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- LUZ
É claro que preciso dos olhos para ver e, mais ainda,
possuir uma boa visão para enxergar bem, ver nitidamente tudo aquilo que me é
oferecido contemplar todos os dias.
Mas convido-o agora, meu leitor, a uma bela reflexão,
questionando: O que permite com que eu veja todas as coisas ao meu redor?... O
que é que tem a capacidade de tamanha façanha?...
Isso mesmo: a Luz! Sem ela, não se pode ver coisa alguma,
já pensou nisto?... Numa escuridão total, pode você conservar os olhos bem abertos,
totalmente arregalados, que não vai enxergar! Abertos ou fechados, será a mesma
coisa: seus olhos nada verão! Interessante!
Hoje, no Santuário da Adoração, pediram-me para fazer a
leitura, que está no início do livro do Gênesis: “No princípio Deus criou o céu
e a terra. A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e
o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: ‘Faça-se a luz!’ E a luz
se fez. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. E à luz Deus
chamou ‘dia’, e às trevas, ‘noite’.”
E mais adiante: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu
para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as épocas, os
dias e os anos e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra. (...).
E Deus viu que era bom.”
E aí, no Evangelho que refletimos ontem, Jesus está
dizendo: “Vós sois a luz do mundo.”. (...)
“Assim, (também) brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.
Percebeu?... Jesus havia falado aos discípulos sobre as
bem-aventuranças e aí aponta o caminho a seguir, qual seja, ser Luz na vida dos
irmãos; seguindo seus ensinamentos, e passando-os aos demais, eles seriam o que
é a luz para todos nós, clareando as mentes a respeito do universo, criado por
Deus, e da vida que se leva aqui na terra, durante o tempo que, por Ele, seja
permitido.
Reconheçamos ser mais fácil para os discípulos de Jesus,
que para nós, compreender esta linguagem - a metáfora da luz - porque ainda não
haviam descoberto a eletricidade e a escuridão era, por isto, muito mais
presente. Para afastá-la, contavam apenas com lampiões ou lamparinas, cuja
frágil luz era gerada pelo óleo, consumindo-se no pavio. Assim, segundo as
explicações do Mestre, os cristãos deveriam ser aqueles que, com seu testemunho
de fé, com suas boas ações, de acordo com as bem-aventuranças proclamadas, deveriam
orientar às comunidades, o modo de ser e de agir para não caminhar nas trevas,
mas nos caminhos iluminados, que Jesus propunha a todos. Assim o fazendo, eles
iriam se consumindo nesta missão, como o óleo, no pavio!
E os discípulos abraçaram a missão! Se, quando criou a
luz, Deus viu que era bom, os discípulos também perceberam que era muito bom
ser luz na vida dos irmãos! Esta Luz que
queremos tentar ser, seguindo os ensinamentos de Jesus!
(Sete
Lagoas, 06/02/17 - segunda-feira)
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