449 - Acréscimo!
Lembra a minha crônica 434? Pois é! A minha penca de chaves da casa, se já era grande, hoje recebe mais um elemento: Um tercinho de dedo - conhece? Encontrei-o ontem em uma das gavetas deste móvel que fica aqui, debaixo da escada! Ainda guardadinho no seu estojo de veludo, desde que o ganhei - não me lembro de quem, mas certamente num momento de amizade, de alegria, alguma comemoração talvez! Lindo, ele! Todo douradinho!
Uma vez, a minha cunhada chegou de viagem e me trouxe um destes tercinhos de dedo e me falou que seria bom mantê-lo no carro, para proteção. Desde então, lá está ele, na porta, do lado do motorista - eu! Antes, havia recebido outro que colocara no chaveiro de São Bento, junto à chave do carro. Conferi: está lá também! Bênção sobre Bênção! E hoje encontro este aqui e me lembrei logo de minha penca com os chaveiros de coração e de Santa Paulina!
Por que estou contando tudo isto? Porque logo que o encontrei, me lembrei dos outros dois. Mas, passado um tempinho, a memória foi bem mais longe! Bem mais... Há muitos anos, adquiri um destes. Andava sempre com ele no dedo e caminhava rezando. Um dia, fui a Teixeiras e minhas irmãs me convidaram para visitar uma tia nossa, irmã de nosso pai, que estava doente - a Tia Maria. E, conversa vai, conversa vem, ela olha para a minha mão e diz que sempre quisera possuir um tercinho daqueles. Que ternura! Claro que, com a maior felicidade do mundo, tirei-o do dedo e o entreguei a ela! Uma coisinha de nada, mas me fez tão feliz! Ela agradeceu tanto... Imagino quantas vezes ela o tenha utilizado, antes de entregar sua alma a Deus!
São lembranças assim que nos enternecem e nos levam às lágrimas! São pequenos gestos que nos fazem felizes e vão tecendo um rosário de luz que iluminam nosso caminhar sobre a face da terra!
Toda vez que você tiver um tempinho de ociosidade, vá às suas gavetas, aquelas onde você quase não mexe e tenho certeza de que vai encontrar "coisas" que trarão felicidade e paz à sua alma; lembranças que nos dão sempre uma ligação afetiva com o passado, e nos confortam de dois modos: fazem-nos reviver aquele bom momento, ou nos reconhecer vencedores num episódio ruim de contrariedades e injustiças, talvez. Tudo isto é bom; é experiência de vida! São degraus galgados e aqui estamos. Sempre vencedores! Não morremos, não enlouquecemos e, se nos abatemos um pouco, já recuperamos tudo, tudo! Passou! Viver é maravilhoso!!!
(Celina - 12/06/2020)
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