domingo, 22 de junho de 2014

80 - PENTECOSTES E TORRE DE BABEL


80 - PENTECOSTES E TORRE DE BABEL

Refletir sobre Pentecostes faz um grande bem à alma: Jesus havia prometido que enviaria o Espírito Santo, mas ninguém entendia bem o que seria isto. Os Apóstolos eram pessoas humildes, muito simples, broncos mesmo, alguns deles. Como poderiam compreender um fato tão diferente de tudo aquilo que estavam acostumados a vivenciar? 

Ademais, aquele Jesus que conheciam, a quem até os ventos obedeciam, aquele que curava os doentes, que fazia os cegos enxergarem, os surdos ouvirem, os mudos falarem, os coxos andarem normalmente, aquele Jesus que fazia prodígios, de repente se deixa prender, espezinhar, maltratar, crucificar... Aquele Jesus que deixava a todos boquiabertos quando falava, que explicava tão bem as Escrituras Sagradas, que dizia: "Quem me vê, vê o Pai", se submete a tantas humilhações, até a morte de cruz...

Mas Ele havia mandado um recado; e eles foram, se reuniram e esperaram. E o Espírito Santo prometido realmente pousou sobre eles. E as portas foram abertas. E saíram pregando a Palavra, sem medo... E o mais espantoso: gente de todos os lugares, com um modo de falar diferente do deles, e cada um os ouvia  em sua própria língua! E todos entendiam perfeitamente a mensagem! Como isto é possível?

E por que tantas línguas diferentes?... Faz-me lembrar o episódio da Torre de Babel, quando todos falavam a mesma língua, e pensaram construir uma torre tão alta que chegasse aos céus. Mas quando realizavam seu projeto, orgulhosos de um feito tão grandioso, Deus resolve confundir-lhes a língua e aí ninguém se entendia mais, e não conseguiram dar continuidade ao seu plano de chegarem a Deus, como haviam idealizado... Está em Gênesis, é só conferir!

Faz-me pensar que surgiu desse episódio a tão grande variedade de línguas que temos hoje!

Pentecostes... e  Torre de Babel!...  Reflexões...

Porém, penso que os planos de Deus para um entendimento maior dos homens entre si, vai muito além de um simples modo de falar: o nosso modo de agir a aceitação do outro, o amor universal, a caridade. Ações boas, humanitárias, são coisas de fácil entendimento; fazer o bem em silêncio, sem tocar as trombetas, como diz o grande apóstolo! É este, com certeza, o desejo de Deus!
 
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