193 - NO CORAÇÃO DE JESUS!
Desci a pé hoje para o Santuário, porque o Wálmisson havia saído com o nosso carro. Depois da missa, algumas mulheres rezam o terço e, quando posso, fico lá com elas. É muito gratificante perceber que vários casais, ou famílias inteiras, grupos variados, também fazem após a missa, um momento de adoração.
Hoje, ao colocar as intenções, pedi pelos filhos, netos, pelo Waldívio que esta noite - com umas cachacinhas a mais - estava todo choroso, lembrando do pai. Levei um susto, quando uma delas disse: "Uai, eu sempre pensei que você era solteirona!" _ Que isto? Tenho quarenta e três anos de casada, quatro filhos e o sétimo neto está a caminho!... Todas acharam graça, na observação dela, e continuamos nossa oração.
Voltando pra casa, a pé, numa caminhada de vinte e poucos minutos, vim pensando, com meus botões: Ela tem razão de pensar assim. Sempre chego lá sozinha, participo da missa, rezo, volto pra casa sozinha...
Quando os filhos eram pequenos, eles iam comigo. Em Teixeiras, Lagoa Santa, Vespasiano, Três Marias e Diamantina, ninguém ia pensar que eu era solteirona! Sempre com os filhos! Em Curvelo, nem sei! Aqui, na Paróquia Sant'Ana e na Igreja Santo Expedito, eu antes levava a Júlia e depois, outros netos. Mas lá no Santuário, realmente, nunca levei ninguém! Ah, não! Levei a Lelê lá, num domingo! E quando a missa terminou e ela ficou esperando o pãozinho... não havia pãozinho! Aí expliquei pra ela, que o pãozinho era lá na Sant'Ana e que a missa de lá estava começando. Fomos pra lá, acredita? Ela, a Neuza, minha amiga e eu. Há poucos dias, a Neuza lembrava deste fato, admirando como ela é quietinha. Como ficou bem, participando de duas celebrações, com a maior paciência! Viva o pãozinho das crianças!
Lá na Igreja do Divino também, o padre entrega o pãozinho. Mas é ele mesmo quem gosta de entregar; põe as crianças de joelhos, à frente do altar, reza com elas, agradecem - e só depois - é que saboreiam o pão que precede a Eucaristia, a qual receberão mais tarde, quando estiverem preparadas.
Lembrando essas coisas todas, voltando hoje da igreja, lembrei-me de minha cunhada, que me ligou na semana passada. Conversamos um tempão, e chegamos à conclusão de que o meu sogro, recebeu mais de sete missas de sétimo dia, que bom! Duas aqui em Sete Lagoas, três em Belo Horizonte, uma em Baldim, em Diamantina, não sabemos quantas e uma lá na Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Porto de Galinhas!
Fiquei pensativa: se as minhas irmãs falecerem antes de mim, acho que não terei quem rezará pela minha alma, quando eu me for!... A não ser que os pais resolvam levar os filhos para a igreja e ensiná-los a rezar... Porque, afinal, catequese começa na família!
Pensamentos confusos e sombrios assim, prefiro colocar, com confiança, no Coração de Jesus...
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