segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

278 - JULGAR OU AJUDAR???


278 - JULGAR OU AJUDAR???

Uma boa reflexão! Nem precisamos buscar no dicionário, pois todos conhecemos estes dois verbos; mas vale a pena conferir: “Julgar – decidir; resolver como juiz ou como árbitro; lavrar ou pronunciar sentenças; apreciar, avaliar, formar juízo a respeito de; formar conceito sobre alguém ou alguma coisa; pronominal: apreciar os próprios pensamentos palavras e obras”. “Ajudar – dar ajuda ou auxílio a, favorecer, socorrer; facilitar, promover; pronominal: aproveitar-se, valer-se”. (Dicionário Barsa)

Bem, deixemos de lado os pronominais, já que estamos falando do outro, e não, de nós mesmos. E a pergunta, para cada um de nós,  é: “Estou julgando ou procurando ajudar o meu irmão?”...

Toda vez que eu penso nas pessoas, no seu jeito de ser, suas palavras, suas ações, eu faço juízo a respeito do que é observado? Eu recrimino? Eu comento com outras pessoas, gerando fofoca ou participando ativamente de uma que chega a mim?... Então eu estou julgando – e não tenho o direito de fazer isto, já que o mesmo nada acrescentará ao que está sendo analisado.

Por outro lado, se eu observo bem e falo com a própria pessoa, na tentativa de uma possível correção, então eu estou ajudando e isto é uma atitude cristã. Fazer com que o outro analise suas palavras, seus atos, seu jeito de ser e, se possível, conseguir que ele mude o rumo de sua história, promovendo-o para um ser humano melhor, mais criativo, mais otimista, mais atuante positivamente, mais feliz no seu jeito de ser e de agir, isto é muito bom!

Estejamos atentos: julgar, simplesmente, elaborando, de forma precipitada,  um conceito, na maioria das vezes, inverídico, maldoso, cruel, de uma pessoa que nem conhecemos ainda, ou procurar conhecê-la melhor, aproximando-nos, no intuito de ajudá-la nas suas dificuldades?...

Pensemos nisto!  E procuremos nos policiar a cada instante de nossa vida: julgar ou ajudar? Com esse meu modo de pensar e de agir, estou sendo cruel no meu julgamento ou vou procurar ajudar ao meu irmão a ser uma pessoa melhor e mais feliz?

Já fui julgada, por três vezes, de forma totalmente equivocada, na minha vida familiar, profissional e afetiva e confesso que não foi uma tarefa simples, lidar com a situação. Foi difícil, machucou bastante; foram  dias sofridos, durante o período, mas saí ilesa, graças a Deus, porque rezei muito e coloquei nas mãos do Criador; considerei como uma provação que iria passar.  E passou! Estou em paz!

Quando eu me encontro ao pé da montanha, não sou capaz de avaliar a dimensão de sua beleza. É preciso que me afaste para contemplar todas as suas maravilhas; da mesma forma, com o passar dos tempos, a gente chega à feliz conclusão de que aquilo que parecia uma enorme tempestade, e que muitas vezes nos fez derramar rios de lágrimas, era apenas um trampolim para uma etapa muito melhor. Obrigada, Senhor, por nos fazer compreender, embora - muitas vezes - tardiamente, vossos planos de amor!


(Sábado, 11/02/17) 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

277 - LUZ

277 - LUZ

É claro que preciso dos olhos para ver e, mais ainda, possuir uma boa visão para enxergar bem, ver nitidamente tudo aquilo que me é oferecido contemplar todos os dias.

Mas convido-o agora, meu leitor, a uma bela reflexão, questionando: O que permite com que eu veja todas as coisas ao meu redor?... O que é que tem a capacidade de tamanha façanha?...

Isso mesmo: a Luz! Sem ela, não se pode ver coisa alguma, já pensou nisto?... Numa escuridão total,  pode você conservar os olhos bem abertos, totalmente arregalados, que não vai enxergar! Abertos ou fechados, será a mesma coisa: seus olhos nada verão! Interessante!

Hoje, no Santuário da Adoração, pediram-me para fazer a leitura, que está no início do livro do Gênesis: “No princípio Deus criou o céu e a terra. A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: ‘Faça-se a luz!’ E a luz se fez. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. E à luz Deus chamou ‘dia’, e às trevas, ‘noite’.”

E mais adiante: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as épocas, os dias e os anos e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra. (...). E Deus viu que era bom.”

