quinta-feira, 26 de agosto de 2021

532 - Vigilantes no Amor!

 532  -  Vigilantes no Amor!

Vigilância! Ela soube ser vigilante; vigilante no amor! Estou falando de Teresa de Lisieux, aquela francesinha linda, muito arrojada para o seu tempo. Estou falando de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Ontem recebi uma música linda, a partir de um poema seu. É um poema de amor, lindíssimo! Toda ela era amor! Tenho-a comigo, desde que eu era bem pequena e nem sabia ainda que a sua irmã, que mais conviveu com ela, se chamava Celina. 

Aí fiz essa descoberta: fiquei mais devota ainda! Aliás, foi a Celina quem recolheu seus poemas de amor, colocando-os à disposição de todos. Poemas de amor ao Criador! Amor ao Redentor! Amor à Mãezinha do Céu, que lhe sorriu, na hora em que ela mais precisava de um sorriso! Amor à família. Um amor tão grande às verdades eternas, às coisas sobrenaturais, às delícias celestes, a ponto de dizer um dia à sua mãe, Zélia, que queria que ela morresse logo e, ao lhe perguntarem o porquê desse estranho desejo, ela responde, sorrindo, que "o céu era tão lindo, e ela amava tanto  sua mãe, que lhe desejava, fosse logo para o céu!"

Ora, para ir para o céu, a gente não tem que morrer?... E quando sua mãe se foi, ela contava apenas quatro aninhos. Sofreu horrores, a falta da mãe, apegando-se muito a uma irmã, que logo foi para o Carmelo, deixando-a órfã de novo! Aí se apegou ao seu velho pai e sua irmã Celina. Querendo, também ela, ir para o Carmelo, algum tempo depois, teve que aventurar - já que não tinha idade suficiente para tal - pedir permissão ao bispo e até ao Papa - decisão muito arrojada! 

Conseguiu o que queria! Sofreu muito no Carmelo, adoeceu terrivelmente e faleceu com apenas vinte e quatro anos, prometendo "passar o céu, fazendo bem à terra"; e disse que nos mandaria uma chuva de rosas! Eu acolho, com gratidão, essa chuva de rosas. Para mim - e para os outros.

Estou tentando ser vigilante no amor. Quero fazer somente o bem às pessoas com as quais convivo. Estou tentando... Mas é difícil: não sou uma "Teresa de Lisieux!'

(Celina  -  26/08/21)

terça-feira, 17 de agosto de 2021

531 - No Santuário...

 531  -  No Santuário...

Foi no dia vinte de fevereiro de dois mil e oito - treze horas e dez minutos. Santuário Nossa Senhora da Conceição. Precisando esperar durante um bom tempo e não tendo em mãos, algo para ler, peguei um pedaço de papel na bolsa - pois sempre trago algum comigo - e comecei a escrever. Eu havia ido lá para isto e queria realmente ter em mãos, o que fui buscar. Seria, naquele ano, o presente de aniversário que eu oferecia a mim mesma. Jamais poderia vir embora sem ele.

Sendo assim, ao invés de ficar ansiosa e chateada, me pus a escrever. E rabisquei três pequenos poemas que joguei na bolsa. Peguei o documento que havia ido buscar e vim embora. Recentemente, ao fazer uma limpeza na papelada da estante, lá estavam eles. Guardei. Mas hoje, resolvi mostrá-los a você, postando-os aqui:

ESCOLHE, POIS, A VIDA!

(Dt 30,19)

Vida para você,

Vida para o outro.

Ofereça o que de melhor você tem:

Tempo

Atenção

Serviço

Oração.

Seja um voluntário

para a alegria do outro;

para o bem do outro, ofereça:

Gratuidade

Solidariedade

Companhia.

Ofereça-se!

(O voluntário não oferece do que lhe sobra;

mas do que falta ao outro)

(20/02/2008)

Demorando ainda, escrevi o segundo:

SÃO LONGINUS

Longinus de Cristo!

Longinus de Deus!

São Longuinho dos humildes, 

dos necessitados,

dos aflitos!

Aflição grande:

procura, procura, não acha!

Onde está, meu Deus?

Onde coloquei?

Onde guardei?

Preciso lembrar!

E tanta gente a cobrar...

Ah, meu Deus, me esqueci...

Onde está!

Será que está ali?

Será?...

E procura... e procura...

A aflição... o tempo passando...

Meu Deus, me ajuda!

Me ajuda, São Longuinho!

Eu preciso encontrar!

***

Achei, São Longuinho, achei!

Graças a Deus!

Obrigada, meu Santinho!

Obrigada, meu Deus!

(20/02/2008)

Ainda não? Não chegou?! Vou escrever outro!


