domingo, 3 de maio de 2015

117 - TODOS PRECISAMOS DE TODOS!

117 - TODOS PRECISAMOS DE TODOS!

Uma vez, ouvi alguém dizer: "Eu não preciso de ninguém!" 

A esta triste afirmativa, silenciei-me! Não era o momento propício pra dizer coisa alguma... Tudo que eu dissesse naquele momento, cairia no vazio - e não produziria frutos. Só pedi a Deus, em silêncio, que brotasse de dentro daquele coração amargurado, uma boa reflexão sobre o absurdo que acabara de dizer.

A gente precisa de todo mundo. Creio que você não duvida disto! Pense apenas no seu café da manhã: quantas pessoas trabalharam arduamente para que você pudesse tê-lo hoje. E todos os dias! 

O arroz que você consome... Nunca plantou um grão!... E você precisa do prato, dos talheres, da panela, do fogão, óleo, temperos, uma mesa, cadeira, um chão, um teto... Meu Deus! Você não fez coisa alguma! Talvez nem seja você a preparar o arroz... Conheço gente que já o recebe no prato: só falta levar à boca e mastigar... E feliz de quem pode levá-lo sozinho à boca - porque, muitas vezes, nem isto! 

"Não preciso de ninguém!" Ô, coitado! Precisamos de todo mundo! Andamos vestidos, calçados, sempre nos alimentamos, temos nossas ferramentas de trabalho e de descanso, temos onde nos abrigar do sol, da chuva, dos perigos da noite escura... Temos onde repousar a cabeça para que os olhos se fechem, num sono reparador... 

Aí, você diz: "Adquiri tudo com meu suor, comprei com meu dinheiro, fruto do meu trabalho!" Sim, o seu trabalho... Trabalho de cujos frutos, outros podem desfrutar. Que bom que você também contribui para o bem da humanidade! E o dinheiro que você diz:"meu" também é fruto do trabalho de muita gente, sabia? E não é de ninguém: vai passando de mão em mão...

É assim mesmo! Somos uns pelos outros. E pode ser ainda que, num momento de grande necessidade, nem é um parente, ou um vizinho, nem mesmo um conhecido quem vai ajudá-lo a sair de uma situação difícil: muitas vezes é um desconhecido, uma pessoa que nunca o viu, mas é um ser humano, um seu irmão na espécie homo sapiens quem vai socorrê-lo. Pense nisto, você que acha que não precisa de ninguém! 

Pensemos nisto todos nós. E amemos mais nossos semelhantes! E lembremos do pão nosso de cada dia: Você já plantou um grão de trigo???

Hoje cantamos esta belíssima música no Santuário da Adoração:
Quando o trigo amadurece
e do sol recebe a cor.
Quando a uva se torna prece
na oferta do nosso amor.

Damos graças pela vida
derramada neste chão.
Pois és Tu, ó Deus da vida
quem dá vida à criação.

Os presentes da natureza,
o amor do coração.
O teu povo canta a certeza,
traz a vida em procissão.

Abençoa nossa vida,
o trabalho redentor.
As colheitas repartidas
para celebrar o amor!

Sim, as colheitas repartidas... Trabalhemos - e continuemos repartindo o fruto do nosso trabalho. É assim, não é? Uns pelos outros...


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