domingo, 15 de maio de 2016

228 - MATIAS

228 - MATIAS

Na crônica anterior, falamos sobre dois apóstolos de Jesus. Hoje, vamos falar de Matias. Você sabe quem é Matias?...  É um dos doze?!  Sim, é - mas não era! 

Quando Jesus escolheu os doze, não se falou em Matias; mas ele estava por ali, pois foi dito depois que ele caminhava junto aos discípulos de Jesus, desde o princípio.

Pois é isto: depois que Jesus foi entregue e levado à morte de cruz, sentiram a necessidade de colocar alguém para substituir Judas Iscariotes. Foi lançada a sorte sobre dois daqueles homens íntegros, que sempre acompanharam Jesus, e esta caiu sobre Matias.

Hoje, a liturgia comemora esse apóstolo.  Não se relatou muito sobre ele, mas sabemos que, como os outros onze, assim que recebeu o Espírito Santo, ele saiu, de cidade em cidade, pregando a Palavra de Deus, o mistério da Trindade Santa. Deus não é solidão: é a comunhão de três pessoas. Em Pentecostes, refletimos esta terceira pessoa. Pentecostes é a vinda do Espírito Santo, prometido por Jesus.

A Solenidade de Pentecostes, de que participamos todo ano, fechando o período pascal, nos revela esta beleza de poder estar mais perto da compreensão do mistério da Trindade. Cristo é a face do Pai, revelada ao mundo. Ele explicava aos discípulos: “Eu e o Pai somos um. E quando Filipe suplica: “Mostra-nos o Pai”, Ele diz: “Filipe, há quanto tempo estou contigo e tu ainda não conheces o Pai? Eu  e o Pai somos um!”

Mistérios da fé! Quem somos nós para entender? Mas basta-nos crer. Por isto, rezamos todos os dias: “Creio em Deus-Pai, todo poderoso...” Professemos nossa fé! Acreditemos! Porque a nossa inteligência não consegue alcançar nada além disto...

Pentecostes é um reavivamento do Espírito que recebemos no Batismo. E esse Espírito vai caminhando conosco, durante todo o ano litúrgico, para testemunharmos as maravilhas de Deus. Pentecostes é o contrário de Babel. Babel é a dispersão dos homens; Pentecostes é a união de todos, diluindo as barreiras, no entendimento da linguagem do Amor, no testemunho da fraternidade. Ter a coragem de amar ao próximo, como Ele nos ama. Isto, certamente, Matias pregava por onde passava, contando as maravilhas que Jesus operou aqui na terra e culminando com sua paixão, morte e ressurreição, voltando depois ao Pai e enviando o Espírito Santo prometido. Acreditemos!


(Sete Lagoas, 14/05/2016)

Nenhum comentário:

Postar um comentário