quinta-feira, 23 de julho de 2020

457 - O Messias

457  - O  Messias

Ele veio! Poderia ter sido de muitas outras formas. O Pai, Todo-poderoso, resolveu colocá-Lo numa família. Não uma família imperfeita como a nossa; mas uma família santa: a Sagrada Família de Nazaré. Ele veio, porque precisava vir! Veio: era de extrema necessidade a sua vinda! Não mais "olho-por-olho, dente-por-dente" - mas o Perdão, o Amor, a Paz! 

E na humildade de uma Gruta de Belém, tendo por primeiro berço, uma simples manjedoura, Seu sorriso encantou aos pastores, assustados ao verem a Estrela! Avisado por Deus, ainda de noite, o Justo José, toma a Mãe e o Menino e parte com Eles para o Egito, pois o rei queria matá-Lo, temendo Aquele que diziam ser o Rei dos Judeus!  E por lá ficaram até a morte do maldoso rei!

Na pequena Nazaré, após o retorno do Egito, cresceu o Menino, recebendo todos os cuidados que uma criança requisita e merece. Viveu Sua infância, feliz, inserido numa comunidade de irmãos que se respeitam, que caminham juntos, que tudo fazem para que a paz aconteça.

Todos os anos iam a Jerusalém. Formavam enormes caravanas para que as viagens se tornassem menos cansativas e mais seguras. Enquanto os homens iam na frente, falando certamente de plantios e colheitas, de família e da vida cotidiana, as mulheres caminhavam atrás, tricotando assuntos que lhes diziam respeito. E as crianças entre os dois grupos, com seus folguedos e brincadeiras infantis.

Era uma rotina agradável que os alegrava muito. Começavam a se preparar, com bastante antecedência e ansiedade, planejando tudo o que deveriam levar para a grande viagem. Estar num templo grandioso em Jerusalém, certamente não era o mesmo que participar todos os sábados de um encontro na sinagoga. Era muito diferente, muito mais emocionante! Mas os mesmos textos eram lidos e comentados, seja falando do povo de Deus, seja profetizando sobre o Messias prometido.

E foi nesse ambiente que Ele cresceu. Maria sabia quem era Ele pelas palavras do Anjo. José também o sabia, pelo mesmo motivo. Mas os outros não, a não ser Isabel, após a feliz visita ao precursor, que estava por nascer. Porém, os judeus, que liam e analisavam as Escrituras, esperavam ainda, pelo Messias. Numa dessas viagens a Jerusalém, o Menino não volta na caravana dos Pais, porque queria, de certa forma, Se manifestar aos mestres da Lei, com Suas ideias brilhantes que os deixaram boquiabertos, ao verem tanta sabedoria, numa criança de doze anos; os Pais voltam apavorados para buscá-Lo e O arrebatam daquele ambiente hostil!

E assim, o Menino foi crescendo entre os demais. Levava uma vida normal em família, ajudando a Mãe, aprendendo o ofício de carpinteiro com José, Seu pai adotivo. Este falece e Sua responsabilidade se torna maior, como a única figura masculina na humilde casinha de Nazaré.

Aos trinta anos, é batizado pelo primo João, o Batista, nas águas do Rio Jordão e começa então a Sua missão. Sem revelar a princípio, a que veio, começa a arrebanhar discípulos a partir de Suas palavras e atos que cativavam a todos, após um período difícil de quarenta dias no deserto, a que Se submeteu, voluntariamente.

Apesar de tantos sinais, coisa bem diferente de tudo o que haviam visto até então, muitos judeus não acreditaram na Sua divindade, preferindo considerá-Lo apenas um profeta a mais. Por mais que Ele fizesse e dissesse, autoridades políticas e eclesiais se recusaram a acreditar em Sua natureza divina, preferindo falar de blasfêmia, quando Ele o dizia abertamente. E por isto O condenaram à morte; morte terrível, que conhecemos!

A ressurreição trouxe novo e definitivo ânimo aos discípulos, que há muito O acompanhavam. E a Mãe Maria pôde então falar abertamente a eles, sobre os planos de Salvação da Humanidade, sendo Ela, o suporte seguro dos apóstolos e demais discípulos, na força de que a  Igreja nascente necessitava,  Igreja fundada por Ele e duramente perseguida até o ano trezentos e treze, com a conversão  do imperador Constantino, ao Cristianismo. 

A promessa, que para nós ficou, é de que Ele irá voltar. Por isto, repetimos em todas as celebrações Eucarísticas: "Vinde, Senhor Jesus!" E acreditamos sinceramente que Sua vinda está próxima. Não sabemos quando, nem como será, mas cremos em Suas palavras e sabemos que esse dia vai chegar. Aguardemos, confiantes, preparando-nos para recebê-Lo!
(Celina  -  21/07/2020)

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