domingo, 28 de junho de 2015

137 - A VIAGEM

137 - A VIAGEM
(Epílogo)

Há vários dias, meu filho havia ligado dizendo que  teria uma semana de folga e queria que eu fosse com ele a Teixeiras, cidade onde viveu até os nove anos e onde reside a maioria de nossos familiares. Pensei que a gente fosse na terça, mas ele quis ir na segunda mesmo, pela manhã. Fizemos ótima viagem, graças a Deus, paramos em Cachoeira do Campo onde ele havia planejado comprar utensílios de cozinha em pedra-sabão para alguns colegas de trabalho.

Recebidos com muito carinho pelos familiares, passamos lá bons momentos, eu  sendo paparicada pelos irmãos, por causa do pé engessado.  Meu irmão Paulo, que trabalha em laboratório,  colheu meu sangue a meu pedido, em casa, para vermos a quantas andam o colesterol, total e fracionado. Graças a Deus, o resultado foi bom.  
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Na segunda-feira à noite, rezamos o terço na casa da Marta, com muitas famílias reunidas, quase quarenta pessoas. Minhas irmãs e eu, rezamos também na terça e na quarta. Entre outras, recebemos a visita de uma dentista que foi minha aluna há mais de trinta anos e que pedia às minhas irmãs que ligassem pra ela, quando eu aparecesse por lá. 

Chegou com uma deliciosa torta de chocolate e coco, que todos apreciaram, e conversamos sobre muitas coisas, principalmente sobre minhas aulas e o incentivo que dava aos alunos para levarem a sério os estudos. Que memória fantástica! Lembrou-nos de pequenos detalhes de minha atuação na sua turma. E arrematou: "Foi a senhora quem me incentivou a ser dentista, lembra?"...(Como poderia eu lembrar? Tantos anos, tantos alunos...)
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Voltamos na quinta, após o almoço, chegando a tempo de pegar o Lukinha na escola. E aqui, a Gabizinha me esperava ansiosa. Meu esposo me disse que ela chamava por mim o tempo todo: "Vovó! Vovó..." Coisas de família! Na sexta, cedinho, fui ao médico, na esperança de que já pudesse tirar o gesso... Fizemos uma nova radiografia; ele disse que está bem, mas ainda vou ficar com gesso mais uma semana; e depois usar uma botinha ou sandália de gesso. Mas aí, já vou poder colocar o pé no chão. Graças a Deus! Em tudo e por tudo seja louvado o Santo Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo!!!
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Hoje, domingo, dia vinte e oito, minha amiga me levou à missa na nossa paróquia e voltei rápido porque o Walcely iria embora. Já se foi para Curitiba! Seus irmãos, Wálmisson e Júnior, o levaram a Confins. Levantando voo, lá se foi ele para a rotina diária. Que Deus o abençoe em seus trabalhos e a todos nós que aqui ficamos. São tantas as bênçãos...
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E  encerro  com a  última  colocação  da  mensagem de hoje,  do famoso  papel de pão da nossa padaria: " A dor na vida de uma pessoa  é   inevitável.   Mas  o sabor  da  dor  depende de onde a colocamos.  Então,  quando  você sofrer,  a única coisa que você deve  fazer é  aumentar  a percepção  das  coisas  boas  que você tem  na  vida."  Grande e bela sabedoria,  ao  alcance  de  todos.

136 - MAIS BÊNÇÃOS

136 - MAIS BÊNÇÃOS
(Dias dezoito, dezenove, vinte e vinte e um)

