, começaram a se interessar, porque a gente cantava o nome de cada um deles, o que os fazia sentirem valorizados. Assim: "O A é uma letra que se escreve no ABC. O A é uma letra que se escreve no ABC: Ô Antônio você não sabe como eu gosto de você! Ô Antônio você não sabe como eu gosto de você!!!" E utilizávamos os nomes de todos os alunos!

A princípio, ficavam um pouco sem graça, ao pronunciarem seu próprio nome (ou o nome de alguns colegas...) Mas, aos poucos, foram se soltando e cantavam com alegria e muito vigor, principalmente quando chegava a sua vez! Era lindo ouvi-los cantar uma música tão simples e tão repetitiva - mas que mexia com o emocional de cada um. E muito feliz eu ficava, quando eles iam chegando e diziam: "Tia! Vamos cantar aquela música?" (Depois de alguns dias, um dos alunos, quis cantar também com o meu nome, e aí é que gostaram de verdade, da nossa musiquinha!)

Desta, fomos passando pra outras e o aprendizado começou a acontecer. Eram crianças que apresentavam grandes dificuldades - principalmente, de relacionamento. Só uma vez, no início do meu magistério, eu havia visto uma turma assim, mas não era minha. Ficava numa sala ao  lado e eu ouvia a professora todos os dias falando alto com eles: A - E - I - O - UUU!!! E eu ficava incomodada, pensando o que eles iriam fazer na vida com aquelas vogais, gritadas assim, todos os dias! Crianças e adolescentes de anos e anos na escola, perdendo tempo. Acho que isto me ajudou, quando, já caminhando para a terceira década de trabalho, entregam a mim, uma situação parecida. E por isto, fomos mais felizes que aqueles! A gente aprende a vida toda, não é? Ou se copia, o que se acha positivo, tentando ainda, melhorar um pouco mais, ou se faz o contrário daquilo que outros fazem e que a gente vê que não há proveito algum!
(Celina - 08/06/19)

segunda-feira, 3 de junho de 2019

367 - Doçura


367  -  Doçura

R: Palavra não foi feita para dividir ninguém
Palavra é a ponte onde o amor vai e vem,
onde o amor vai e vem!

Palavra não foi feita para dominar
Destino da palavra é dialogar.
Palavra não foi feita para opressão
Destino da palavra é união.

Palavra não foi feita para vaidade
Destino da palavra é a eternidade.
Palavra não foi feita pra cair no chão
Destino da palavra é o coração.

 Palavra não foi feita para semear
a dúvida, a tristeza e o mal-estar.
Destino da palavra é a construção
de um mundo mais feliz e mais irmão.

Você já cantou esta música? Se não, procure-a na internet e cante: que delícia, que doçura, divino modo de se expressar, de explicar o porquê a palavra existe, ou melhor, o como ela deveria ser utilizada! Deveria, pois nem sempre é assim. Quantas vezes já fomos machucados - e machucamos pessoas também - simplesmente utilizando uma palavra negativa! Quantas vezes!!! Infelizmente! E nem é preciso pensar muito para se recordar de um fato desses... Pensemos...

Pensou?...  Eu pensei! Se foi o outro que feriu você com ela, procure esquecer! Se foi você quem feriu alguém e isto machuca você hoje, é ótimo! Isto se chama arrependimento! E o arrependimento é bom: mostra que somos pessoas boas e queremos fazer somente o Bem, mas acabamos caindo. Como diz São Paulo em uma de suas cartas: "Deixo de fazer o Bem que eu quero e acabo fazendo o mal que eu não quero!" É assim. Somos humanos, ninguém é perfeito. Perfeito só Deus, graças a Deus! Estamos a caminho da perfeição e é caindo e levantando - e evitando cair no mesmo lugar de novo - é que vamos caminhando para a perfeição, que é Deus!

Por que eu eu digo que o arrependimento é bom? Porque ele mostra que somos pessoas boas e queremos fazer somente coisas boas, não é assim? Porque o homem mau não se arrepende do mal que faz.

