119 - FRAGMENTOS...
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Listo aqui algumas falas do segundo volume das reflexões do escritor Augusto Cury sobre a milenar Oração do Pai-Nosso:
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"Algumas vezes Jesus chorou, mas em grande parte da sua vida se alegrou. Algumas vezes vivenciou angústias, mas na maior parte do tempo bebeu da fonte mais excelente da satisfação. Foi tão realizado e alegre que deixou perplexos seus ouvintes ao dizer que quem dele se aproximasse beberia de um rio de águas de prazer."
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"Hoje é tempo de diminuir nossas atividades. Se não for possível fazer uma grande cirurgia em nossa agenda, devemos nos programar seriamente para começar a fazê-la amanhã, depois, gradativamente, no correr dos anos. Hoje é tempo de rever nossas metas, colocar colírio em nossos olhos para enxergar o que tem importância. Hoje é tempo de amar nossos filhos, elogiá-los por tantas coisas que fazem e que consideramos meras obrigações. Hoje é tempo de descobrir cada um com suas características únicas. Hoje é tempo de pedir-lhes perdão pela nossa falta de tempo, sem usar a desculpa de que tudo o que fazemos é para eles. Hoje é tempo de cobrar menos e abraçar mais. É tempo de dizer que eles não estão no rodapé de nossas vidas, mas nas páginas centrais de nossa história"...
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"Se você deseja ser excessivamente racional, desista. Em algum momento entrará em contradição. Se almeja ser extremamente cartesiano, matemático, desista. Em algum momento sua emoção o trairá. E, se conseguir ser racional e estritamente lógico, a vida perderá o sabor, o tempero. Estará apto para ser um alienígena, não um ser humano. Somos deliciosamente ilógicos. Nossos gostos, expectativas, sensibilidades, preferências, disposições, mudam com o tempo. Sofremos menores ou maiores transformações a cada momento existencial."
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"Certa vez (o Mestre dos Mestres) disse: 'Não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, basta ao presente o seu próprio mal' (Mateus 6:34)." E mais adiante:"Jesus sonhava em gerar pessoas livres e tranquilas diante de um Pai dócil e pacífico, e não pessoas atemorizadas diante de um Deus julgador e castrador."
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Falando das dívidas existenciais contraídas no teatro da vida: "O que estamos devendo? Devemos amor, gratidão, gentileza, paciência, solidariedade, afeto, compreensão e muito mais."
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"Aprender a agradecer tudo o que temos é uma forma excelente de cuidar carinhosamente da saúde psíquica. Hoje é tempo de agradecer a nossos pais, a nossos filhos, à pessoa amada e aos amigos. Agradecer o carinho, o afeto e a dedicação, dizer que eles fazem toda a diferença em nossas vidas. Quem não sabe agradecer não sabe saldar as dívidas de amor consigo mesmo e com os outros."
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"Mais uma vez repito, para que o leitor fique atento: nos primeiros 30 segundos depois dos focos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas. O eu tem de ser treinado, desde a mais tenra infância, a fazer a oração dos sábios - o silêncio - nesses momentos e desenvolver a nobre arte de pensar antes de reagir. Caso contrário, perderá o controle e deixará um rastro de dor em sua história."
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"Muitas gerações se passaram na história da humanidade. Crianças brincaram, correram, jogaram, admiraram as borboletas, sentiram a suavidade da brisa que as tocava. Adolescentes sonharam, viveram aventuras, questionaram regras sociais, e, sob o calor da explosão hormonal, amaram intensamente a vida. Adultos desenvolveram projetos, batalharam, buscaram um lugar de destaque no palco da vida. Idosos beberam os últimos goles da existência como se ela fosse inesgotável. Onde estão as pessoas das gerações passadas? Não se ouve mais o eco daquelas crianças, nem a efervescência emocional dos jovens, nem a ebulição do intelecto dos adultos, nem os sussurros das experiências dos idosos. Eles se foram inexoravelmente. A maioria partiu sem deixar vestígio."
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E finaliza assim sua obra: "Parafraseando o Sermão da Montanha, bem-aventurados os que não se auto-abandonam, os que têm ricos encontros com o seu próprio ser, pois deles é o reino da serenidade, e do prazer de viver. Felizes os que humildemente olham para o espelho da sua psique, que descobrem que não são deuses, que procuram superar a necessidade doentia de poder, de controlar os outros, de se fixar em preocupações, pois deles é o sabor inefável da liberdade e o paladar inexprimível da sabedoria."
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