122 - NOSSOS NETOS: ARTHUR
Quando você surgiu, Arthur, a Júlia já tinha completado nove anos. Ficou apaixonada por aquele bebezinho lindo, pequenininho, indefeso, levinho, que ela carregava com a maior tranquilidade. Já no hospital, ela teve permissão para vê-lo e ficou toda feliz.
Você preenchia os dias da Júlia, como ela
aos nossos, a princípio. Agora já eram dois e ninguém poderia imaginar que dali
a pouco tempo seriam três, com a Letícia que chegou logo em seguida.
Você era assim como o brinquedo de
estimação da Júlia: o seu ursinho de pelúcia, o seu boneco predileto. E talvez
você também a considerasse um brinquedo, ou um ser especial a quem amava muito.
Tanto é que a primeira palavra que você aprendeu a falar foi o nome dela. Era uma
ligação muito forte. Recentemente, a Júlia leu pra mim uma crônica que ela
escreveu pra você. Peça a ela para vê-la: ficou linda! Deu até vontade de
chorar ao ouvi-la. Realmente você marcou positivamente a vida dela.
Até então, eram apenas os dois e ela estava sempre a carregá-lo no colo: era o seu xodó! Como, de repente, ela passasse alguns dias sem aparecer, você ficou sem entender e no seu linguajar de bebê, começou a chamá-la. Entendemos que era o nome dela que você estava dizendo; que era a sua falta que o incomodava. Então, de repente, ela aparece aqui e você fez a maior festa, pronunciando repetidas vezes o seu nome. E daí pra frente, não parou mais. É difícil registrar com letras, a fala de um bebê, mas ficou confirmado o que desde o início imaginamos que era o nome dela que você falava.
A Júlia sempre diz que gostaria de ter um irmão, mas pode ter certeza, você preencheu a vida dela, como um carinhoso irmãozinho. Que bom!
Espero que vocês sejam sempre muito amigos, apesar da diferença de idade. Parabéns, Arthur, por tudo de bom que você faz. E deve fazer muitas coisas mesmo porque todos os primos são apaixonados por você!!! Que Deus o abençoe sempre!
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