terça-feira, 22 de janeiro de 2019

331 - Ricos e Pobres

331  -  Ricos, e Pobres

Numa interessante entrevista, reapresentada em 16/10/2011, Roberto Campos,  grande diplomata, economista e político brasileiro, fez um comentário bem pertinente a respeito da situação econômica da humanidade, em todos os tempos. Ele fala de "uma razoável equidade, não igualdade, porque Deus não foi socialista e não criou as pessoas iguais." E continua: "O que se pode é administrar humanamente a desigualdade".

Segundo ele, "rosa sem espinhos, não existe" e se você busca na Bíblia Sagrada, vai ver que ele, o falecido diplomata, que antes até passara boa temporada no Seminário,  está bem embasado, já que Jesus sempre afirmou que " pobres sempre teremos entre nós", e mais ainda, que "na vida teremos muitas tribulações" - ou espinhos; que Ele, o grande Mestre, nunca prometeu facilidades, mas que no mundo haveria sempre "tribulações e aflições de toda sorte". 

Assim sendo, pobres e ricos, não estarão isentos de se verem livres de situações embaraçosas, grandes ou pequenas humilhações, situações diversas a enfrentar, com coragem e determinação, muitas vezes, necessitando de ajuda, o que é difícil de pedir e mais difícil ainda, conseguir.

É assim a vida. Não há como fugir. A única diferença é que os ricos, economicamente falando, possuem o capital que lhes permite muitas vezes, comprar aquilo de que necessitam (compra-se até o ser humano, muitas vezes; compra-se a honra, a honestidade, a integridade, em transações ilícitas e vergonhosas...). Enquanto os pobres, precisam se contentar "com as migalhas que caem das mesas dos ricos".

No meu atendimento psicopedagógico, certa vez, enquanto brincava ali com alguns joguinhos, sob minha observação, um aluno perguntou: "Tia, por que tem pobres no mundo? Por que Deus criou eles, pobres?" Como eu sempre priorizava um tempo de silêncio entre perguntas e respostas, ele ficou esperando... Daí a pouco, devolvi-lhe a pergunta: O que você acha? Ele não titubeou: "Eu acho que Deus criou os pobres pra gente ajudar eles!"

Realmente, desempregos, doenças, fatalidades inesperadas, são situações que precisam ser consideradas... Vale a pena pensar nisto!
(Sete Lagoas, 22/01/2019)


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