Tenho acordado ainda mais cedo que o normal, creio que pelo incômodo do pé engessado. Hoje, quinta-feira, vi um pouco a Canção Nova e me preparei para ir à missa com a minha amiga, conforme combinado. Um pouco antes das sete horas, ela liga, dizendo que o pneu havia furado e que mais tarde iria chamar alguém para trocá-lo. Tivemos então que nos contentar com a missa na televisão e a Comunhão Espiritual. Foi uma Bênção, pois nunca havia sintonizado a TV Aparecida e a homilia do Sacerdote me comoveu às lágrimas. Foi maravilhoso! Ele falou, entre outras afirmativas,  de três atitudes que todo cristão deve cultivar: a esmola, que nos aproxima do pobre; o jejum, que nos aproxima de nós mesmos, do nosso interior; e a oração, que nos aproxima de Deus. Fez uma análise maravilhosa sobre a Oração do Pai-Nosso. Foi muito bom, momentos proveitosos.
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Hoje já faz oito dias, que bom! Estou chegando do Santuário da Adoração, bênção enorme! E a amiga que me levou, não mede esforços: deu volta, foi à padaria, trouxe o pãozinho que ela disse ser mesmo abençoado. E afirmou: "Presta atenção, como ele rende" E não é que é mesmo?...
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E me contou a história do seu carro que ela trocou recentemente, para livrar-se de dívidas: tinha uma camionete, que já nos levou a vários lugares para os nossos momentos de oração.  Ficou muito feliz com o novo carro e o rapaz da transação disse que quem comprou o dela, ficou mais feliz ainda, pois foi uma pessoa, filha de um agricultor, de uma cidade vizinha, que ao estudar seus filhos teve que vender sua camionete para que ela, a filha, terminasse o curso de medicina. Agora, ela quis dar a ele uma camionete nova e ele disse: "Não! Você vai me dar uma usada!" E ficaram felicíssimos com a aquisição daquela que foi da minha amiga. Eu não digo? É bênção sobre bênção! Sempre!
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Sábado, dia vinte. O Walcely chegou ontem e já foi hoje cedo ao tal teatro,  na escolinha do Lucas. Estão lá fora agora, ele, o Lucas e o Luciano. Meu esposo ainda dorme. Nenhum deles sabe que já fui à missa hoje, que estou feliz demais e agradeço a Deus por esta grande amiga que ele colocou na minha vida, que, por sinal, faz aniversário no mesmo dia que eu. Muita coincidência boa na nossa vida. Coisas de Deus! 
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Quando o meu filho mais velho chegou ontem de viagem perguntei a ele se eu podia comprar um lombo pra ele fazer pra nós. Ele cozinha muito bem. Respondeu distraidamente: “Ah, não vou mexer com nada, não!” Mesmo assim, tendo ido minha filha fazer as compras pra mim, conservei-o na lista; ela chegou, guardou tudo e colocou-o na geladeira. Fiquei então de temperá-lo mais tarde. Não é que ele pegou o lombo quando eu não estava na cozinha e o preparou? Está lá, prontinho! Guardou para o almoço de amanhã! Lembrei-me daquela parábola de Jesus, quando o filho disse ao pai que não iria trabalhar na vinha, mas depois se arrependeu e foi... Grande bênção!

 E  que almoço simples e festivo com irmãos e cunhados conversando, rindo, brincando, vendo filmes interessantes, após o almoço,  alegria ingênua de familiares que se amam, que se entendem, que se querem bem! Obrigada, meu Deus!!!
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135 - E AS BÊNÇÃOS CONTINUAM...

135 - E AS BÊNÇÃOS CONTINUAM...
(Dias quinze, dezesseis e dezessete/junho)

Hoje, segunda-feira, dia quinze, já posso avaliar como são importantes as nossas amizades; todos que ficam sabendo, ligam, desejam melhoras, desde os familiares, o médico amigo, as pessoas todas com seu afeto, suas palavras de conforto... é muito bom. São bênçãos sobre bênçãos, a todo momento! Senhor, agradecemos tanto carinho!

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É... Bênçãos sobre bênçãos! Hoje, terça-feira, acordei muito cedo, ainda inebriada pela felicidade do que minha filha disse ontem, à noite: "Mãe, mais uma bênção do seu pé quebrado. A professora ficou muito feliz ao saber que o Lukinha vai participar do teatro sábado!" (É que eles iam fazer uma viagem no final de semana e acabaram desistindo da mesma.)