Continuemos pessoas do Bem, vamos cortando as arestas que ainda nos incomodam e "Fé em Deus e pé na tábua!" - continuemos a nossa ascensão! Um dia a gente chega lá!
(Celina - madrugada de 03/06/19)

domingo, 2 de junho de 2019

366 - Palavras

366  -  Palavras

Comecei com a palavra Amor - porque achei interessante a etimologia do termo - passei para a de Pedro, com a coragem de andar sobre as águas, a Humildade de Jesus, lavando os pés dos apóstolos, o Perdão da pecadora arrependida, a Pureza das crianças, a Cura dos cegos de Jericó, o Alimento que é sacramento, a Cruz que, longe de significar pra nós, morte vergonhosa, é sinal de salvação, a Mãe que é dEle e nos foi dada, aos pés da cruz e finalmente, a Perseverança

Assim, fomos analisando, rezando, fazendo nossos pedidos e, terminando ontem a novena, hoje começamos de novo. Porque são  tantas as pessoas que nos pedem orações... A todo momento, chega alguém aflito e suplica: "Reza pra mim..."

E os pedidos são o mais diversificado possível, desde uma pequena dívida, ou uma simples dor de cabeça, até uma doença grave em fase terminal, um vício, a venda de uma casa, um grande problema financeiro, uma questão judicial, ou uma dificuldade afetiva. Assim, vamos intercedendo uns pelos outros, perseverando na oração e acreditando que Deus está no comando, sabe do que necessitamos, mas quer que nos dirijamos a Ele com nossas súplicas, em sintonia com Ele e com os irmãos. 

E assim, vamos caminhando, na certeza de que Ele quer o melhor pra nós, nem sempre no nosso tempo, mas no kairós - que procuramos entender e aceitar - sabendo ainda que, muitas vezes, o que pedimos, pode não  nos ser concedido, pois, talvez estejamos necessitando de um aprendizado maior, de um puxão de orelhas, de um ensinamento novo. E assim, vamos caminhando, e rezando pelos que têm fé, e pelos que não têm, pelos que nos pedem orações, e pelos que nem acreditam nelas. Não julgamos ninguém; apenas queremos fazer o que achamos que é certo, acreditando que estamos fazendo o bem a muita gente. E é somente assim que queremos viver!
(Celina - 02/06/19)


sábado, 1 de junho de 2019

365 - A Perseverança

365  -  A Perseverança

Enfim, hoje é o nono dia da novena. E a Palavra que traz para a nossa reflexão é "Perseverança". Coincidentemente, recebi hoje o terceiro volume de minhas crônicas e começo a reler rapidinho e lá encontro, numa delas, exatamente, a afirmação sobre a necessidade  de "perseverar até o fim", como nos  ensina Jesus! 

Realmente, é preciso ter coerência naquilo que nos propomos fazer. Mais do que nunca, é importante perseverar, porque muitos são os que param no meio do caminho. E é uma pena! Pois, muitas vezes, o entusiasmo é grande, muita coisa boa é realizada, mas depois, ainda tão no início, há o resfriamento, já não se apodera mais do calor do fazer, e se desvia de uma prática que gerava um produto bom.

Perseveremos, meus irmãos! Aquilo que nos foi passado por nossos pais e benfeitores, os valores que são eternos, as ações baseadas no amor, na caridade, na bondade, precisam ser cultivados a cada dia.

A novena traz a Palavra em destaque hoje, com relação aos discípulos de Jesus. Depois de sua morte - e terrível morte de Cruz - eles, apesar do medo, continuaram unidos e em Oração, como Ele havia ensinado.  Embora não tivessem muita noção do que seria a ressurreição de que Ele falava, esperavam que algo pudesse acontecer. E foi com alegria, certamente, que O viram glorioso, entrando num ambiente onde tudo estava fechado e declarando solenemente, como antes: "A Paz esteja convosco!"

Podemos imaginar a alegria de todos, com a Sua presença! Alegria porque tiveram a coragem de perseverar; perseverar unidos e em oração, esperando...

Que Ele possa nos encontrar, a todos e a cada um de nós - perseverando até o fim.
(Celina - 01/06/19)