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- DIAS ESPECIAIS!
Presente
especial - é todo dia que nos é concedido viver, pela graça de Deus! - eu penso
assim. Mas, como diz um amigo nosso, há dias mais especiais que outros! Assim
foi o final de semana que passou. Esplendoroso! Mais pelo fato de estarmos
juntos, que propriamente, pelo local onde nos encontrávamos.
Porém,
mesmo pensando assim, sou obrigada a reconhecer: que lugar!!! Parece um sonho!
Tanto pelas construções faraônicas, como pela natureza exuberante!
Ontem
levantamos cedinho - meu esposo e eu - e saímos para uma voltinha pelo local.
Que maravilha! Árvores gigantescas, cupinzeiros gigantes, bambus verdes e
amarelos, enormes, tanto no comprimento como na espessura, um laguinho natural,
pássaros esvoaçantes - tudo muito lindo!
Duas
coisas, em flora e fauna, nos chamaram a atenção. Conhecemos as
quaresmeiras, já vimos várias; porém, daquele tamanho... Mostrou-nos, com todas
as letras, o esforço pela sobrevivência! Como nascera em meio a árvores imensas, com copas
enormes, muito fechadas, aquela quaresmeira foi crescendo, crescendo, até
conseguir ultrapassar todas elas – e florescer! Acima de todas! Lá no alto! A princípio,
observando de longe, nem acreditávamos ser uma quaresmeira. Pensamos que talvez fosse um
ipê roxo; mas também, não parecia sê-lo.
Ao chegarmos mais próximo, constatamos se tratar mesmo de uma espécie vencedora
que conseguiu se livrar de tanta sombra, e alcançar os raios solares, lá no alto, a quase
dez metros de altura, para abrir suas
flores, enfeitando o verde enorme da floresta.
E,
caminhando atentos, ouvimos um barulho grande que nos chamou a atenção: três
jacus - que lindos! - enormes, majestosos, desconfiados, a nos observar. Bem,
eu nunca havia visto um exemplar daqueles, assim, ao vivo e a cores, mas meu
esposo conhecia e foi ele quem disse que eram jacus, mas admirou-se do tamanho!
Entretanto,
o que me alegrou mesmo, sobremaneira, foi ouvir, antes dos primeiros raios de
sol, a gritaria das seriemas. Há quanto tempo não ouvia isto! Que saudades!
E
como cada pessoa tem uma visão diferente das coisas, comentando depois com
minha filha, ela disse, gracejando: “Deus me livre! Acordar a gente assim, de
madrugada?... Deu vontade de pegar o telefone e reclamar – Oi! Alguém aí! Pode
dar um tiro naquela seriema???”
Rimos
a valer! Mas eu estava feliz da vida! Lembrei-me de minha infância, lá longe, distante no tempo e no espaço, quando o grito
das seriemas era uma constante durante o dia todo. Saudades!
Só
uma coisa nos entristeceu: a quantidade enorme de erva-de-passarinho a tomar
conta de muitas árvores. É uma pena, pois na extensão em que se encontra a
situação, será difícil eliminá-la! E sabemos que ela prejudica muito as
plantas.
(Sete
Lagoas, 15/05/17 – segunda-feira)
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