sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

271 - ESPERANÇA!



271 - ESPERANÇA!


Somos movidos pela Esperança! E o que é exatamente a Esperança?... Difícil definir? Não, não é! Ter Esperança é ter uma expectativa boa do que poderá vir a acontecer. É esperar sempre o melhor, com a quase certeza de que vai dar certo.

Por que “somos movidos pela Esperança”? Porque todos sonhamos com dias melhores. Ninguém de sã consciência pode desejar coisas ruins para si mesmo. Todos sonhamos com o melhor para nós e, altruisticamente, para os outros também.

É a Esperança que move o mundo. Se projetamos uma viagem, muito antes de a mesma acontecer, nós pensamos nas possibilidades de um encontro, de uma realização predefinida, de vivenciarmos bons momentos... Assim, vamos antevendo e antegozando as delícias que esperamos.

Estamos sempre esperando algo. Quase toda mulher anseia ser mãe um dia e assim segue esperando seu tempo chegar. E aí, por longos meses, espera a chegada do filho, pedindo a Deus que seja uma criança perfeita e já sonhando muita coisa para o mesmo. Espera suas primeiras palavras, seus primeiros passos, sua ida para a escola, seu sucesso nas tarefas escolares... Espera que seja um bom cidadão, um adolescente feliz, um jovem normal, um adulto equilibrado...

Percebeu o valor e a constância da Esperança? Porque a vida continua e, numa grande espiral, os fatos se sucedem, num crescente ininterrupto, e as responsabilidades crescem enquanto o tempo vai desenrolando um misterioso pergaminho, onde vamos registrando a nossa história. Acho lindo isto! Não há como fugir: é assim!

Você! O que espera hoje? Qual sua maior Esperança neste momento?... Dizem que “quem espera sempre alcança!” Bem... Nem sempre se alcança... Mas, a gente espera... e pronto! Se vier como esperávamos – que bom! Se não for, exatamente, é aceitar. E esperar de novo; o mesmo; ou outra coisa qualquer. Mas é assim! E seguimos – esperando!

Só uma certeza a gente não fica esperando, e raramente pensa nisto: a nossa passagem para um plano superior. E é tão certo como “dois mais dois são quatro”. Porém, a gente não pensa nisto, repito! E por quê?... Não sei. Talvez pela incerteza do que será exatamente, o deixar este mundo. É um grande mistério. Ninguém sabe o que virá depois. Minha mãe sempre repetia: "Quem já foi, não voltou para contar!”

Agora, ela está do lado de lá. Mas eu ainda estou do lado de cá! E assim, não dá pra ela me contar como foi recebida, e como é ter a alma desprendida do corpo. Desta verdade, você não duvida, não é mesmo?  Porque, se quiser saber o que é alma, é só fitar um corpo sem alma – ou seja, um defunto: Já não pensa, não fala, não vê, não ouve, não caminha...

Mas, já está ficando muito sério o assunto – e vou me despedir desejando a você um ANO NOVO muito feliz, com ótimas Esperanças e grandes Realizações.


(Sete Lagoas, 30/12/16 – Eu amo você!)

sábado, 24 de dezembro de 2016

270 - DE NATAL EM NATAL!!!


270 - DE NATAL EM NATAL!!!


Esta expressão - DE NATAL EM NATAL - foi utilizada hoje, pelo sacerdote, no Santuário da Adoração. Achei legal e fiz uma breve retrospectiva: de Natal em Natal, aqui estamos nós! Principalmente a família católica, que vive realmente o Santo Natal de Jesus, pensar nos natais que já viveu é bom demais. 

Quando eu era pequena, bem criança mesmo - mais precisamente, até os oito anos, aproximadamente - vivíamos um Natal lá na roça, numa simplicidade meio mística, ouvindo falar muito no Menino Jesus que ia nascer numa manjedoura, no dia vinte e cinco e lá pelos meados de dezembro, as mães e avós começavam a fazer os doces. Era muito doce! Preparados e armazenados em grandes latas, tipo essas de dezoito litros de tinta, imagine! Era doce de leite, de figo, de manga, cidra, mamão, arroz-doce... E as famílias se visitavam e comiam dos doces que parentes e vizinhos fizeram. Era uma grande festa - simples assim!

