434 - Saldo de Orações
Pensei nisto - saldo de Orações! Falo assim, por diversas situações, mas, principalmente, pelo fato que relato agora, o qual considerei pra mim mesma, um grande livramento. E senti a presença de Deus em minha vida. Já faz algum tempo!... Relutei muito para citar este fato, mas hoje senti vontade de fazê-lo, para que possamos estar atentos aos acontecimentos.
Já falei em trabalhos anteriores, sobre bênçãos e livramentos. Por diversas vezes, falei em se prestar atenção aos sinais de Deus. Desde o amanhecer, ao se poder levantar e caminhar, e fazer tantas obras durante todo o dia, e voltar para o leito à noite, num merecido repouso, sempre louvar a Deus! Louvar o nosso Criador nas pequenas coisas do cotidiano, demonstrar-Lhe gratidão por cada momento que se vive, é uma alegria tão grande, que a gente sente a sintonia deste Ser Superior com as simples criaturas que somos nós.
Era domingo! Fui à Missa bem cedo, como sempre. Ao chegar em casa, deixei o carro na rua, porque daí a pouco, eu iria para uma ginástica no Clube, um tempo que eu tirava para cuidar do físico, após ter cuidado com muito carinho, da parte espiritual.
Entrei, fiz café para deixar para meu esposo, caso ele se levantasse antes de eu voltar do clube. Comi também alguma coisa e saí. Ao chegar à rua para entrar no carro, vi um vizinho no portão da casa dele, cumprimentei-o e lá fui eu. Mais de uma hora depois, eu retorno para tomar um bom banho e dar início às tarefas do dia.
Cheguei, abri o portão da garagem, entrei, fechei-o, e fui pegar a chave para entrar em casa. Ponho, até sem olhar, a mão onde sempre a colocava: não estava lá! Assustada, comecei a procurá-la; onde teria caído? Procurei pra todo lado, já muito assustada, porque havia trancado a porta antes de sair e não entrara com ela no clube, claro! E como é que ela não estava no lugar onde sempre a colocava?... Era um pequeno espaço retangular onde ficava - e estava lá - um terço que um amigo trouxera da Polônia, com a Medalha de São João Paulo ll, na época, ainda Beato.
Apavorada, abri a porta do carro e acionei o alarme, desencantada da vida, sem saber o que fazer, sem a minha chave para entrar na minha casa! Desesperada!
Ergui os olhos e, brilhando, no meio exato da rua, no asfalto quente de um sol de meio dia, ela - a minha penca de chaves! Abri o carro novamente, a toda pressa, como se, se eu demorasse, alguém pudesse pegá-la, ali naquele lugar! Peguei o controle, abri o portão da garagem apressadamente, sem fôlego - e fui pegar a chave! Mal podia acreditar! Havia nela um chaveiro que uma amiga me dera, com uma medalha de Santa Paulina, cuja argolinha que a ligava aos outros, estava aberta; talvez um carro tenha passado por cima dela. Ainda sem fôlego, peguei avidamente os três: medalha, argolinha e chaves - e voltei para a garagem, fechando o portão.
Levei muito tempo para abrir a porta, a cismar, com as chaves nas mãos. Ali estavam três chaves: a do portão de entrada, e as das duas portas da frente, além de um outro chaveiro inox, em forma de coração, com o meu nome gravado, bem bonito - um presente de uma professora de Ensino Religioso, quando eu trabalhava na E. E. Dr. Ulisses Vasconcelos. Como pudera ficar ali, durante tanto tempo, no meio da rua, brilhando ao sol, uma penca tão grande de chaves, e não ser encontrada por ninguém? Certamente, caíra de minhas mãos que levavam chave do carro, a carteirinha do clube, garrafinha de água, controle do portão e talvez até outras coisas mais...
