368 - Músicas Boas!
A música que coloquei na crônica anterior me reportou imediatamente para o Curso de Magistério no Colégio Normal Nossa Senhora do Carmo, em Viçosa/MG. E me fez ouvir a voz delicadíssima da Irmã Doralice, lembra dela? - do meu poema Peregrinação! - nossa professora de Português, que foi quem nos levou a cantar muitas vezes essa música. É linda, não é?
Nas minhas aulas no antigo Primário, sempre utilizei músicas com boas mensagens. As crianças gostavam muito. Depois de copiarem, líamos, analisávamos as frases... E a gente cantava! E era uma alegria singela, um momento de descontração, quase um lazer! E todos cantavam! Como era gostoso ver a animação deles! E o aprendizado era grande, porque lúdico. Aprendiam palavras novas, jeito correto de construção de frases, pontuação, rimas, valores, afetividade... Claro que eram músicas muito boas, eruditas até, nada de mensagens negativas.
Pela primeira vez, na minha vida de professora regente, quando cheguei a Diamantina, recebi uma turma de alunos de primeiro ano com muita dificuldade de aprendizagem. Crianças já até bem grandinhas e com bastante deficiência. Precisei começar com a música mais simples possível: "O ba-be-bi-bo-bu vamos todos aprender. O ba-be-bi-bo-bu vamos todos aprender. Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC. Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC".
Eram crianças muito carentes, em todos os sentidos, e até certo ponto, sem muito entusiasmo. Mas com a utilização desta simples música, começaram a se interessar, porque a gente cantava o nome de cada um deles, o que os fazia sentirem valorizados. Assim: "O A é uma letra que se escreve no ABC. O A é uma letra que se escreve no ABC: Ô Antônio você não sabe como eu gosto de você! Ô Antônio você não sabe como eu gosto de você!!!" E utilizávamos os nomes de todos os alunos!
A princípio, ficavam um pouco sem graça, ao pronunciarem seu próprio nome (ou o nome de alguns colegas...) Mas, aos poucos, foram se soltando e cantavam com alegria e muito vigor, principalmente quando chegava a sua vez! Era lindo ouvi-los cantar uma música tão simples e tão repetitiva - mas que mexia com o emocional de cada um. E muito feliz eu ficava, quando eles iam chegando e diziam: "Tia! Vamos cantar aquela música?" (Depois de alguns dias, um dos alunos, quis cantar também com o meu nome, e aí é que gostaram de verdade, da nossa musiquinha!)
Desta, fomos passando pra outras e o aprendizado começou a acontecer. Eram crianças que apresentavam grandes dificuldades - principalmente, de relacionamento. Só uma vez, no início do meu magistério, eu havia visto uma turma assim, mas não era minha. Ficava numa sala ao lado e eu ouvia a professora todos os dias falando alto com eles: A - E - I - O - UUU!!! E eu ficava incomodada, pensando o que eles iriam fazer na vida com aquelas vogais, gritadas assim, todos os dias! Crianças e adolescentes de anos e anos na escola, perdendo tempo. Acho que isto me ajudou, quando, já caminhando para a terceira década de trabalho, entregam a mim, uma situação parecida. E por isto, fomos mais felizes que aqueles! A gente aprende a vida toda, não é? Ou se copia, o que se acha positivo, tentando ainda, melhorar um pouco mais, ou se faz o contrário daquilo que outros fazem e que a gente vê que não há proveito algum!
Nas minhas aulas no antigo Primário, sempre utilizei músicas com boas mensagens. As crianças gostavam muito. Depois de copiarem, líamos, analisávamos as frases... E a gente cantava! E era uma alegria singela, um momento de descontração, quase um lazer! E todos cantavam! Como era gostoso ver a animação deles! E o aprendizado era grande, porque lúdico. Aprendiam palavras novas, jeito correto de construção de frases, pontuação, rimas, valores, afetividade... Claro que eram músicas muito boas, eruditas até, nada de mensagens negativas.
Pela primeira vez, na minha vida de professora regente, quando cheguei a Diamantina, recebi uma turma de alunos de primeiro ano com muita dificuldade de aprendizagem. Crianças já até bem grandinhas e com bastante deficiência. Precisei começar com a música mais simples possível: "O ba-be-bi-bo-bu vamos todos aprender. O ba-be-bi-bo-bu vamos todos aprender. Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC. Soletrando o bê-a-bá na cartilha do ABC".
Eram crianças muito carentes, em todos os sentidos, e até certo ponto, sem muito entusiasmo. Mas com a utilização desta simples música, começaram a se interessar, porque a gente cantava o nome de cada um deles, o que os fazia sentirem valorizados. Assim: "O A é uma letra que se escreve no ABC. O A é uma letra que se escreve no ABC: Ô Antônio você não sabe como eu gosto de você! Ô Antônio você não sabe como eu gosto de você!!!" E utilizávamos os nomes de todos os alunos!
A princípio, ficavam um pouco sem graça, ao pronunciarem seu próprio nome (ou o nome de alguns colegas...) Mas, aos poucos, foram se soltando e cantavam com alegria e muito vigor, principalmente quando chegava a sua vez! Era lindo ouvi-los cantar uma música tão simples e tão repetitiva - mas que mexia com o emocional de cada um. E muito feliz eu ficava, quando eles iam chegando e diziam: "Tia! Vamos cantar aquela música?" (Depois de alguns dias, um dos alunos, quis cantar também com o meu nome, e aí é que gostaram de verdade, da nossa musiquinha!)
Desta, fomos passando pra outras e o aprendizado começou a acontecer. Eram crianças que apresentavam grandes dificuldades - principalmente, de relacionamento. Só uma vez, no início do meu magistério, eu havia visto uma turma assim, mas não era minha. Ficava numa sala ao lado e eu ouvia a professora todos os dias falando alto com eles: A - E - I - O - UUU!!! E eu ficava incomodada, pensando o que eles iriam fazer na vida com aquelas vogais, gritadas assim, todos os dias! Crianças e adolescentes de anos e anos na escola, perdendo tempo. Acho que isto me ajudou, quando, já caminhando para a terceira década de trabalho, entregam a mim, uma situação parecida. E por isto, fomos mais felizes que aqueles! A gente aprende a vida toda, não é? Ou se copia, o que se acha positivo, tentando ainda, melhorar um pouco mais, ou se faz o contrário daquilo que outros fazem e que a gente vê que não há proveito algum!
(Celina - 08/06/19)
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