quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

213 - OU ISTO OU AQUILO

213 - OU ISTO OU AQUILO

Grande Cecília Meireles! "... Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!”
Escolhas... A vida é sempre feita de escolhas... E nem sempre o que escolhemos, acontece, porque, de repente, muda tudo e o que pensamos ser, já não é mais; o que pensamos fazer, passa longe das possibilidades do momento.

Foi assim no final de semana que passou. A começar pela minha filha na sexta-feira, que saiu com esta de "almoçar fora amanhã, porque é aniversário de mãe..." Cochichei com meus botões: " Nem pensar! Amanhã quero ficar quietinha, vou pra missa bem cedinho, rezamos o terço, como fazemos todo sábado; depois vou pro clube, exercitar um pouco, algumas braçadas a mais, porque, estando sem os netos em casa, o tempo disponível é maior - como no ano passado que, ao invés dos costumeiros seiscentos metros, fiz mil e fiquei feliz pela conquista; volto pra casa, vou ler um pouco, talvez escrever algo... e à tardinha, estarei pela segunda vez, participando da reunião do Clube de Letras; mesmo porque, havia dito a ela - minha filha -  quando a gente entra nos 'enta', não se comemora mais os anos, mas as décadas! Assim, reafirmei, estou esperando o arredondamento da década."

Programado? Sim! Mas não executado. À noite, recebo uma mensagem bem diferente que me deixou surpresa e me fez feliz: era pra eu buscar minha irmã na rodoviária pela manhã, que chegaria no ônibus de São Paulo a Diamantina. Saí às cinco e meia, com um pensamento fixo: iríamos diretamente para a igreja, celebração Eucarística, reza do terço, tudo bem; mudaria só a programação do Náutico e reunião. Porém, quando ela chegou,  já a missa estava terminando e viemos direto pra casa, prometendo voltar no final da tarde!

Ter uma visita assim, de surpresa, no dia do aniversário, é muito bom. Mesmo que não se esteja disposto a fazer nada diferente, a rotina é mudada. Após o almoço, fomos ao hospital visitar uma pessoa querida que havia passado por uma cirurgia e dali, à casa do Savinho, cantar Parabéns pra ele - e pra mim, né? Não houve como fugir!

Bem, como disse, mudou tudo, desculpei-me com as meninas que queriam cumprimentar-me após a missa, e irei desculpar-me igualmente com a equipe do terço e da reunião, já que são poucos participantes e dão mesmo pela falta do ausente.

Valeu demais da conta, foram quatro dias de presença constante, colocamos o papo em dia e, como ela mesma disse, aniversário da gente é um dia só no ano; outros eventos podem esperar, certamente.

São assim, nossas escolhas; muitas vezes, a decisão foge ao nosso alcance; porém, vezes há em que nos encontramos em uma encruzilhada e necessitamos de sabedoria para optar, porque depende unicamente de nós "o isto ou aquilo". E daí, a nossa responsabilidade com as consequências da escolha feita. Nesses momentos,  é que devemos pedir humildemente a ajuda divina, para que não nos arrependamos depois.  

E, voltando ao terceiro parágrafo, como,  passando em frente à igreja, vimos que todos já estavam saindo, voltamos à noite e nunca rimos tanto após a missa. Rimos, sem controle, um bom tempo, lembrando dos cochilos na igreja: eu havia passado a noite praticamente em claro, e ela disse que não pregou os olhos durante a viagem. Sentadas ali no banco, músicas suaves, a fala tranquila do sacerdote, tudo contribuindo para uma cochilada. E como cochilamos! Porém, acho que os risos foram bem maiores que os cochilos, pois conseguimos assimilar a mensagem do evangelho, reflexão muito bem feita pelo sacerdote.

Foi muito bom, o dia do meu aniversário! No dia seguinte, tirei um bom tempo pra responder as mensagens de WhatsApp e Facebook - bendita tecnologia!!! Graças a Deus, quantos votos de felicidade! Obrigada, Senhor!


domingo, 14 de fevereiro de 2016

212 - SINTONIA

212 - SINTONIA

Se preciso - se quero - estar em sintonia com as pessoas com as quais me relaciono, com muito mais ardor, devo estar em sintonia com Deus, o meu Criador! 

