segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

275 - "AMORIS LAETITIA"

275 - "AMORIS LAETITIA"

Adquiri um exemplar do Documento "Amoris Laetitia" - a alegria do Amor -  do Papa Francisco - exortação apostólica pós-sinodal, sobre o amor na família. Gostei muito e resolvi presentear filha e noras, esperando que encontrem um tempinho para saborear o que a Igreja considera Amor na Família.

Nesses trezentos e vinte e cinco parágrafos, quanta coisa boa! Marquei muitas partes que considerei bem fortes e selecionei alguns fragmentos para colocar na dedicatória. Vale a pena conhecer o documento, analisando o que o clero considera importante com relação ao sacramento do matrimônio e o amor na família. Veja alguns exemplos:

Nº 131: “ Casar-se é uma maneira de exprimir que realmente se abandonou o ninho materno, para tecer outros laços fortes e assumir uma nova responsabilidade perante outra pessoa.”
Nº 123: “... os filhos querem não só que os pais se amem, mas também que sejam fiéis e permaneçam sempre juntos”.
Nº 161: “... cada cônjuge torna-se ‘uma só carne’ com o outro e oferece a si mesmo para partilhar tudo com ele até o fim”.
Nº 163: “É o companheiro no caminho da vida, com quem se pode enfrentar as dificuldades e gozar das coisas lindas”.
Nº 174: “Queridas mães, obrigado, obrigado por aquilo que sois na família e pelo que dais à Igreja e ao mundo”.
Nº 175: “... a figura do pai ajuda a perceber os limites da realidade, caracterizando-se mais pela orientação, pela saída pelo mundo mais amplo e rico de desafios, pelo convite a esforçar-se e lutar”.
Nº  91: “Uma pessoa mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir”.
Nº 207: “... não é o muito saber que enche e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear interiormente as coisas”.
Nº 217: “... só se podem casar aqueles que se escolhem livremente e se amam”.
Nº 222: “É necessário salientar sempre que os filhos constituem um dom maravilhoso de Deus, uma alegria para os pais e para a Igreja. É através deles que o Senhor renova o mundo”.
Nº 126: “ No matrimônio, convém cuidar da alegria do amor”.
Nº 325: “Avancemos famílias; continuemos a caminhar!”
E muito mais:   278: autismo tecnológico
                          279: catequese de iniciação
                          280: educação sexual...
Poderíamos colocar aqui, tantas outras citações, mas... vamos descobrindo tesouros, à medida que lemos! Boa leitura, boa vivência da alegria em família!

***
 Se você tiver a oportunidade de conhecê-lo digo que vale a pena para uma tomada de consciência dos valores e atitudes que possam nortear a vida em comunhão, para que possamos encher as talhas com as bênçãos de Deus, pois, sabemos, a vida a dois - ou a mais de dois – pode ser maravilhosa, mas se a gente não tomar cuidado, com o passar dos tempos, adquire uma direção contrária  aos objetivos iniciais; e é uma pena, porque muitas vezes se chega a uma situação irreversível e quando se acorda para a vida, pode ser tarde demais. Que não cheguemos a isto! E, como diz o texto, “É o caminho de se construir dia após dia – 164”


(Sete Lagoas, janeiro de 2017

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

274 - IMEDIATAMENTE!

274 - IMEDIATAMENTE!

Como seria bom se a gente pudesse responder sempre prontamente ao sermos solicitados, como aqueles dois que - imediatamente! - deixaram as redes e seguiram Jesus, que ainda não conheciam e por isto, ainda não o chamavam Mestre!

André estava lá, com suas redes... Jesus passou e o chamou. Ele, imediatamente, largou as redes e o acompanhou. O mesmo aconteceu com Pedro, seu irmão. Eles se foram, seguiram Jesus! Não sabiam pra onde, não sabiam ainda o que teriam que fazer. E Jesus chama outros dois irmãos, também pescadores... E continua o seu importante chamado...