Familiares e amigos rezavam o terço, entoavam ladainhas, juntos repetiam cânticos católicos - sempre os mesmos! - que eram passados de geração em geração. No máximo, se ouvia pelo antigo rádio -  enorme! - uma música ou outra, que ninguém conseguia decorar.

Depois, por um incidente que marcou muito, familiares, vizinhos e amigos, meus pais precisaram se transferir para a cidade - e lá se foram as comemorações alegres a que estávamos acostumados. Aos poucos, começamos a conhecer um vizinho ou outro, mas os hábitos eram muito diferentes e aí, já não tínhamos mais como compartilhar aquela devoção tão antiga, alegres hábitos que marcavam, para todos,  esta época do ano.

Na cidade foi que ouvimos falar do tal papai noel,  mas ele não mostrava as caras lá em casa, pobres que éramos, um pai lavrador à procura de um terreninho pra cultivar a fim de alimentar seus muitos filhos; e, embora cantássemos na escola, com professora e coleguinhas – “Como é que papai noel, não se esquece de ninguém, seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem” – embora cantássemos, até com bastante convicção, lá em casa, ele não aparecia! Acho que a casa era muito feia – ou distante demais – de difícil acesso – ou coisa parecida...

Não fez falta alguma! Fomos crescendo, estudando, e todos começamos a trabalhar com responsabilidade; hoje todos nós, temos família, casa, trabalho... vencemos! Nada dessas futilidades, tão proclamadas, nada faz falta para um crescimento do corpo e do espírito!

Faz falta, sim, o alimento de cada dia, que não deve ser exagerado, mas num hábito saudável de alimentar-se sempre com moderação; alimento para o corpo e para a alma, o famoso “Pão nosso de cada dia” o suficiente para um crescimento sadio!

Assim, DE NATAL EM NATAL, aqui estou eu, no meu sexagésimo sétimo natal, caminhando com aqueles que vão me acompanhando, ou que vou conhecendo ao longo do caminho. Porque assim é a vida – e VIVER É BOM DEMAIS!!!

UM FELIZ E SANTO NATAL A TODOS!!!


(Sete Lagoas, 24/12/16 – um lindo sábado de sol!)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

269 - ENTÃO É NATAL!


269 - ENTÃO É NATAL!

Tenho recebido mensagens lindíssimas de whatsApp; respondo quase todas, acrescento comentários, compartilho algumas... É um tempo lindo este que estamos vivendo, quase chegando o Natal. Preparamo-nos com orações, votos sinceros, abraços e desejos de Paz verdadeira... 

E aí, meu filho vai levar a filha ao shopping e , quando pego o carro novamente, lá está um folheto com algumas propagandas e dizeres enormes, assim: “TEM PRESENTÕES E PRESENTINHOS PRA VOCÊ SER O PERSONAGEM PRINCIPAL NESTE NATAL.”

(?)... Dá vontade de chorar!... Como chegam a deturpar os valores deste jeito?... Quem é o personagem principal do NATAL???...  Esqueceram completamente?... 

É assim. Bem assim! As coisas vão acontecendo... as pessoas vão se afastando dos valores passados pela família, pela igreja... a escola silencia... a mídia deturpa tudo, filmes e novelas televisivas, são aspectos fictícios, mas um tanto quanto maldosos... e por aí vai...

E as verdades eternas deixam de existir – ou se escondem debaixo de nuvens traiçoeiras, imensas nuvens tenebrosas que tudo camuflam, deixando um vazio que precisa ser preenchido. E aí... acontece!

Culpados?... Quem?... Não sei! Dirão a mim, certamente, que é assim mesmo, muito normal... que as coisas são assim, complicadas, obscuras...

