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- POESIA E PROSA!
Achei
bem poética a introdução à celebração, feita pelo sacerdote hoje: "Passada
a poesia das comemorações, voltemos à prosa da vida”!!!
Bonito
isto! Muito bonito! Um tempo de grandes festas, de viagens há muito
programadas, um tempo festivo com visitas em casa, muitas celebrações
magníficas na Igreja, onde há belas músicas, sorrisos, cumprimentos, euforia...
Isto dura alguns dias! São momentos bons - mas logo se vão! E voltamos à rotina
de uma vida que comemora e agradece o ano que se foi, e que fica na expectativa
de novos acontecimentos, nesses trezentos e sessenta e cinco dias que nos são
oferecidos agora.
Sabemos
que alguns de nós não os viverão, aqui na terra, na sua totalidade, com
certeza! Porque terão sua vida ceifada, antes que as cortinas desse ano, que chamamos
de novo, se fechem e cedam espaço a um outro ano!
Assim,
vivendo toda a prosa da vida, quando este "Ano Novo" se tornar velho,
façamos o possível para continuarmos com as alegrias e o vigor desses
dias que vivenciamos e que já estão começando a dizer adeus. A vida está
voltando ao normal.
Porém,
a nossa prosa diária, pode ser também bem poética! É possível que haja poesia
em tudo que fazemos; basta querermos que assim seja! Basta-nos conservar o sorriso,
a boa vontade, o interesse por tudo aquilo que nos é dado vivenciar, o
interesse pelo entorno, deixar de olhar apenas para o nosso umbigo - e procurar
ver também aqueles que nos rodeiam e, quem sabe, estão necessitando de um
sorriso, de um aconselhamento, de uma mão amiga, de uma ajuda, até mesmo
financeira, que muitas vezes perdemos a oportunidade de fazê-lo. Quando a nós
vem alguma aversão por aqueles que pedem - principalmente quando há críticas
por parte de familiares sobre aquilo que achamos correto fazer - sempre me vem
um pensamento consolador, que preciso ter a coragem de dizer aos que assim
procedem: “É melhor estar entre aqueles que têm para dar, que entre os que
estão a pedir”.
É
preciso estar sempre de bem com a vida para que a nossa prosa diária seja
revestida da ternura poética de um Deus que cuida da criação com o carinho de
um Pai, que compreende, que incentiva, que perdoa, que ama!
Que
nós possamos enxergar com os olhos do Criador, as alegrias poéticas de cada
amanhecer, para que ao longo do dia, a prosa necessária seja mais leve, mais
terna e benfazeja. Que essa nossa atitude possa tornar mais agradável, a vida
de todos os que nos rodeiam.
(Sete
Lagoas, janeiro de 2017)
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