terça-feira, 29 de janeiro de 2019

333 - Amizades

333  -  Amizades

Muito bom, ter amigos! Chega-se  com um sorriso, cumprimentos alegres, e sente que fez alguém feliz com sua chegada; pode ler na face de todos que a sua presença ali é algo de bom, é energia positiva  que transborda... Hoje não se visita mais amigos, como na época de meus pais, quando, quase todo domingo, ou nas tardes maiores de verão, lá iam eles à casa de alguém "bater um papinho, ver como estão se passando..." - assim diziam eles. Hoje, até se viaja para visitar alguém - porque viajar ficou muito fácil - mas ir até ali na esquina, ver um amigo... não faz parte mais da rotina diária, ou somente de pouquíssimas pessoas. Porque todos estão muito ocupados, todos estão correndo na vida, indo não sei pra onde... Assim sendo, as poucas amizades se restringem, na maioria das vezes, ao local de trabalho, às igrejas, ou algum clube.

Porém, os maiores amigos, amigos verdadeiros, de verdade - reforçando bem, o pleonasmo intenso da emoção - os maiores amigos são aqueles que estão conosco todos os dias, todas as horas, em todos os tempos, numa presença real ou virtual tão grande, que já nem a sente mais, e até se esquece muitas vezes de um "Bom dia", de um "Obrigado" ou "Por favor"... Porque já faz parte da gente, é galho da mesma planta, "farinha do mesmo saco", membro de um mesmo corpo. É como diz a saudosa professora de Filosofia: "aquele que come uma bruaca de sal com a gente"!... (Isto leva muito tempo!...)

Pois é! A Família! Podem, os familiares, até se dispersarem por aí - mas é só geograficamente - porque, conseguem, os galhos, separarem-se do tronco e terem vida própria lá fora? Não! A seiva reclama, o sangue chama de volta, e de nada adiantam, quilômetros ou milhas de distância, o corpo fala... E reclama... E chama... E traz de volta! Porque ligados, não por justaposição, mas aglutinação mesmo, forte, terrível, indissociável... Querer negar o valor da Família  é inútil, porque vai ficar apenas na falácia, no exterior, na expressão tão comum "da boca pra fora" porque até na documentação, forçosamente, lá vai aparecer: pai, mãe, avô, avó, irmãos... E numa contenda, a lei vai cobrar!

Peçamos a Deus por nossas famílias, para que vivam em paz; lutemos por elas, porque o ser humano precisa do aconchego, da ternura, do afeto, da firmeza de um lar, para se sentir inteiro, para se sentir bem, para o seu equilíbrio físico, mental, e espiritual - equilíbrio emocional! Pensemos nisto!
(Celina - 29/01/19)  

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

332 - Grande Tesouro!

332  -  Grande Tesouro!

Nosso neto número dois, completou dez anos; mas de vivência e curiosidades, bem mais! Desta vez, quis saber sobre Jerusalém: religiões, população, o ontem e o hoje... Aí me lembrei:  "Minha vizinha esteve lá. Vamos ver o que ela tem pra gente".

Fomos à casa dela. Apresentou-nos um verdadeiro tesouro. De posse de tão grande bem, voltamos. Revistas, postais, fotos, relatórios, anotações diversas, tudo, tudo o que possuía a respeito do assunto. Inclusive um mapa de Israel que o fez ficar entretido por longo tempo...

Como está fácil hoje, circular pelo universo! A todos os dias, presenciamos anúncios de viagens, a preços até razoáveis, com tudo planejado por outros, viagens de todos os tipos, onde cada participante terá apenas o trabalho de fazer sua escolha e arcar com o pagamento que, muitas vezes, ainda é facilitado pelos organizadores. E depois, desfrutar ao máximo, sem preocupação de onde ficar, como ficar, o que comer, o que fazer: já está tudo planejado!

Segundo algumas pessoas  que conheço, é preciso ter é muita coragem de estar horas e horas dentro de um avião, ou dias inteiros em navios - céu e mar - e o barulho das águas... A mim, não me incomoda nem um pouco! Aliás, amo estar acima das nuvens e amo igualmente a doce cantiga das águas, um poema de amor e gratidão ao Criador!

Espero um dia, poder visitar também aquele solo santo, onde já leio em Maria Valtorta, as pegadas de Jesus e seus conterrâneos, e contemporâneos. Vai ser muito bom! Um tesouro a ser conquistado! (E ele disse que vai comigo!)
(Celina, em 23/01/2019)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

331 - Ricos e Pobres

331  -  Ricos, e Pobres

Numa interessante entrevista, reapresentada em 16/10/2011, Roberto Campos,  grande diplomata, economista e político brasileiro, fez um comentário bem pertinente a respeito da situação econômica da humanidade, em todos os tempos. Ele fala de "uma razoável equidade, não igualdade, porque Deus não foi socialista e não criou as pessoas iguais." E continua: "O que se pode é administrar humanamente a desigualdade".

Segundo ele, "rosa sem espinhos, não existe" e se você busca na Bíblia Sagrada, vai ver que ele, o falecido diplomata, que antes até passara boa temporada no Seminário,  está bem embasado, já que Jesus sempre afirmou que " pobres sempre teremos entre nós", e mais ainda, que "na vida teremos muitas tribulações" - ou espinhos; que Ele, o grande Mestre, nunca prometeu facilidades, mas que no mundo haveria sempre "tribulações e aflições de toda sorte". 

