289 – “CRIANÇA
NÃO NAMORA”
Muito bom encontrar
artigos sobre assuntos nos quais a gente acredita e gostaria de escrever, de
falar, de gritar em altos brados, esperando que alguém nos ouça, nos dê atenção
e propague tais ideias.
Foi assim que vi e li
um interessante artigo, cujo título é o mesmo desta crônica. Mais feliz fiquei
ao constatar que não se trata simplesmente do relato de uma pessoa, mas que tal
assunto, tão importante, é um projeto da Secretaria de Estado de Assistência
Social do Governo do Amazonas. Quero
dizer, é coisa realmente séria!
Feliz em saber que a
campanha já tem um alcance enorme no mundo virtual e quero crer, sinceramente,
que tem dado frutos no mundo real. Por isto, aproveito este espaço para trazer
à discussão o referido assunto, parabenizando as pessoas que estão preocupadas com
o mesmo.
Quero louvar a Campanha “Criança não namora! Nem de brincadeira” e
espero que haja mesmo uma grande receptividade por parte de, cada vez, maior
número de pessoas e grupos responsáveis por uma infância feliz, na disseminação
de tão importante conscientização.
Já é slogan bastante
conhecido: “Criança não é adulto em
miniatura”; não devemos adultizá-las com nossas bobagens e incentivação precoce
de uma vivência e atitudes que não são próprias de crianças. Sabemos que
meninos e meninas têm demonstrações de amizade, de afetividade, mas que isto é
muito diferente daquilo que os adultos vivenciam, quando em propostas de namoro. É muito
diferente! Por isto, adultos devem acompanhar os relacionamentos afetivos de
suas crianças, mas jamais incentivá-las com assuntos que não lhes dizem
respeito, como alguns pais, pouco esclarecidos, costumam fazer.
Com a campanha, relata
o artigo, “a Seas vem recebendo
histórias de pais de outros Estados, sobre problemas associados aos
relacionamentos infantis que ocorrem no ambiente escolar de seus filhos”. Cita
o caso de uma mãe, da cidade do Rio de Janeiro, cuja filha, de apenas cinco
anos, recebeu um pedido de casamento em cartão feito pela mãe de um amiguinho
do colégio.
Parece brincadeira! Alguém poderá dizer: “Que tem isto, não tem
nada a ver, são coisas de crianças!” E por aí vai! Sim, crianças também têm
preferências, gostam de ver coleguinhas bonitos, sorridentes, brincalhões,
ficam felizes em curtir certas amizades, é normal sim; mas o adulto deve
apenas ouvir, sorrir e deixar passar. Passa rápido! Nunca deve incentivar,
levar o assunto muito além do que a criança pode pensar – ou suportar! São
fases, passa logo.
Gente, por favor, vamos
cuidar de nossas crianças! Criança É Criança! Que todas elas vivam realmente a
infância. Já é difícil livrá-las de
tanta erotização que rola por aí... Juízo, pais! Incentivar, nunca!
(Sete Lagoas,
06/05/17)
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