domingo, 25 de setembro de 2016

254 - REVIVENDO BONS MOMENTOS...

Como disse anteriormente, estamos revendo algumas crônicas que foram publicadas em jornais de Diamantina, quando morávamos naquela mágica cidade - entre os anos oitenta e sete e noventa e dois:

254 - A FAMÍLIA

É quase meia noite. Sozinha aqui, sentada, aguardo o ônibus de uma hora para Belo Horizonte. O silêncio é completo. Apenas, de vez em quando, a musicazinha indesejável de um ou outro pernilongo, intrusos que teimam em dar continuidade à sua seresta.

Um carro sobe a Rua São Francisco com grande barulho. E... outra vez o silêncio! Todos dormem. Então, eu penso: realmente, o homem é um animal social; nasceu para viver em comunidade. Realmente, não dá pra viver sozinho! Como agora, na calada da noite, que silêncio pesado, que sensação de abandono, que medo!...

É certo: nascemos para vivermos em comunidade. E a comunidade mais importante é indiscutivelmente, a família; é a primeira; a última; é aquela que nos acompanha a vida toda. Infeliz daquele que, por motivos diversos, precisa viver longe de sua família. Coitado! Conviver com outros grupos sociais, fazer amigos, isto é ótimo! Mas nada como o aconchego gostoso de um lar bem constituído.

Amigos -  homens e mulheres - papais e mamães - vamos pensar bem nossas atitudes. Como se não bastassem as célebres palavras: "Amai-vos uns aos outros" - há ainda as que ouvimos aos pés do altar, em um dia muito importante de nossa vida. Portanto, vamos fazer de nosso lar um abrigo sagrado, um local de alegrias e prazeres para aqueles que vivem ao nosso lado. 

Principalmente - reflitamos - vamos criar os nossos filhos num ambiente sadio e gostoso de se viver; vamos usar como escudo, uma só palavra: Amor. 

Já está quase na hora. Vou chamar meu esposo para ir comigo à rodoviária. Lá fora tenho medo, muito medo!...

E eu fico pensando naqueles que não têm um lar!.... 

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(Lembro-me bem desse dia: precisava ir sozinha visitar meus pais, deixando para trás, esposo e filhos.  Morávamos bem perto da rodoviária e, como não podia dormir, enquanto esperava o tempo passar, registrava o acontecimento. Sempre gostei de fazer isto.  Coisas da vida...)

Sete Lagoas, 25/09/16
  

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