Passando um dia à frente da coletoria de impostos lá viu Levi, olhou-o e disse apenas: "Segue-me!"  Ele, Levi, imediatamente se levantou e seguiu-o. E Jesus foi comer com ele, incomodando as más línguas: "Ele come com pecadores; come com cobradores de impostos; isto que aqui temos é dinheiro sujo, é roubado”... Mas Jesus, conhecendo a maldade de seus corações, disse apenas: "São os doentes que precisam de médicos, não os sadios”!

E Ele continuou a chamá-los, assim como nos chama hoje.  Será que temos a coragem de seguir Jesus?... Será que somos capazes de anunciá-lo a todos, principalmente "aos mais pequeninos"?

Será que temos a disposição de deixar - imediatamente! - as nossas redes materiais, para sermos, como Ele quer, "pescadores de homens”?... Tenhamos nós, o discernimento necessário para participarmos dessa estranha pesca?... Ou estamos, como os outros, julgando as más ações do irmão e nos esquecendo das nossas próprias ações?...

Pois Ele disse: "Não julgueis e não sereis julgados".  Quem somos nós para fazermos julgamento? Quem pode dizer: “este ou aquele não será salvo”, se a misericórdia de Deus é infinita, se seu amor pela humanidade é enorme e, até na última hora, se o pecador se mostra arrependido, se se arrepende sinceramente de todas as palavras ruins proferidas, de todas as suas más ações, se lhe é dado um tempo para relembrar seus pecados e se arrepender, ele certamente alcançará a salvação.

Portanto, antes de julgarmos o outro, cujo coração não nos é concedido sondar, julguemo-nos a nós mesmos, pensemos em nosso modo de ser e de viver, e procuremos conhecer  Jesus, as verdades que Ele veio pregar, e o seu amor, que excede toda a ciência; assim, embasados nas suas santas palavras, através da Bíblia Sagrada e do Catecismo da Igreja Católica, seremos, também nós, pescadores de homens, e por que não?...

Falemos de Jesus, este Jesus que nasceu de Maria, pequenino na manjedoura; que cresceu, estudou, trabalhou, sorriu, amou e fez tantas coisas boas, testemunhadas pelos amigos e inimigos, seus conterrâneos;  podemos fazer boas ações também.


(Sete Lagoas, 15/01/17) 

sábado, 14 de janeiro de 2017

273 - POESIA E PROSA!

273 - POESIA E PROSA!

Achei bem poética a introdução à celebração, feita pelo sacerdote hoje: "Passada a poesia das comemorações, voltemos à prosa da vida”!!!

Bonito isto! Muito bonito! Um tempo de grandes festas, de viagens há muito programadas, um tempo festivo com visitas em casa, muitas celebrações magníficas na Igreja, onde há belas músicas, sorrisos, cumprimentos, euforia... Isto dura alguns dias! São momentos bons - mas logo se vão! E voltamos à rotina de uma vida que comemora e agradece o ano que se foi, e que fica na expectativa de novos acontecimentos, nesses trezentos e sessenta e cinco dias que nos são oferecidos agora.

Sabemos que alguns de nós não os viverão, aqui na terra, na sua totalidade, com certeza! Porque terão sua vida ceifada, antes que as cortinas desse ano, que chamamos de novo, se fechem e cedam espaço a um outro ano!

Assim, vivendo toda a prosa da vida, quando este "Ano Novo" se tornar velho, façamos o possível para continuarmos com  as alegrias e o vigor desses dias que vivenciamos e que já estão começando a dizer adeus. A vida está voltando ao normal.

