383 - Alguém Cuidou de Mim!
Eu estou aqui! E já vivi boas décadas! Estou aqui porque alguém cuidou de mim. Seria bom se a gente pensasse nisto todos os dias, quando há alguém sob nossa responsabilidade para cuidarmos. Não seria bem interessante? Lembrar do quanto alguém teve que se desfazer de seus projetos, abrir mão de seus sonhos, deixar seu lazer ou horas de descanso, pelos cuidados que precisou ter com a gente! Porque se ninguém cuidasse de nós, com toda certeza, não estaríamos aqui, neste momento.
O ser humano é o que mais precisa de cuidados ao nascer. Totalmente indefeso e impotente, ele jamais sobreviveria por si mesmo. E é um cuidado grande, enorme! Dos pais, de avós, parentes, vizinhos, babás, empregadas domésticas, professores... e por aí vai! E é durante muito tempo mesmo, mas principalmente na primeira infância! Como um recém-nascido requer cuidados! E a preocupação é grande! O medo de não cuidar direito... O desejo ardente de fazer o melhor possível para aquela criaturinha que acaba de chegar...
Os meninos - Lucas e Arthur - riram muito quando eu falei do caçulinha - recém-nascido, recém-chegado, aquela coisinha de nada, enrolada em panos! Quando eu cheguei com ele do hospital, o Júnior completaria três anos, dali a três dias. Ao vê-lo no meu colo, ele saiu em disparada, em gargalhadas, e foi, e voltou, e foi de novo, correndo pelos corredores, da sala para o interior da casa, e daí de novo para a sala, numa correria estranha, uma risada nervosa, um procedimento totalmente inédito, ele que era muito calmo, calado, não tinha o hábito de gargalhar assim! Ele, que sabia da gravidez, sabia do nascimento de um irmãozinho e quando fui para o hospital, ele sabia que eu voltaria com o bebê no colo. Por isto, não entendemos tal comportamento.
Depois de algum tempo, quando conseguiu se situar, ele brincava com o irmãozinho no bercinho, mas tinha o hábito de tirar seus dedinhos, quando ele segurava na borda, para fazê-lo cair. E aí, rolava de rir. Hoje são grandes amigos, desde a adolescência, inseparáveis! Porém , o caçulinha passou certos apertos com ele, chegando a pronunciar uma frase inteira, antes de proferir qualquer palavra. No momento da amamentação, ele bem inquieto, de repente grita nitidamente: "Ai, meu dedim!" Olhei para o Júnior que ria e apertava o dedinho mindinho do pobre coitado, até deixar marcas profundas no mesmo! Brigar??? Não!!! Ele não sabia o que fazia. Como Jesus, dizer apenas: " Perdoai-lhe porque não sabe o que faz!"
Precocemente falou e parece ser precoce em tudo na vida! Este é o Wálmisson que conhecemos, como diz sempre a vizinha: "Só alegria!!!"
(Celina - 21/07/19)
Exatamente: "Só Alegria!!!'
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