DEMORAS DE DEUS!

Há mais de trinta anos;

Mais de trinta e quatro,

quanto tempo!

Cá estamos nós,

apenas Deus e eu,

na casa da Mãe,

 Santuário da Imaculada!

Fechado?

Esperar noventa minutos?...

A gente espera nove meses, 

com alegria

com esperança!

A gente vive esperando...

Então, eu espero!

Sempre espero!

E consigo o que eu quero;

Sempre consigo!

Porque Deus está comigo!

Daqui a pouco terei

em minhas mãos - e para sempre - 

o que espero há mais de trinta anos!

***

Enfim... consegui!

Graças a Deus!!!

Obrigada, meu Deus!!!

(20/02/2008)


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

530 - Minha Família

 530  -  Minha Família

Estamos na Semana Nacional da Família. E aí, todos repetem: "Família é todo dia, é toda semana, é sempre..." Sim, assim é; mas é sempre bom parar um pouco para refletir com a seguinte questão, que atinge a todos: "E a Família, como vai?"...

E então, vem o Papa Francisco, com a sua análise, sempre muito pertinente: "Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita, nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável, nem família saudável, sem o exercício do perdão. O perdão é vital para a nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão, a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão, a família adoece."

E hoje, na liturgia, o Evangelho nos traz a sabedoria de Jesus com a história do patrão que, ao ter a seus pés, de joelhos, um empregado que lhe devia uma enorme fortuna, compadeceu-se dele e perdoou-lhe a dívida; e o mesmo que foi perdoado, ao sair dali e encontrar-se com um companheiro que lhe devia uma pequena quantia, cobrou dele, com violência, esquecendo-se de que acabara de ser perdoado em sua grande dívida! (Mt 18, 21-35).

Na oração do Pai Nosso, rezamos: "Perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". Pois é! Se não perdoamos uns aos outros, como esperamos merecer o perdão de Deus, para as nossas culpas? E nem podemos rezar a oração que Jesus nos ensinou. E quando Pedro pergunta se devemos perdoar até sete vezes, Ele lhe responde que até "setenta vezes sete", ou seja, sempre que necessário! 

Por tudo o que acima foi dito, vamos agradecer a Deus, pelas nossas famílias, com todas as nossas  dificuldades, nossos erros e acertos, pois são eles que nos fazem caminhar. Somos todos aprendizes eternos, todos somos mestres e alunos; não há quem não tenha mais o que aprender, ou ensinar. Aprendemos uns com os outros, na caminhada. 

E não importa, se contatos reais ou virtuais, se próximos ou distantes, devemos sempre primar pela verdade, pela delicadeza e nobreza de sentimentos e ações. Especialmente, em se tratando de familiares que vivem sob o mesmo teto, ter sempre o cuidado de não se banalizar a convivência, a ponto de deixar esfriar nossos sentimentos uns para com os outros. Manter sempre, um bom diálogo, uma boa comunicação, em gestos e palavras, vez por outra, apenas olhares e entendimentos mútuos, procurando ainda fugir um pouco à rotina diária para um tempero mais saudável e edificador dos relacionamentos.

Amo minha família, tanto aquela primeira, de pais e onze irmãos, como esta, formada por meu esposo e eu, quatro filhos e sete netos; e ainda, com todos os outros, que vieram e virão, agregar valores e enriquecer nossos relacionamentos. Amo minha família, com tudo que me proporciona de alegrias, preocupações e  sempre grandes  novidades. Tudo isto me encanta sobremaneira e me faz querer viver duzentos anos ao lado de todos!

(Celina  -  12/08/21)

terça-feira, 10 de agosto de 2021

529 - Minha Deliciosa Língua Portuguesa!

 529  -  Minha Deliciosa Língua Portuguesa!

Oh, como eu gosto de dar o meu recado, oral ou escrito, na minha deliciosa Língua Portuguesa! Eu amo fazer isto! Faço-o com todo carinho, desde tempos bem remotos, pois sempre gostei de escrever e passar boas mensagens de alguma forma.

Falar  com erudição  e escrever corretamente é um dom incomparável que precisa ser adquirido -  e preservado! Hoje, parece não se cultivar muito esta virtude, a não ser um pequeno grupo de mentes tradicionais e conservadoras.

A internet, com certeza, veio intensificar esse desleixo pela linguagem: escreve-se como se fala, abrevia-se de forma inadequada, muitas vezes, nem se consegue entender o que se quer dizer, mas tudo isto é muito compreensível, pela forma descartável de tudo que lá se posta. Na maioria das vezes, deleta-se e pronto. Mas... e se não for deletado? E se se considerar conservar o que ali está, da forma como está, ridiculamente escrito e ininteligível?... Vamos pensar nisto, é necessário. Porque o que se joga na internet, nunca se sabe onde vai parar. 

