228
- MATIAS
Na
crônica anterior, falamos sobre dois apóstolos de Jesus. Hoje, vamos falar de
Matias. Você sabe quem é Matias?... É um
dos doze?! Sim, é - mas não era!
Quando
Jesus escolheu os doze, não se falou em Matias; mas ele estava por ali, pois
foi dito depois que ele caminhava junto aos discípulos de Jesus, desde o princípio.
Pois
é isto: depois que Jesus foi entregue e levado à morte de cruz, sentiram a
necessidade de colocar alguém para substituir Judas Iscariotes. Foi lançada a
sorte sobre dois daqueles homens íntegros, que sempre acompanharam Jesus, e esta
caiu sobre Matias.
Hoje,
a liturgia comemora esse apóstolo. Não
se relatou muito sobre ele, mas sabemos que, como os outros onze, assim que
recebeu o Espírito Santo, ele saiu, de cidade em cidade, pregando a Palavra de
Deus, o mistério da Trindade Santa. Deus não é solidão: é a comunhão de três pessoas.
Em Pentecostes, refletimos esta terceira pessoa. Pentecostes é a vinda do
Espírito Santo, prometido por Jesus.
A
Solenidade de Pentecostes, de que participamos todo ano, fechando o período
pascal, nos revela esta beleza de poder estar mais perto da compreensão do
mistério da Trindade. Cristo é a face do Pai, revelada ao mundo. Ele explicava
aos discípulos: “Eu e o Pai somos um. E quando Filipe suplica: “Mostra-nos o
Pai”, Ele diz: “Filipe, há quanto tempo estou contigo e tu ainda não conheces o
Pai? Eu e o Pai somos um!”
Mistérios
da fé! Quem somos nós para entender? Mas basta-nos crer. Por isto, rezamos
todos os dias: “Creio em Deus-Pai, todo poderoso...” Professemos nossa fé!
Acreditemos! Porque a nossa inteligência não consegue alcançar nada além
disto...
Pentecostes
é um reavivamento do Espírito que recebemos no Batismo. E esse Espírito vai
caminhando conosco, durante todo o ano litúrgico, para testemunharmos as
maravilhas de Deus. Pentecostes é o contrário de Babel. Babel é a dispersão dos
homens; Pentecostes é a união de todos, diluindo as barreiras, no entendimento
da linguagem do Amor, no testemunho da fraternidade. Ter a coragem de amar ao
próximo, como Ele nos ama. Isto, certamente, Matias pregava por onde passava,
contando as maravilhas que Jesus operou aqui na terra e culminando com sua
paixão, morte e ressurreição, voltando depois ao Pai e enviando o Espírito
Santo prometido. Acreditemos!
(Sete
Lagoas, 14/05/2016)
Nenhum comentário:
Postar um comentário