E eu peço a Deus clareza, sabedoria, muita luz para procurar compreender, ou talvez, aceitar, aquilo que me machuca, que me entristece e me preocupa... Uma vontade imensa de dizer como o próprio Jesus, na cruz: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem.”

PERSONAGEM PRINCIPAL DO NATAL  -  é JESUS! Simplesmente! Os presépios belíssimos falam disto; as crianças sentem isto, nossos ancestrais sempre proclamaram isto, há músicas maravilhosas, até no mundo laico, que proclamam essas verdades!

Falei da mídia!... Retomo agora – e falo  diferente: canais católicos e emissoras de rádio estão aí, vinte e quatro horas no ar, falando da beleza deste tempo do advento, falando do Natal de Jesus... Mas, quem os acessa?... Quem está ouvindo... sentindo... proclamando... testemunhando...  compartilhando?...

E nós rezamos hoje, na igreja, com muita fé: “Sagrado Coração de Jesus, fazei arder em todos os corações, o fogo do Vosso Amor!” Que Ele nos ouça, que nos abençoe, que faça despertar uma fé imensa em todos os corações pois, sabemos, Ele deseja que todos sejam salvos! E foi por isto que se encarnou, viveu entre nós, deixou inúmeros ensinamentos, fez prodígios e morreu na cruz por nós. E para nossa maior alegria, ressuscitou, apareceu muitas vezes para seus amigos – de uma vez, para mais de quinhentas pessoas! - e a igreja que fundou prevalece por todo o sempre! UM FELIZ E SANTO NATAL DE JESUS PARA TODOS!

(Sete Lagoas, 23/12/16)

sábado, 10 de dezembro de 2016

268 - TÍTULOS!

268 - TÍTULOS!

Motivos de vanglória, são os títulos que as pessoas carregam e exibem, muitas vezes, acaloradamente! Folheando, certa vez , uma obra, lá estavam vários títulos, que o autor exibia com orgulho, e que me fez pensar... 

Por que me veio isto agora?... Porque o Padre falou sobre os títulos de Maria em sua homilia e eu pensei: ninguém tem mais títulos que Ela, a Mãe de Jesus! O Padre falava de Nossa Senhora da Luz; então ele explicou que cada título de Maria, tem um sentido especial. E é! Se você procurar saber, verá que, espiritualmente falando,  é uma riqueza imensa, pra todos nós, cristãos, a vida de Maria, Mãe de Jesus e Nossa Mãe!

É sempre a mesma pessoa, mas dependendo da situação, de acordo com a necessidade do momento, Ela é invocada com um título diferente. E são tantos....

Como se não bastassem os universalmente conhecidos, a todo momento, se cria mais um. É impressionante! Os mais comuns, você sabe, são invocados com fervor! Às vezes, quando a coisa aperta, se grita apenas: NOSSA SENHORA!!!  Mas, geralmente, se acrescenta: Aparecida, das Graças, de Fátima, da Medalha Milagrosa,  do Perpétuo Socorro, da Ajuda, da Rosa Mística, do Bom Parto, da Boa Viagem, de Guadalupe, do Silêncio, do Pilar, da Conceição, do Amparo, das Mercês, do Santíssimo Sacramento, da Paz... e por aí vai...

Mas há os títulos mais genéricos, como na sua Ladainha, quando é invocada tantas vezes, como Santa, como Virgem, como Mãe, como Rainha,  como Auxílio em situações diversas... e há aqueles, do momento: Nossa Senhora dos Alimentos, da Saúde, do Combate Espiritual...

E os inúmeros títulos que encontramos no Ofício da Imaculada?... Predicados retirados lá do Antigo Testamento, títulos que, na maioria das vezes, são repetidos sem entendimento; mas é só buscar, que você acha explicação pra todos eles...

