sábado, 6 de maio de 2017

289 - CRIANÇA NÃO NAMORA"

289  –  “CRIANÇA NÃO NAMORA”

Muito bom encontrar artigos sobre assuntos nos quais a gente acredita e gostaria de escrever, de falar, de gritar em altos brados, esperando que alguém nos ouça, nos dê atenção e propague tais  ideias.

Foi assim que vi e li um interessante artigo, cujo título é o mesmo desta crônica. Mais feliz fiquei ao constatar que não se trata simplesmente do relato de uma pessoa, mas que tal assunto, tão importante, é um projeto da Secretaria de Estado de Assistência Social do  Governo do Amazonas. Quero dizer, é coisa realmente séria!

Feliz em saber que a campanha já tem um alcance enorme no mundo virtual e quero crer, sinceramente, que tem dado frutos no mundo real. Por isto, aproveito este espaço para trazer à discussão o referido assunto, parabenizando as pessoas que estão preocupadas com o mesmo. 

Quero louvar a Campanha “Criança não namora! Nem de brincadeira” e espero que haja mesmo uma grande receptividade por parte de, cada vez, maior número de pessoas e grupos responsáveis por uma infância feliz, na disseminação de tão importante conscientização.

Já é slogan bastante conhecido:  “Criança não é adulto em miniatura”; não devemos adultizá-las com nossas bobagens e incentivação precoce de uma vivência e atitudes que não são próprias de crianças. Sabemos que meninos e meninas têm demonstrações de amizade, de afetividade, mas que isto é muito diferente daquilo que os adultos vivenciam,  quando em propostas de namoro. É muito diferente! Por isto, adultos devem acompanhar os relacionamentos afetivos de suas crianças, mas jamais incentivá-las com assuntos que não lhes dizem respeito, como alguns pais, pouco esclarecidos, costumam fazer.

Com a campanha, relata o artigo, “a Seas vem  recebendo histórias de pais de outros Estados, sobre problemas associados aos relacionamentos infantis que ocorrem no ambiente escolar de seus filhos”. Cita o caso de uma mãe, da cidade do Rio de Janeiro, cuja filha, de apenas cinco anos, recebeu um pedido de casamento em cartão feito pela mãe de um amiguinho do colégio.

Parece brincadeira!  Alguém poderá dizer: “Que tem isto, não tem nada a ver, são coisas de crianças!” E por aí vai! Sim, crianças também têm preferências, gostam de ver coleguinhas bonitos, sorridentes, brincalhões, ficam felizes em curtir certas amizades, é normal sim; mas o adulto deve apenas ouvir, sorrir e deixar passar. Passa rápido! Nunca deve incentivar, levar o assunto muito além do que a criança pode pensar – ou suportar! São fases, passa logo.

Gente, por favor, vamos cuidar de nossas crianças! Criança É Criança! Que todas elas vivam realmente a infância.  Já é difícil livrá-las de tanta erotização que rola por aí... Juízo, pais! Incentivar, nunca!

(Sete Lagoas, 06/05/17) 

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