Permanecer em Deus! É isto! Quero estar com Ele, sempre, sempre, porque Ele é o início, o meio e o fim! Ele é o antes  e continuará depois de mim.

Quero estar em sintonia com Deus, pois a Ele, tudo devo e sou-lhe grata por isto. Pense nisto, você também; pensemos nisto, com humildade, todos nós! Reconheçamos a soberania de Deus em nossa vida.

Cada um de nós era apenas uma sementinha, minúscula, microscópica, lá no ventre da mãe; e ali, naquele aconchego, quentinho e gostoso, células foram se multiplicando, os tecidos e órgãos se formando, cada um em seu devido lugar, cada um sendo preparado para a função que lhe foi destinada... Isto é grandioso demais! Bendita obra da Criação!...

Quem fez crescer?... Certamente, não foi a nossa mãe biológica! Ela não teria condições de fazê-lo! Quem moldou cada ser vivo, vegetal ou animal, nos segredos de um invólucro, hermeticamente fechado?... Experimente abrir um casulo antes da hora... Experimente abri-lo e completar a obra: sua pobre borboleta jamais voará pelos ares, enfeitando o ambiente - e, com certeza - em poucos segundos, ela estará inerte em suas mãos!...

Não! O homem não é capaz de moldar a própria vida, nem é capaz de conservá-la além do tempo determinado por Deus! Não, não é! Ele, o ser humano, apenas estará aqui na terra, enquanto Deus assim o permitir.

Como lembrado na minha crônica número quatro deste trabalho,  o homem jamais fez um grão de feijão, de arroz ou qualquer outro alimento; quem faz crescer é Deus! Portanto, é Ele quem nos alimenta. Nós apenas somos responsáveis por lançar a semente e cuidar do solo; quem faz crescer, florescer e frutificar é Deus!

Renda-se, Homem. Você é a mais maravilhosa obra de Deus! Por isto, ame-O acima de todas as coisas: é o mandamento maior! Esteja em sintonia com Ele, através de uma oração constante e consciente, neste grande mistério de Amor. Um dia, quando Ele quiser, nós nos encontraremos com Ele e então, com, suprema alegria, conheceremos o nosso Criador.

Enquanto tal não acontece, procuremos estar em constante estado de graça, numa fervorosa oração de agradecimento por tudo que Ele fez e faz por nós. E continuemos, com coragem, lançando a semente: Ele quer contar conosco, como contou Jesus com aquele que levou os pães e os peixes, no milagre da multiplicação. Louvado seja Deus!!! De joelhos, agradeçamos, de joelhos, O louvemos!  Bendito seja o Senhor!
(14/02/16)


sábado, 13 de fevereiro de 2016

211 - ALEGRIA DE PODER PARTICIPAR!

211 - ALEGRIA DE PODER PARTICIPAR!

Hoje foi um sábado bem atípico: ninguém apareceu por aqui - nenhum filho, nenhum neto, nenhum amigo... Hoje, dia treze de fevereiro de dois mil e dezesseis, é um dia maravilhoso, que precisa ficar marcado com letras de ouro na agenda da minha alma: até que enfim, pude participar da reunião do famoso Clube de Letras de Sete Lagoas! 

Quando eu trabalhava na tão querida E. E. Doutor Arthur Bernardes, uma colega, ao ver alguns de meus trabalhos, sugeriu que participasse das reuniões do referido Clube. Alguns anos mais tarde, uma supervisora amiga, da E. E. Doutor Afonso Viana também me mostrou tal possibilidade.  Mas os trabalhos são muitos, o tempo foi passando e nunca encontrava condições para tal.

Convidada há poucos dias por uma amiga, veio-me de novo à mente, o desejo de lá estar. E hoje, este privilégio me foi dado. Como foi bom! Quanta gente boa reunida! Gratificante ver adolescentes e jovens que dedicam suas tardes de sábado para um aprendizado grande com pessoas de dons bem diversificados, mestres do saber fazer! E o mais interessante é registrar que são eles também - os jovens - preciosos mestres que vêm acrescentar muito ao que já caminhamos. Como aprendemos com eles!