Porém, se você já conhece muitos dos seus títulos, eu o convido a, neste tempo do Natal, ficar apenas com a Nossa Senhora do Presépio, Aquela que esperou, como nós, mães, durante nove longos meses, pela chegada do Filho, tão especial, tão divinamente gestado... e cuidado... e esperado... e imaginado... e amado...

E quando puser lá no presépio o Menino, na noite de Natal, não deixe de agradecer à Mãezinha do Céu, o seu poderoso SIM, o Sim que lhe deu tantas alegrias, mas que lhe custou também, copiosas lágrimas... E lhe concedeu tantos títulos, que ninguém é capaz de superar!

Que a Mãezinha do Céu nos abençoe e nos ajude a sermos verdadeiras Mães – ou Pais - sempre presentes na vida de nossos filhos, que são os Filhos de Deus, que a nós foram entregues, de presente, para que cuidássemos deles.

UM SANTO E FELIZ NATAL PARA TODA A HUMANIDADE!!!

(Sete Lagoas, 10/12/16)

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

267 - A CRÔNICA DO DIA

Esta também foi publicada no jornal VOZ DE DIAMANTINA:


267 - NATAL

Tempo de Natal. Tempo diferente, eufórico. As lojas se enfeitam de motivos natalinos, para receberem os curiosos. Paira no ar uma atmosfera de festa, um ar de sinos repicando; de famílias que chegam; e sorriem; e se abraçam; e comemoram.

O final de ano; a expectativa do ano vindouro; tempo de férias; estudos diferentes no próximo ano; pessoas pelas ruas, assim à toa, a se embriagarem nesse mar de euforia. É a festa máxima da Cristandade!

Porém, em meio a tantas comemorações, não devemos nos esquecer do personagem central de tudo isto: o Aniversariante! Como não se lembrar dele que é o dono da festa, o motivo primordial de toda essa euforia?... Como não se lembrar do pequenino da manjedoura de Belém, Aquele que caminhou conosco, Aquele que pisou este imenso chão, Aquele que nos encantou a todos com a sua mansidão, com seus sábios ensinamentos, com suas palavras tão simples e profundas; com seus atos, capazes de endeusá-lo realmente e, por outro lado, capazes de levá-lo à morte?...Como esquecer dele que aqui veio em tão importante missão, cumprindo-a à risca até a Cruz?!...

Historiadores e Cientistas, talvez se esqueçam de sua importância, quando, tentando localizar no tempo os grandes fatos, registram em seus livros: a.C. e d.C. Pensarão eles no fato de ter sido essa pessoa muito mais importante que quaisquer de seus personagens, dividindo a História da Humanidade em duas grandes partes, reconhecidas por todos?

Talvez se esqueçam eles disto! Mas nós, não! Nós, cristãos, não podemos nos esquecer de que Cristo é nosso guia, de fato, “o Caminho, a Verdade e a Vida”!

E, neste Natal, com muita fé vamos elevar os nossos corações aos céus e suplicar ao Menino de Belém, ao nosso Deus-Menino que continue conosco em nossa caminhada. Deixemos um pouquinho os festejos desse grande dia, afastemo-nos por alguns momentos daqueles que nos cercam, deixemos por um instante as comemorações materiais e cheguemos até Ele para cumprimentá-lo, dar-lhe um sorriso,  um abraço de Parabéns!

Um NATAL muito feliz, em Cristo Jesus, a todos os leitores da VOZ DE DIAMANTINA.

*******
(Creio não precisar acrescentar coisa alguma, a não ser que, para o grande Dia que se aproxima, quero desejar a todos os leitores das minhas pobres crônicas, que, pensando muito no verdadeiro sentido do Natal, façam uma fervorosa prece para que o Menino-Deus ilumine nossas ações – e as ações daqueles que têm nas mãos o destino do nosso Brasil. FELIZ NATAL A TODOS e um NOVO ANO de muita PAZ!!!)

Celina Carvalho de Queiroz Almeida
Sete Lagoas, 06/12/16