Sempre primei por uma boa fala ou escrita, meus filhos que o digam. Enquanto pequenos, eu não aceitava palavrões e nem mesmo o uso de palavras feias, que muitas crianças e até adultos usavam. Sempre ensinei falar de forma correta e quando aprendiam diferente lá fora, eu lhes mostrava que era muito mais bonito como antes o ensinara a eles. 

Fico triste ao ler tanta coisa errada nas postagens de WhatsApp. Mensagens lindíssimas, com imagens lindas, e tantos erros de ortografia, de concordância verbal e nominal, erros escandalosamente cometidos, até parecendo proposital, de tão gigantes!

É preciso ter mais cuidado ao escrever, porque, uma simples troca de letras - ou de palavras - pode mudar o sentido do que se quis dizer. Fiquei muito triste com a última reforma ortográfica, principalmente com relação ao trema e ao acento diferencial, porque dói na alma, ouvir uma pronúncia incorreta pela falta deles!

A nossa maravilhosa Língua Portuguesa é riquíssima e belíssima! Vamos lutar por ela. Hoje recebi, numa mensagem, uma frase assim: "Que Deus tome conta de todos os desejos dos nossos corações e que, em momento algum, percamos a fé!" Pense bem, meu leitor, se a pessoa, na pressa, faz uma troca e coloca o vocábulo algum, antes de momento?... Uma simples troca! 

Veja: "Desejo muito passear nestas férias!" ou "Desejo passear muito nestas férias!" É claro que não é a mesma coisa! Na primeira frase, o desejo é que é grande; talvez nem vá. No segundo caso, os passeios  é que serão muitos. 

Parabéns para a nossa deliciosa Língua Portuguesa!

(Celina  -  10/08/21)

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

528 - Misericórdia e Gratidão!

528  -  Misericórdia e Gratidão!

Hoje, ao acordar, quando fui conferir as horas, quase nem acredito! Exatamente 03:00h! Momento de rezar o Terço da Gratidão. Já disse na crônica anterior, que às três horas da tarde, lembrando a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, rezamos o Terço da Misericórdia, uma prática bem antiga. Consultando o Google, vimos que "é uma tradicional devoção católica, concebida a partir das iluminações de Santa Maria Faustina, na década de 1930".

Pensando na tristeza desse momento em que recordamos os grandes sofrimentos do Filho de Deus, mas lembrando de sua gloriosa ressurreição, que se deu pela madrugada, já que as mulheres, chegando ao túmulo bem cedinho, o encontraram vazio, quis falar dessa maravilhosa ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, numa Oração semelhante àquela que fala de suas dores. Porque foi imensa a alegria de seus amigos ao vê-lo ressuscitado, lindo, maravilhoso, perfeito, trazendo apenas como lembrança, as suas cinco chagas principais, já que todo o seu corpo foi retalhado pelas chicotadas, pela coroa de espinhos, pelas pedras do caminho, e pela dureza do coração humano dos carrascos que o conduziam à crucifixão. Porém, ficaram apenas as chagas das mãos, dos pés e do lado do Coração.

Assim, em homenagem à sua brilhante vitória sobre a morte, quis celebrar tal fato, rezando, com grande alegria, a Sua Ressurreição. Tomei às mãos o terço e comecei a rezar desta forma, as cinco dezenas: 

    - Nas contas grandes: "Eterno Pai, eu Vos agradeço pela gloriosa ressurreição de Vosso Amado Filho, Jesus! E, pela Graça infinita do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, possamos merecer o perdão de nossas culpas e contemplar-Vos, Face a Face, nas moradas celestes!"

   - Nas contas pequenas "Pela Sua gloriosa ressurreição, ressuscitai-nos, a nós e ao mundo inteiro!"  -  (dez vezes; na última, digo Amém!)

    - No final: Deus Santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro!

Por que quero chamar esta oração de Terço da Gratidão? Porque grande foi a alegria de seus amigos ao vê-lo vivo, após Sua morte! E imensa é a nossa satisfação por Ele ter nos manifestado, a todos, a vida eterna! E devemos agradecer por isto!

Ficando entre eles, ainda por quarenta dias, apareceu a vários deles em diferentes lugares, sendo que, de uma só vez, a mais de quinhentas pessoas! - (primeira carta aos Coríntios 15,6).  Muitos foram os que testemunharam sua volta gloriosa para o Pai, afirmando que iria preparar no céu, a nossa morada.

Irmãos, cuidemos da alma, com boas práticas de amor, orações e caridade, para que possamos merecer tal premiação.

(Celina  04/08/21)