Porém, a nossa prosa diária, pode ser também bem poética! É possível que haja poesia em tudo que fazemos; basta querermos que assim seja! Basta-nos conservar o sorriso, a boa vontade, o interesse por tudo aquilo que nos é dado vivenciar, o interesse pelo entorno, deixar de olhar apenas para o nosso umbigo - e procurar ver também aqueles que nos rodeiam e, quem sabe, estão necessitando de um sorriso, de um aconselhamento, de uma mão amiga, de uma ajuda, até mesmo financeira, que muitas vezes perdemos a oportunidade de fazê-lo. Quando a nós vem alguma aversão por aqueles que pedem - principalmente quando há críticas por parte de familiares sobre aquilo que achamos correto fazer - sempre me vem um pensamento consolador, que preciso ter a coragem de dizer aos que assim procedem: “É melhor estar entre aqueles que têm para dar, que entre os que estão a pedir”.

É preciso estar sempre de bem com a vida para que a nossa prosa diária seja revestida da ternura poética de um Deus que cuida da criação com o carinho de um Pai, que compreende, que incentiva, que perdoa, que ama!

Que nós possamos enxergar com os olhos do Criador, as alegrias poéticas de cada amanhecer, para que ao longo do dia, a prosa necessária seja mais leve, mais terna e benfazeja. Que essa nossa atitude possa tornar mais agradável, a vida de todos os que nos rodeiam.

(Sete Lagoas, janeiro de 2017)

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

272 - PACIÊNCIA, FÉ E OBEDIÊNCIA!


272 - PACIÊNCIA, FÉ E OBEDIÊNCIA!

Hoje comemoramos na Igreja Católica,  a Sagrada Família de Nazaré e a reflexão maior foi sobre a pessoa de São José, o Justo. E eu fico impressionada com a paciência e a fé daquele homem! Há muito, aprendi a rezar assim: "Meu  Glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, o Anjo não vos valeu? Valei-me São José!"

Como ele acreditava nas palavras do Anjo! Ouvia a ordem - e executava! E foi assim quando o Anjo lhe disse: “Não temas receber Maria por tua esposa, pois o que nela foi concebido, foi por obra do Espírito Santo!" Ele acreditou, deixou tudo e foi falar com Maria!

E você pensa que ele via o Anjo?... Não! Era quando estava dormindo! Sonhava, o Anjo dizia. E ele acreditava! Era uma fé inabalável!

E foi assim quando, após o nascimento do Menino, depois que os Reis Magos se foram, lá vem o Anjo de novo, dizendo-lhe que tomasse o Menino e sua Mãe e fosse com eles para o Egito porque Herodes queria matá-lo.

E lá vão eles, no seu jumentinho, rumo ao Egito. Mais uma vez, o Anjo apareceu-lhe em sonhos. Falou - e ele acreditou! E começou tudo de novo, em terras estranhas. Não é fantástico? Será que a gente acreditaria?...

E mais uma vez, lá vem o Anjo: “Toma o Menino e sua Mãe e volta para a tua terra porque aquele que queria matá-lo, já não vive!"

Nessa altura dos acontecimentos, já não havia nenhuma dúvida de que Deus protegia realmente Seu Filho, e a família que O recebeu aqui na  terra. O paciente José nunca duvidou, mas, segundo as Escrituras Sagradas, ele jamais viu o Anjo do Senhor: aí está seu exemplo de fé inabalável. Porque se visse realmente o Anjo, ali na sua frente a lhe dizer todas essas coisas, seria muito tranquilo e confiável. Mas, dormindo, ele aparecia e lhe dizia o que devia fazer. Ao acordar... onde estava aquele mensageiro de Deus, que lhe dirigia as palavras?... Não é grande a sua fé? Porque fé é exatamente isto: ver o que não vemos com nossos olhos carnais!

E lá vem a Família de Nazaré, de volta justamente para aquele pedaço de chão onde o Anjo havia falado a José, pela vez primeira. E ali, na simplicidade de uma vida de carpinteiro, protegido e orientado na terra por Maria e José, o grande Menino “crescia em sabedoria, idade e graça, diante de Deus e dos homens”...

Acho lindo tudo isto e peço a Deus que os pais tenham a paciência indiscutível, a fé inabalável e o amor incondicional do Pai adotivo de Jesus!


(Sete Lagoas, dezembro de 2016)