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E assim que ela se foi, a campainha bate várias vezes, insistentemente, como em outros tempos: era a nossa primeira neta, a Júlia, que chegava para uma visita e conversamos muito. Outra bênção!
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E já estava fechando esta parte de hoje (nunca havia feito isto: "uma crônica em capítulos") quando o telefone toca: a minha amiga Graça, querendo saber como estou e se oferecendo para passar aqui e me levar para a missa amanhã. Tem condição? Eu que acordei nesta madrugada, com uma enorme saudade de Jesus!... É muita bênção!!!
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Pois é... E hoje, quarta-feira,  já cheguei da igreja, passamos lá na padaria para comprar aquele pão de que meu esposo gosta (como relatado na crônica nº 01 deste trabalho) e aproveitei pra trazer um bolo bem gostoso! É isto aí! Nada de tristeza, de baixo astral. Gosto muito daquela música que diz: "Não pode ser triste um coração que ama Cristo. Não pode ser triste um coração que ama a Deus!..."
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domingo, 14 de junho de 2015

134 - CASTIGO OU BÊNÇÃO

134 - CASTIGO OU BÊNÇÃO
(Dias doze, treze e catorze de junho/2015)

Pretendo anotar a cada dia, as bênçãos advindas desta situação. Porque eu creio que em tudo que nos acontece, há um para quê! No dia dez, pela manhã, logo após a missa,  caminhando para buscar meus cartuchos que havia mandado recarregar, pisei num buraco (talvez) na rua, torci o pé, sofri pra chegar ao carro, que estava bem distante, em frente ao Santuário da Adoração. Passei na casa de minha filha, peguei meus netos e vim rápido para casa. Pus gelo o dia todo, mas continuava inchando muito. No dia seguinte, saí novamente de carro, com o pé enfaixado. Fui à missa e novamente trouxe os netos. Continuava inchando, e minha filha exigiu que eu fosse a um ortopedista. Raio-X, resultado: um osso quebrado. No dia doze pela manhã, retorno ao médico e saio de lá com o pé engessado. Andar de muletas? Que coisa horrível? É um novo aprendizado; mas não é nada fácil. 
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À tardinha, filhos e netos aqui em casa, o Arthur - seis anos - chorando porque eu não podia levá-lo  ao Náutico para o futebol. Apelei pro avô,  com pena do coitadinho, (sempre sou eu que levo). Penalizado também, graças a Deus, o avô concordou e começou a colocar nele o uniforme da escolinha de futebol. O Sávio, irmãozinho menor, com a carinha mais linda - "Eu também vou, vó?...  Vô, me leva!"... Nisto, o pai chega de viagem, das aulas de Mestrado, cansado coitado! -  e o avô o intima: "Vamos levar os meninos pro futebol!" 
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Saíram os quatro: primeira bênção! E voltaram felizes da vida porque "o Arthur jogou muito bem, fez três gols durante a partida, seu time ganhou de três a zero!" Falaram  que o Sávio também jogou bem  e só não fez o gol porque o goleiro pegou.
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Dia treze, sábado,  pela manhã, escuto: "Que bom que você está de castigo porque agora, não vai poder buscar os meninos (o Lucas e a Gabriela),  vai sobrar mais pra mim!" Ouvir isto, de um esposo, mais de quarenta  anos depois - "não tem preço!" - não acham?...  (Segunda bênção!)
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Fiquei preocupada, pensando na Celebração Eucarística do domingo, mas minha filha ontem disse: "Amanhã eu venho com o Lucas, levar a senhora pra igreja. A que horas, a missa?" Muito feliz, disse que iria à missa às dez horas, na Paróquia do Divino Espírito Santo. E fomos. Há muito, ela não participava da santa missa: existe bênção maior? Meu Deus, como estou feliz! Obrigada, Senhor! Como agradecer a Deus, tantas graças?...