333 - Amizades
Muito bom, ter amigos! Chega-se com um sorriso, cumprimentos alegres, e sente que fez alguém feliz com sua chegada; pode ler na face de todos que a sua presença ali é algo de bom, é energia positiva que transborda... Hoje não se visita mais amigos, como na época de meus pais, quando, quase todo domingo, ou nas tardes maiores de verão, lá iam eles à casa de alguém "bater um papinho, ver como estão se passando..." - assim diziam eles. Hoje, até se viaja para visitar alguém - porque viajar ficou muito fácil - mas ir até ali na esquina, ver um amigo... não faz parte mais da rotina diária, ou somente de pouquíssimas pessoas. Porque todos estão muito ocupados, todos estão correndo na vida, indo não sei pra onde... Assim sendo, as poucas amizades se restringem, na maioria das vezes, ao local de trabalho, às igrejas, ou algum clube.
Porém, os maiores amigos, amigos verdadeiros, de verdade - reforçando bem, o pleonasmo intenso da emoção - os maiores amigos são aqueles que estão conosco todos os dias, todas as horas, em todos os tempos, numa presença real ou virtual tão grande, que já nem a sente mais, e até se esquece muitas vezes de um "Bom dia", de um "Obrigado" ou "Por favor"... Porque já faz parte da gente, é galho da mesma planta, "farinha do mesmo saco", membro de um mesmo corpo. É como diz a saudosa professora de Filosofia: "aquele que come uma bruaca de sal com a gente"!... (Isto leva muito tempo!...)
Pois é! A Família! Podem, os familiares, até se dispersarem por aí - mas é só geograficamente - porque, conseguem, os galhos, separarem-se do tronco e terem vida própria lá fora? Não! A seiva reclama, o sangue chama de volta, e de nada adiantam, quilômetros ou milhas de distância, o corpo fala... E reclama... E chama... E traz de volta! Porque ligados, não por justaposição, mas aglutinação mesmo, forte, terrível, indissociável... Querer negar o valor da Família é inútil, porque vai ficar apenas na falácia, no exterior, na expressão tão comum "da boca pra fora" porque até na documentação, forçosamente, lá vai aparecer: pai, mãe, avô, avó, irmãos... E numa contenda, a lei vai cobrar!
Peçamos a Deus por nossas famílias, para que vivam em paz; lutemos por elas, porque o ser humano precisa do aconchego, da ternura, do afeto, da firmeza de um lar, para se sentir inteiro, para se sentir bem, para o seu equilíbrio físico, mental, e espiritual - equilíbrio emocional! Pensemos nisto!
(Celina - 29/01/19)