Terna lembrança dos tempos de escola, ouvir Castro Alves, Ruth Rocha, Clarice Lispector, Adélia Prado e tantos outros gigantes da nossa literatura, que sempre me fascinaram, e ainda mais, conhecer o talento dos nossos clubistas.  Será, ainda, preciosa oportunidade para tornar conhecido o meu trabalho, tão simples, mas que preenche os meus dias, fazendo-me feliz.

Espero poder continuar. Quero dedicar também minhas tardes de sábado, não apenas ao esposo, filhos e netos, como sempre tem sido, mas a mim mesma, num contato com pessoas que, certamente, vão saciar a minha alma, sedenta de beleza literária. 

Obrigada, clubistas, muito obrigada!  Espero poder contribuir, nem que seja em pequena parcela, para o sucesso do Clube. Creio ter sido uma boa escolha, e já que fui tão bem recebida, o que agradeço de coração, quero empregar todo o esforço possível, na tentativa de estar à altura do trabalho de vocês. Muito obrigada, mais uma vez!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

210 - "CONHECER O FIM DESDE O PRINCÍPIO"



210 - "CONHECER O FIM DESDE O PRINCÍPIO"


Vou lendo, avidamente, querendo muito chegar ao final do livro hoje, para entregá-lo amanhã, mas ao chegar à página 183, parei; preciso anotar isto: "...louvo-Te, Senhor, porque Tu conheces o fim desde o princípio".

Ele conhece o fim e nos poupou isto! Vamos caminhando, caminhando, devagar, as coisas vão acontecendo, sucedem-se os dias, meses, anos... e continuamos em nosso frágil barquinho, navegando, ora em águas calmas, ora agitadas; agitadíssimas, algumas vezes... E lá vamos nós... Onde chegaremos?... Segundo a autora, Ele sabe: Ele conhece o fim, desde o princípio!

E nem foi o Dr. Scott Hahn quem disse isto, mas a sua esposa, Kimberly, quando ainda nem tinha muita certeza dos caminhos que trilhava, apesar de afirmar que "muitas das dúvidas teológicas mais importantes" já estavam resolvidas!

Trata-se da sexta edição brasileira da famosa obra: TODOS OS CAMINHOS LEVAM A ROMA, do casal Hahn. De fácil leitura, o relato emociona pela simplicidade com que esposo e esposa falam de suas vivências, cada um a seu tempo, de forma inflamada e cativante. 

Vale a pena ler e - digo-o agora - reler! Tanto é que não adiantou acelerar a leitura hoje, pois não quero entregá-lo ainda. Terminei, mas apenas direi que gostei tanto da história que vou degustá-la mais uma vez. Venha comigo, você também vai gostar, com certeza! E vai se emocionar às lágrimas! Muito bom!

(Apresentação da edição brasileira
feita pelo Prof. Dr. Felipe Aquino
Lorena, dezembro de 2013 – Cléofas)



209 - É O INÍCIO!

209 -   É O INÍCIO!


Começa hoje uma reflexão intensa, reflexão de um ecumenismo grande, que deve atingir a todos: "Casa comum, nossa responsabilidade". É o tema da Campanha Ecumênica da Fraternidade deste ano de dois mil e dezesseis.  

Quero transcrever aqui, os versos que cantamos hoje,  lá na Igreja Nossa Senhora de Fátima, palavras que nos levam a refletir dentro desta temática tão atual que é o cuidado com o planeta, nesta preocupação de construir um mundo melhor para todos.

Nada de novo, porém; sempre procuramos agir nesse sentido; sempre ensinei isto para alunos e familiares durante quase meio século de trabalho em escolas diversas. Hoje é forte o grito, pela situação em que nos encontramos, pelo que nos é apresentado de mudança climática, de catástrofes, de doenças, de situações críticas que vamos vivenciando...

Sabemos que tudo passa por uma educação de qualidade, e começa pelas pequenas coisas, pequenos gestos, educação que vem do berço. Dizia sempre, em minhas reuniões,  que se você chupa uma bala, quando está caminhando, vai brincando com o papelzinho até encontrar uma lixeira, onde possa deixá-lo; se está com uma bolsa ou uma sacolinha qualquer, pode aí colocá-lo e, já em casa, ele terá o destino certo. 