Assim sendo, pobres e ricos, não estarão isentos de se verem livres de situações embaraçosas, grandes ou pequenas humilhações, situações diversas a enfrentar, com coragem e determinação, muitas vezes, necessitando de ajuda, o que é difícil de pedir e mais difícil ainda, conseguir.

É assim a vida. Não há como fugir. A única diferença é que os ricos, economicamente falando, possuem o capital que lhes permite muitas vezes, comprar aquilo de que necessitam (compra-se até o ser humano, muitas vezes; compra-se a honra, a honestidade, a integridade, em transações ilícitas e vergonhosas...). Enquanto os pobres, precisam se contentar "com as migalhas que caem das mesas dos ricos".

No meu atendimento psicopedagógico, certa vez, enquanto brincava ali com alguns joguinhos, sob minha observação, um aluno perguntou: "Tia, por que tem pobres no mundo? Por que Deus criou eles, pobres?" Como eu sempre priorizava um tempo de silêncio entre perguntas e respostas, ele ficou esperando... Daí a pouco, devolvi-lhe a pergunta: O que você acha? Ele não titubeou: "Eu acho que Deus criou os pobres pra gente ajudar eles!"

Realmente, desempregos, doenças, fatalidades inesperadas, são situações que precisam ser consideradas... Vale a pena pensar nisto!
(Sete Lagoas, 22/01/2019)


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

330 - FÉRIAS... DE QUEM?

330  -  FÉRIAS... DE QUEM?

Rotina escolar: uniforme limpo, materiais em dia, transporte, lanche,  as atividades de casa... uma barra! Correria o tempo todo; discussões; tarde da noite, lembrando e providenciando! Sempre alguma coisa faltando, lacunas e reparos... Mas, o sossego, quando as crianças estão na escola.

E aí chegam as férias! Meu Deus, o que fazer? Como preencher o tempo dessas criaturinhas, de uma energia infindável, de desejos insaciáveis, de uma exigência extraordinária com relação a tudo que se lhes oferece, nunca se contentando com o pouco, ou o razoável, ou o quase tudo; querem tudo, o tempo todo, muito difícil satisfazê-las.

E o mais difícil de tudo: com quem deixá-las? Se os pais trabalham fora, se as secretárias têm seu horário bem definido, com quem deixar essas criaturas  num horário escolar, sem "escola"?...

Inventam Colônias de Férias... Mas é por pouco tempo. E novas preocupações: qual o horário? Dá pra levar, sem atrapalhar o trabalho? Que horas termina? Quem vai buscar?  Ai, meu Deus, que problema sério!...

E há os meninos como o Lucas: "Quer ir para a Colônia de Férias?'  - "Eu não! De jeito nenhum! Fazer só o que todo mundo tá fazendo? Eu quero ser livre. Férias! Quero fazer o que EU quiser!" (Ainda bem que ele e a Gabi - como outras crianças - têm a casa da Vovó. Que ótimo! Sem problemas!!!)

Deus conserve os avós para ajudar a cuidar de uma geração que tem tudo em excesso, inclusive muito trabalho! Lá se foi o tempo em que as mães ficavam em casa, cuidando de seus rebentos, enquanto o pai providenciava o "pão nosso de cada dia". E quanto mais o tempo passa, mais se  intensifica esta situação. Deve ser por isto que a cada dia se reduz mais, o número de filhos. Mas se o casal tiver um só, continuam os problemas das férias escolares... A não ser que tirem férias na mesma época, pais e filhos. 

(Celina  -  04/01/19)

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

329 - TUDO IGUAL?

329  -  TUDO IGUAL?

Não! Nada igual! 

Aguardando aqui a tradicional queima de fogos, último dia de mais um ano que finda!  Leio algo, escrevo alguma coisa  -  e aí me vem este questionamento: tudo igual? Todo ano, a mesma coisa: os filhos se vão - netos também. E a gente fica por aqui,  esperando... esperando... recebendo mensagens, que muitas vezes nos arrancam lágrimas...

Nada igual. Os tempos são outros... Sabe-se ter vivido um pouco mais.  A gente sente ter amadurecido a cada dia.  Percebe-se estar mais paciente, mais tolerante, aceitando melhor certas situações... Sim, nada igual.  Há interrogações diferentes no ar... há sentimentos novos... pode haver até uma certa melancolia pelos dias que se foram, pelo tempo perdido ou pouco aproveitado, um tempo que não volta mais...

Porém, nunca radicalizando; alguma coisa é e deve ser mesmo sempre igual, em qualquer tempo, de qualquer modo, em qualquer lugar: é a esperança de que dias melhores virão e com o desejo sempre intenso de que cada um dê o melhor de si para que a paz aconteça e a vida possa ser mais branda, os dias mais produtivos, uma leveza maior em nossas ações. Esperança de que uma brisa leve espalhe o perfume da solidariedade, num grande abraço fraterno, universal, que una a todos num só sentimento de filiação divina, numa irmandade feliz, sem preconceitos, sem discriminação de qualquer espécie, porque nos amamos como filhos todos de um mesmo Deus!

Em todos os tempos, passados ou futuros, em cada virada de ano, sempre o desejo de paz,  presente no coração de todos.  Amanhã, novo governo, novas esperanças e os votos ardentes  de que dê tudo certo. Dias melhores virão, com certeza!

Feliz 2019! Deus nos abençoe a todos! 
(Celina  -  31/12/2018)