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- JULGAR OU AJUDAR???
Uma
boa reflexão! Nem precisamos buscar no dicionário, pois todos conhecemos estes
dois verbos; mas vale a pena conferir: “Julgar
– decidir; resolver como juiz ou como árbitro; lavrar ou pronunciar sentenças;
apreciar, avaliar, formar juízo a respeito de; formar conceito sobre alguém ou
alguma coisa; pronominal: apreciar os próprios pensamentos palavras e obras”. “Ajudar
– dar ajuda ou auxílio a, favorecer, socorrer; facilitar, promover; pronominal:
aproveitar-se, valer-se”. (Dicionário Barsa)
Bem,
deixemos de lado os pronominais, já que estamos falando do outro, e não, de nós
mesmos. E a pergunta, para cada um de nós,
é: “Estou julgando ou procurando ajudar o meu irmão?”...
Toda
vez que eu penso nas pessoas, no seu jeito de ser, suas palavras, suas ações, eu
faço juízo a respeito do que é observado? Eu recrimino? Eu comento com outras
pessoas, gerando fofoca ou participando ativamente de uma que chega a mim?...
Então eu estou julgando – e não tenho o direito de fazer isto, já que o mesmo
nada acrescentará ao que está sendo analisado.
Por
outro lado, se eu observo bem e falo com a própria pessoa, na tentativa de uma
possível correção, então eu estou ajudando e isto é uma atitude cristã. Fazer
com que o outro analise suas palavras, seus atos, seu jeito de ser e, se
possível, conseguir que ele mude o rumo de sua história, promovendo-o para um
ser humano melhor, mais criativo, mais otimista, mais atuante positivamente,
mais feliz no seu jeito de ser e de agir, isto é muito bom!
Estejamos
atentos: julgar, simplesmente, elaborando, de forma precipitada, um conceito, na maioria das vezes, inverídico,
maldoso, cruel, de uma pessoa que nem conhecemos ainda, ou procurar conhecê-la
melhor, aproximando-nos, no intuito de ajudá-la nas suas dificuldades?...
Pensemos
nisto! E procuremos nos policiar a cada
instante de nossa vida: julgar ou ajudar? Com esse meu modo de pensar e de
agir, estou sendo cruel no meu julgamento ou vou procurar ajudar ao meu irmão a
ser uma pessoa melhor e mais feliz?
Já
fui julgada, por três vezes, de forma totalmente equivocada, na minha vida
familiar, profissional e afetiva e confesso que não foi uma tarefa simples,
lidar com a situação. Foi difícil, machucou bastante; foram dias sofridos, durante o período, mas saí
ilesa, graças a Deus, porque rezei muito e coloquei nas mãos do Criador;
considerei como uma provação que iria passar. E passou! Estou em paz!
Quando
eu me encontro ao pé da montanha, não sou capaz de avaliar a dimensão de sua
beleza. É preciso que me afaste para contemplar todas as suas maravilhas; da
mesma forma, com o passar dos tempos, a gente chega à feliz conclusão de que
aquilo que parecia uma enorme tempestade, e que muitas vezes nos fez derramar
rios de lágrimas, era apenas um trampolim para uma etapa muito melhor.
Obrigada, Senhor, por nos fazer compreender, embora - muitas vezes -
tardiamente, vossos planos de amor!
(Sábado,
11/02/17)