"De que vale isto?" - você pode estar se perguntando; e eu respondo que é assim que começa. Como fico triste ao ver papéis, copos, garrafas, tanto lixo jogado por aí, enchendo nossas ruas e avenidas, entupindo os bueiros e locais de escoamento da água... As consequências são desastrosas - e a gente já conhece, de sobra!  

Quando nos mudamos para esta cidade, achei lindas as lagoas. Daí a alguns dias, esvaziaram a lagoa do centro, para uma limpeza. Meu Deus! Nunca vi tanta sujeira! Até pneus velhos havia lá dentro! Fiquei assustada com a falta de educação ambiental do povo! 

Por favor, gente, vamos repensar nossas atitudes. A começar pelo papelzinho de bala, o saquinho de pipoca, o copo descartável... É o início!

Analisemos juntos, os versinhos que cantamos hoje: 


1 - Eis, ó meu povo, o tempo favorável
da conversão que te faz mais feliz,
da construção de um mundo sustentável,
"casa comum" - é teu Senhor quem diz:

R - Quero ver, como fonte, o direito 
a brotar, a gestar, tempo novo;
e a justiça, qual rio em seu leito,
dar mais Vida pra vida do povo.

2 - Eu te carrego sobre as minhas asas;
te fiz a terra com mãos de ternura.
Vem, povo meu, cuidar da nossa casa!
Eu sonho o verde, o ar, a água pura.

3 - Te dei um mundo de beleza e cores,
tu me devolves esgoto e fumaça.
Criei sementes de remédio e flores;
semeias lixo pelas tuas praças.

4 - Justiça e paz, saúde e amor têm pressa;
mas não te esqueças, há uma condição:
o saneamento de um lugar começa
por sanear o próprio coração.

5 - Eu sonho ver o pobre, o excluído,
sentar-se à mesa da fraternidade.
Governo e povo trabalhando unidos,
na construção da nova sociedade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

208 - SEMANA ABENÇOADA

208 - SEMANA ABENÇOADA

Hoje, dia trinta de janeiro, quando o sacerdote disse para agradecermos e oferecermos no altar do Senhor, tudo o que fizemos durante a semana que passou, como um filme de doçura, revivi  rapidamente, e senti  o quanto fui feliz, ao planejar esta pequena viagem; valeu a pena, como valem todos os esforços em prol da família. E família no sentido, o mais abrangente possível, família grande, que acomoda num abraço, todos aqueles que nos são caros, todos os de nossos relacionamentos, seja qual for o vínculo.

É muito bom nos reencontrarmos, trocarmos doces palavras, relembrarmos pequenos encontros, rápidos que sejam, porque isto é viver! É a construção de nossa história. Ser feliz é questão de opção, de estar de bem com a vida, de estar de bem com Deus; estar em paz, consigo e com o outro; ainda que algo nos machuque, considerar que só estamos querendo acertar. E pequenos tropeços, sabemos, não vão fazer a diferença. Isto é muito pouco para nos desanimar. Às vezes, é necessário apenas parar por um instante, acertar o passo... e continuar. É nisto que quero focar; prestar atenção nas pequenas coisas, rever o que aconteceu, analisar o para quê de tudo... 

É isto: tijolinho por tijolinho, ir construindo uma história que será tão maravilhosa quanto tão maravilhosos forem nossos pensamentos, nossas escolhas, nossas ações.

Obrigada, Senhor, por me mostrar sempre uma luz; obrigada por iluminar nossos caminhos, fazendo-nos sábios, na vossa sabedoria; bondosos, na vossa bondade; mestres, nos vossos ensinamentos. Por isto, o que Vos peço, ó meu Deus, é que eu seja um canal de bons fluidos, não me deixe calar, quando precisar dizer; e não me deixe emitir um único som, quando, o mais prudente, for o silêncio...  Obrigada, Senhor!
(Mais um poeminha, para reflexão):

DEUS É AMOR
******
EU CANTO O AMOR!
E POR QUE NÃO?
EU CANTO O AMOR!
POIS ELE RESUME
A JUSTIÇA, A FRATERNIDADE, A PAZ.
EU CANTO O AMOR!
POR QUE O ÓDIO?
POR QUE DESAVENÇAS?
POR QUE AS GUERRAS?
FALTA DE AMOR!
FALTA DE DEUS!
PORQUE DEUS É AMOR!!!

(01/02/2016)