E aí, no Evangelho que refletimos ontem, Jesus está dizendo: “Vós sois a luz do mundo.”. (...)  “Assim, (também) brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

Percebeu?... Jesus havia falado aos discípulos sobre as bem-aventuranças e aí aponta o caminho a seguir, qual seja, ser Luz na vida dos irmãos; seguindo seus ensinamentos, e passando-os aos demais, eles seriam o que é a luz para todos nós, clareando as mentes a respeito do universo, criado por Deus, e da vida que se leva aqui na terra, durante o tempo que, por Ele, seja permitido.

Reconheçamos ser mais fácil para os discípulos de Jesus, que para nós, compreender esta linguagem - a metáfora da luz - porque ainda não haviam descoberto a eletricidade e a escuridão era, por isto, muito mais presente. Para afastá-la, contavam apenas com lampiões ou lamparinas, cuja frágil luz era gerada pelo óleo, consumindo-se no pavio. Assim, segundo as explicações do Mestre, os cristãos deveriam ser aqueles que, com seu testemunho de fé, com suas boas ações, de acordo com as bem-aventuranças proclamadas, deveriam orientar às comunidades, o modo de ser e de agir para não caminhar nas trevas, mas nos caminhos iluminados, que Jesus propunha a todos. Assim o fazendo, eles iriam se consumindo nesta missão, como o óleo, no pavio!

E os discípulos abraçaram a missão! Se, quando criou a luz, Deus viu que era bom, os discípulos também perceberam que era muito bom ser luz na vida dos irmãos!  Esta Luz que queremos tentar ser, seguindo os ensinamentos de Jesus!


(Sete Lagoas, 06/02/17 - segunda-feira)

domingo, 5 de fevereiro de 2017

276 - SÓ UMA PITADINHA?...

276 - SÓ UMA PITADINHA?...

Nas receitas culinárias, encontramos frequentemente: "uma pitadinha de sal..." E aí, você segue a ordem - e já tempera! Mas, na vida humana, não é assim; cada um de nós é uma pitadinha de sal, e é preciso a junção de “muitas pitadinhas” para que o tempero seja completo! Porque não é o tempero de uma pequena receita, mas de uma humanidade inteira!

Como "uma andorinha só não faz verão", é necessário que haja união, para que o resultado seja bom. É preciso unidade de pensamento, ajuntamento de muitos, no enfrentamento das dificuldades,  e no regozijo do resultado do esforço conjunto, nas múltiplas situações.

Quando Jesus fala aos discípulos, usando esta metáfora lindíssima de ser sal da terra, ele os convida – e nos convida a nós - a um tempero completo, aquele que realmente faz a diferença; cristãos comprometidos, unidos, num esforço conjunto, de se fazer consumir nas boas práticas, nas boas ações, na doação em prol dos irmãos.

Gostei muito deste comentário, que nos questiona a todos: “ Mas, afinal, o quanto nós, cristãos, estamos fazendo a diferença? Como estamos encontrando sentido para o sofrimento, vivendo a alegria cristã de se doar pela mesma causa de Jesus e testemunhando ao mundo que isso dá sentido à vida? No final das contas, como estamos deixando este mundo mais gostoso para se viver?” (O DOMINGO - 5/2/2017)

É sim! O mundo pode ser melhor! A vida pode ser maravilhosa, apesar dos desafios – ou por causa deles! Porque viver é enfrentar problemas; e a solução dos mesmos é a nossa meta, comemorando, desde o início, as possíveis estradas a percorrer para a solução dos mesmos. E depois, no final, a análise criteriosa dos caminhos percorridos: o que foi bom, o que não o foi, o que poderia ter sido melhor; e, com certeza, a mudança de rumo, se necessário. É isto! Viver é isto! Enfrentamento! É realmente “não ter a vergonha de ser feliz”, seja qual for o resultado da busca. E, como nos ensina Pollyana, fazer uso do “jogo do contente”, sempre!

Difícil? Não! Filosofia de vida! Porque se a gente não faz isto, morre antes do tempo, esquecendo-se de cair, como afirma meu esposo!

Sejamos como o sal que se consome para dar um tempero melhor ao que se quer fazer bem. Assim, misturado aos demais ingredientes, pergunta-se: Onde está o sal?... Desapareceu?... Não! Apenas se escondeu, sentiu-se fundido, camuflado, dissolvendo-se para que, o que não era tão bom, se tornasse melhor.

Cristãos, sejamos sal na vida dos irmãos!!!

(Sete Lagoas, 05/02/17)