370 - Tardes de Sábado!
Dias bem diversificados, vamos colecionando ao longo da vida. Mas o último sábado que passou, para mim foi bem diferente dos demais. Como chorei! Rios de lágrimas que teimam em cair, e caem sem controle, reais, a ponto de embaçar terrivelmente o que se lê. Embaralham-se as letras, caem sobre o livro... e a gente não para de ler! Por maior que seja a dificuldade, a gente quer continuar - e não consegue parar e deixar pra depois. Mesmo porque, se o fizer, começará o pranto novamente! É assim. Eu sou assim! Se vou ver um filme, daí a pouco me desmancho em lágrimas. Por isto, tenho evitado essa prática.
Mas, amo ler! E não consigo parar, mesmo que eu sofra com isto. E vou até o final. Mas, o que foi mesmo que me fez chorar tanto, no sábado passado?... É que estou no décimo volume da coleção de Maria Valtorta; e é o último. Claro: eu sabia que iria ser assim! E se me propus a lê-lo, por que tanto choro? Se eu já conhecia o fato?... Se eu já sabia a história?... Se eu já sabia que Ele morreu na cruz?... Não poderia ser diferente nos relatos daquela visionária.
É que a descrição é tão minuciosa, o texto é tão bem escrito que é como se a gente estivesse presente, ali, vendo o sangue a escorrer, ouvindo as marteladas, sentindo os cravos a perfurar o corpo santo! É muito real! É muito cruel, tudo isto! E a gente ainda fica vendo a Mãe ali perto, contemplando a cena...
Eu já havia lido uma vez um texto escrito por um médico, mostrando cientificamente, o que é a crucifixão. O peso do corpo pendente, a dificuldade de respiração, a impossibilidade de se mover... Os terríveis espasmos... Nem! Não quero chorar de novo!
Mas ali, naquela visão, foi muito pior! Parece uma coisa meio mágica, a gente se obrigar a se colocar na cena que vai se desenrolando aos nossos olhos, terrivelmente, como se não se tivesse mesmo, jeito de fugir!... E seria só fechar o livro!
Não consigo aguentar muita maldade, não!
(Celina - 10/06/19)
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