Não! Não abri a porta logo. Precisava respirar! Se um vizinho a encontrasse iria certamente bater a campainha e acordar meu esposo para entregar as chaves - e aí, eu sei a bronca que eu iria levar, duplamente! Mas, isto, com certeza, não seria o pior! Se uma pessoa, que não fosse do bem, a encontrasse, poderia perguntar maldosamente, a algum vizinho: "Onde mora Celina?" - porque o nome estava no chaveiro - daria certamente, uma volta pelo quarteirão, entraria depois na casa - poderia até escolher uma das duas portas! - e sobre a mesa, ali estava a minha bolsa com dinheiro, documentos e todos os cartões!
Só de pensar nisto, me dava calafrios. E só aí pude lembrar de rezar e agradecer ao Bom Deus, por ter me livrado de uma enorme encrenca. E pensei no "Saldo de Orações" - a gente reza o dia todo! A gente procura estar sempre em sintonia com Ele! Porque, no momento do desespero, até aquela hora, eu não havia pronunciado uma única Ave-Maria!
Só de lembrar, estou em prantos, porque estas coisas mexem muito comigo! Começo a me lembrar de tantas outras situações de livramento na minha vida e na de nossos filhos. Só consigo dizer agora, com carinhoso fervor: MEU DEUS, MUITO OBRIGADA!
Apavorada, abri a porta do carro e acionei o alarme, desencantada da vida, sem saber o que fazer, sem a minha chave para entrar na minha casa! Desesperada!
Ergui os olhos e, brilhando, no meio exato da rua, no asfalto quente de um sol de meio dia, ela - a minha penca de chaves! Abri o carro novamente, a toda pressa, como se, se eu demorasse, alguém pudesse pegá-la, ali naquele lugar! Peguei o controle, abri o portão da garagem apressadamente, sem fôlego - e fui pegar a chave! Mal podia acreditar! Havia nela um chaveiro que uma amiga me dera, com uma medalha de Santa Paulina, cuja argolinha que a ligava aos outros, estava aberta; talvez um carro tenha passado por cima dela. Ainda sem fôlego, peguei avidamente os três: medalha, argolinha e chaves - e voltei para a garagem, fechando o portão.
Levei muito tempo para abrir a porta, a cismar, com as chaves nas mãos. Ali estavam três chaves: a do portão de entrada, e as das duas portas da frente, além de um outro chaveiro inox, em forma de coração, com o meu nome gravado, bem bonito - um presente de uma professora de Ensino Religioso, quando eu trabalhava na E. E. Dr. Ulisses Vasconcelos. Como pudera ficar ali, durante tanto tempo, no meio da rua, brilhando ao sol, uma penca tão grande de chaves, e não ser encontrada por ninguém? Certamente, caíra de minhas mãos que levavam chave do carro, a carteirinha do clube, garrafinha de água, controle do portão e talvez até outras coisas mais...
Não! Não abri a porta logo. Precisava respirar! Se um vizinho a encontrasse iria certamente bater a campainha e acordar meu esposo para entregar as chaves - e aí, eu sei a bronca que eu iria levar, duplamente! Mas, isto, com certeza, não seria o pior! Se uma pessoa, que não fosse do bem, a encontrasse, poderia perguntar maldosamente, a algum vizinho: "Onde mora Celina?" - porque o nome estava no chaveiro - daria certamente, uma volta pelo quarteirão, entraria depois na casa - poderia até escolher uma das duas portas! - e sobre a mesa, ali estava a minha bolsa com dinheiro, documentos e todos os cartões!
Só de pensar nisto, me dava calafrios. E só aí pude lembrar de rezar e agradecer ao Bom Deus, por ter me livrado de uma enorme encrenca. E pensei no "Saldo de Orações" - a gente reza o dia todo! A gente procura estar sempre em sintonia com Ele! Porque, no momento do desespero, até aquela hora, eu não havia pronunciado uma única Ave-Maria!
Só de lembrar, estou em prantos, porque estas coisas mexem muito comigo! Começo a me lembrar de tantas outras situações de livramento na minha vida e na de nossos filhos. Só consigo dizer agora, com carinhoso fervor: MEU DEUS, MUITO OBRIGADA!
(Celina - 16/abril/2020)
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