123 - NOSSOS NETOS: A LETÍCIA
Como você, a nossa pequena Lelê, fez o vovô lembrar a Júlia! Dizia pra todo mundo que era a cara dela! Muitos não concordavam, com certeza, dizendo que parecia muito mais com a mãe. Mas o vovô era teimoso em afirmar o contrário. Acho que é pela saudade da Júlia pequena, com quem ele tinha que ficar muitas vezes, porque eu ainda não havia aposentado no segundo cargo. Assim o contato dele com a primeira neta foi muito maior e, por isto, ele tem muitas histórias dela pra contar.
Mas você chegou, Letícia, e o seu papai, que gosta tanto de criança, ficou babando à-toa! Podia deixá-la por conta dele, que sabia tudo o que devia ser feito. Como você soube trazer felicidade pra tanta gente! Não era a primeira neta paterna, mas era a do lado materno e foi paparicada demais. E o é até hoje, não é, Lelê? Todos gostamos muito de você.
Mas você parece ter uma paixão maior por alguém: e não poderia ser outro, a não ser o Arthur. Virgem Maria! Quando ele está por perto, você se transforma; não é a mesma menina quietinha, bem comportada, quase adulta. Não! De jeito nenhum! Você começa a fazer as mesmas peraltices que ele, rola de rir das bobagens que ele diz, formam uma dupla imbatível. Nossa! Vocês dois juntos, sai de baixo, que aí vem coisa grande, levadeza sem limites, fica tudo de pernas pro ar!
Ah, meninos levados! Vocês vão sentir com certeza, muitas saudades deste período de folguedos e brincadeiras em casa da vovó! Deve ser por isto que, em uma das suas muitas andanças com o papai e a mamãe, você trouxe pra nós um lindo quadro com os seguintes dizeres: "Casa dos avós, paraíso dos netos!" Mas não é só agora que vocês são pequenos: podem todos contar sempre com o vovô e a vovó. Podem contar conosco pro que der e vier!
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