quinta-feira, 4 de agosto de 2016

244 - ALEGRIA, ALEGRIA!

244 - ALEGRIA, ALEGRIA!

Nossa, Arthur! A semana inteira pra escrever esta crônica. Incrível como a vontade é grande - e o tempo, curto. Toda vez que pego o computador para fazê-lo, alguém me chama. E todos reclamam, se demoro a atender, mas  preciso desligá-lo devidamente. Aí grito: "Já vou!"... E sei que não dá pra voltar tão cedo! Assim é que estou acrescentando este inicio numa tentativa de justificar a demora, pois comecei a rabiscá-la no dia seguinte, tal era a alegria que me invadia ao saber que você estava iniciando seu processo de catequese. Mas o que desejo frisar hoje é que o dia trinta e um de julho, tão esperado, chegou, reinou e já se foi, mas vai ficar na memória.

Levantei-me muito cedo no domingo passado. Que dia maravilhoso, Arthur! Bem preparado pelas mensagens de whatsAap. (Você nem sabia, mas foi tudo organizado em torno do seu nome. Queríamos valorizar muito o evento.)

Às cinco da manhã, os legumes já estavam todos limpos, descascados, picados. Porque isto não poderia ser feito na véspera. Mas as duas postas enormes de salmão já haviam recebido, no dia anterior, um bom trato, eliminando-lhes as escamas e oferecendo-lhes uma passada de limão e um pouquinho de sal. Foram colocadas cuidadosamente em duas  panelas grandes, sobre rodelas de cebolas e pedacinhos de alho. Ali esperavam os legumes que iriam ornamentá-las. No final, tudo regado com um bom azeite e estava preparado o prato principal.

Depois foi a vez de preparar as frutas. Mesa mais ou menos organizada, saí para a Igreja, fiquei mais atrás na nave lateral, porque havia feito uns implantes dentários e não podia ficar conversando. Quietinha no meu canto, ouvi quando a Gabi gritou:  "Vovó!!! Vovó!!!  Achei a Vovó!" (Ai, meu Jesuscristim, já me acharam aqui!...) Mas sua mãe procurou distraí-la e voltar para onde estavam pois ela queria que eu a carregasse.

Terminada a celebração, vim rápido para organizar a mesa. Foi muito gratificante, receber todos aqui em casa para o café da manhã e depois, o almoço. Ter a família reunida em torno da mesa, pra mim, é o máximo! Todos se fartaram com as delícias do café, almoço e a sobremesa deliciosa que a Fernanda preparou; e ainda sobrou muita coisa para o dia seguinte, enriquecendo o macarrão que foi  feito na segunda-feira, à noite,  não é, Wálmisson? Uma panelada de macarrão com ovos e legumes que todos devoraram avidamente, com alegria.

Alegria!... Alegria nas coisas simples do cotidiano! Alegria do encontro, do estarmos juntos, do partilharmos momentos do tudo e do nada, simples assim! A vida pode mesmo ser bem simples: basta cada um cumprir o seu dever, respeitando-se mutuamente, colaborando uns com os outros, na medida do possível, e sempre que necessário. Obrigada, Senhor, por tantas bênçãos!

E como se tudo isto não bastasse, era o dia de rezar o terço da Mãe Rainha aqui em casa; e qual não foi minha alegria ao ter você, Arthur, rezando conosco e ficando com o terceiro mistério que era o que seu pai, na sua idade, mais gostava de rezar, nos nossos encontros em Diamantina! É muita bênção, meu Deus! Obrigada por tudo!

(Sete Lagoas, 04/08/16)

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